SóProvas


ID
628123
Banca
FCC
Órgão
TCE-SE
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção:     As questões de números 8 a 15 referem-se ao texto seguinte.

Vivemos na muito alardeada Era da Informação. Por cortesia da internet, temos a impressão de ter acesso imediato a tudo que alguém poderia querer saber. Certamente somos mais bem informados em história, ao menos quantitativamente. Há trilhões e trilhões de bytes circulando no éter – tudo para ser colhido e ser objeto de pensamento.

E é precisamente esta a questão. No passado, nós colhíamos informações não só para saber as coisas. Isso era apenas o começo. Nós também colhíamos informações para convertê-las em alguma coisa maior que fatos e, em última análise, mais útil: em ideias que explicavam as informações. Buscávamos não só apreender o mundo, mas realmente compreendê-lo, que é a função primordial das ideias. Grandes ideias explicam o mundo e nos explicam uns aos outros.

Karl Marx chamou a atenção para a relação entre meios de produção e nossos sistemas sociais e políticos. Sigmund Freud nos ensinou a explorar nossas mentes como meio para compreender nossas emoções e comportamentos. Einstein reescreveu a física. Mais recentemente, Marshall McLuhan teorizou sobre a natureza da comunicação moderna e seu efeito na vida contemporânea. Essas ideias permitiram que nos desprendêssemos de nossa existência e tentássemos responder às grandes e atemorizantes questões de nossas vidas.

Mas se a informação foi um dia um alimento de ideias, na última década ela se tornou sua concorrente. Preferimos conhecer a pensar porque o conhecer tem mais valor imediato. Ele nos mantém "por dentro", nos mantém conectados com nossos amigos e nossa tribo. As ideias são tão etéreas, tão pouco práticas, trabalho demais para recompensa de menos. Poucos falam ideias. Todos falam informação, geralmente informação pessoal.

[Neal Gabler (The New York Times, trad. de Celso M. Paciornik), A22, Internacional. O Estado de S. Paulo, 21 de agosto de 2011, com adaptações] 

Poucos falam ideias. Todos falam informação, geralmente informação pessoal. (4º parágrafo) O emprego do verbo falar, nas frases acima,
I.    é coerente com o teor do texto, ao realçar o fato de que há interesse no maior número de informações, apenas, e não no desenvolvimento de ideias.
II.   se contrapõe ao que dita a norma culta quanto à regência desse verbo, indicando uso incorreto em um texto expositivo.
III. indica ausência de clareza na exposição, pois deveria ter sido empregado o verbo dizer, cujo sentido se mostra mais adequado ao contexto.
Está correto o que consta APENAS em

Alternativas
Comentários
  • Na alternativa II, não se trata de um texto expositivo e sim de um texto argumentativo, pois o mesmo apresenta um tom opnativo. ERRADA!!




    Abs!!!
  • Falar como verbo transitivo direto V. t. d. tem as seguintes acepções 

     7. Exprimir por meio de palavras; proferir, dizer: Falou a verdade, e ninguém o acreditou.  
     8. Dizer, contar, referir: "Falava muita gente." 
     9. Conversar acerca de; discorrer sobre. 
    10. Combinar, ajustar. 
    11. Fazer compreender; explicar, demonstrar. 
    12. Pregar, anunciar, ensinar: falar a palavra de Deus.  
    13. Saber exprimir-se em algum idioma, especialmente estrangeiro: "Falava francês desde pequeno"  (Urbano T. Rodrigues, Vida Perigosa, p. 40).  
    14. Bras.  Angol.  Cabo-verd.  Guin.  Moç.  Santom.  Dizer, declarar: Falou que vinha à festa.  
    15. Bras.  Proferir, dizer; costumar dizer: "Não falava'senhora', dizia 'madame' "  (Valdemar Versiani dos Anjos, Jornal de Serra Verde, p. 96). 

    Dicionário eletrônico Aurélio XXI
  • Logo, a resposta correta é a letra "A".