"Julgamento por especialistas
O exame por um especialista em determinado assunto é uma das
possíveis maneiras de avaliar o acervo de uma biblioteca no respectivo
assunto, um procedimento às vezes chamado de ‘impressionista’.
O especialista pode ser um consultor externo ou um membro da
própria instituição; uma equipe de especialistas pode substituir o
consultor único nesse tipo de estudo. O método impressionista tem sido
empregado principalmente na avaliação de bibliotecas universitárias e
outras bibliotecas de pesquisa.
Há alguns problemas óbvios com este método. O especialista
num assunto talvez não seja completamente imparcial. Por conseguinte,
sua avaliação pode favorecer certos aspectos ou pontos de vista dentro
da área, enquanto negligenciam outros. O especialista num assunto não
é necessariamente um especialista na literatura dessa área, uma
situação que talvez ocorra mais numas áreas do que em outras. Além
disso, como foi sugerido antes, a avaliação de um acervo requer mais
do que o conhecimento da literatura; requer um completo
entendimento das necessidades dos usuários de determinada biblioteca.
O especialista num assunto pode conhecer muito bem a literatura, mas
não estar familiarizado com a comunidade a que a biblioteca deve
servir. Uma possibilidade bastante provável n o caso da participação de
um consultor externo. Finalmente, se os professores da própria
universidade estiverem envolvidos na avaliação impressionista, talvez
tenham sido eles justamente os principais responsáveis pelo
desenvolvimento inicial do acervo; neste caso, estariam avaliando seu
próprio desempenho, o que é, no mínimo, uma prática questionável." (LANCASTER, 1996, p. 31)