Segundo o professor Fabiano Salles:
Aqui cabe um esclarecimento: a língua escrita, assim como a língua falada,
compreende diferentes níveis, de acordo com o uso que dela se faça. Por exemplo,
em uma carta a um amigo, podemos empregar determinado padrão de linguagem
que incorpore expressões extremamente pessoais ou coloquiais, cotidianas; em um
parecer jurídico, não é de se estranhar a presença do vocabulário técnico
correspondente. Em ambos os casos, há um padrão de linguagem que atende ao
uso que se faz da língua, a finalidade com que a empregamos.
O mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu caráter impessoal, por sua
finalidade de informar com o máximo de clareza e concisão, eles requerem o uso
do padrão culto (escrito) da língua.