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ID
63769
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
INSS
Ano
2008
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Entre os 34 milhões de jovens de 18 a 29 anos de idade
domiciliados nas cidades brasileiras, 21,8% têm o curso
fundamental incompleto e 2,4% são formalmente analfabetos, o
que faz pensar em quantos o serão de fato. A incidência do
analfabetismo e da evasão escolar difere entre estados e regiões.
Esses jovens excluídos aparecem em maior proporção (35%) no
Nordeste e menor (18%) no Sudeste.
Esse quadro tem causas mais profundas do que as
imaginadas pelo senso comum. A necessidade de trabalhar e
sustentar a família é o caso de 17% do 1,7 milhão de jovens entre
15 e 17 anos de idade que abandonaram os estudos; 44% dos que
não estudam mais nessa faixa de idade também não trabalham.
Ao justificar a razão pela qual abandonaram a escola, quatro em
cada dez jovens disseram ter perdido o interesse ou a convicção
de que a escolaridade os ajudaria a conquistar um bom emprego.
Mesmo a gravidez entre adolescentes é vista como um elemento
que dificulta a volta à escola, e não propriamente como a causa
de abandono.
Folha de S.Paulo, 26/1/2008, p. A2 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a
abrangência do tema por ele focalizado, julgue os itens seguintes.

No Brasil, apesar da sólida formação acadêmica dos professores - que existem em número mais que suficiente em todas as áreas do conhecimento e para o atendimento adequado do conjunto das disciplinas da educação básica -, os baixos salários que recebem levam ao desencanto profissional e ao baixo desempenho em sala de aula.

Alternativas
Comentários
  • Acredito que o erro da questão está principalmente quando ela fala de sólida formação acadêmica dos professores, pois com os salários baixos como são os deles não podem continuar investindo em suas formações. É preciso escolher em que o salário será gasto e na maioria das vezes o aperfeiçoamnto profissional termina sendo deixado de lado.
  • Eu já acho que o erro está na frase explicativa "que existem em número mais que suficiente em todas as áreas do conhecimento e para o atendimento adequado do conjunto das disciplinas da educação básica  ". Para mim professores faltam, claro, ganham mal e não possuem incentivos.
  • tb creio q o erro esteja centralizado no termo:  "que existem em número mais que suficiente em todas as áreas do conhecimento e para o atendimento adequado do conjunto das disciplinas da educação básica "
  • Com todo respeito discordo dos colegas, pois ao meu ver a questão está errada vez que o texto não faz referência nem abrange o tema disposto na frase em análise. O texto aborda a figura do jovem e em momento algum mencionou a realidade dos professores no Brasil. Daí porque a questão é ERRADA.
  • Pessoal, me desculpem, mas em que pese a boa vontade dos colegas, acredito que para o bem de todos, seria interessante responderem quando conhecerem a causa em profundidade. Responder "eu acho", "eu creio" e etc. não fornece ao estudante uma base sólida e correta de conhecimento.

  • QUESTÃO ERRADA.

    Vamos analisá-la:

    "No Brasil, apesar da sólida formação acadêmica dos professores " Ora, não é tão sólida assim. Há muitas faculdades que garantem a habilitação, o diploma, mas o curso não é lá grandes coisas, mesmo porque, ainda temos a formação educacional do século XIX, para professores do século XX e alunos do século XXI. Uma disparidade.

    " que existem em número mais que suficiente em todas as áreas do conhecimento e para o atendimento adequado do conjunto das disciplinas da educação básica" - Sonho nosso! Infelizmente não há professores "em número mais que suficiente". Escolas municipais e estaduais são carentes de professores de exatas, humanas, ciências biológicas... Além disso, existe uma rotatividade muito grande de professores durante o ano letivo, o que, com certeza, também prejudica o interesse e a aprendizagem do aluno. Sem falar em pessoas formadas em direito e comunicação dando aulas de português e história; engenheiros dando aulas de física; pedagogos dando aulas de artes e ensino religioso; etc, etc, etc... ou seja, nem sempre quem está na sala de aula se habilitou para aquilo - pelo menos não foi a primeira opção. (Obs.: Não estou dizendo que são melhores ou piores, ok, só estou falando que não podem contabilizar a formação docente, porque não houve essa formação).

    E por fim: "os baixos salários que recebem levam ao desencanto profissional e ao baixo desempenho em sala de aula." - Óbvio que não. Nenhum professor (que seja professor de verdade) entra em sala de aula pensando no contracheque. O desencanto profissional e o baixo desempenho em sala de aula vêm da falta de estrutura física da escola, falta de material, alunos que são verdadeiros filhos órfãos de pais vivos, alunos que não respeitam seus professores porque seus pais também não respeitam os docentes, alunos muitas vezes desmotivados, desinteressados, agressivos, violentos, etc. Óbvio que todo mundo pensa em salário. Mas de segunda a sexta, durante cerca de 50h por semana, o professor pensa em fazer um bom trabalho, em ver o resultado de seu trabalho. Então não... o salário não é o grande responsável, pode ser um dos motivos, mas não o principal.