SÃO PAULO (Reuters) - As empresas de educação iniciaram o ano sob pressão, na esteira de mudanças divulgadas no início da semana para o Fies, programa do governo para financiar a graduação superior, apesar de a presidente reeleita Dilma Rousseff ter sinalizado prioridade para a educação na cerimônia de posse.
No primeiro pregão da Bovespa de 2015, as ações da Estácio Participações e da Kroton figuravam entre as principais perdas do Ibovespa, com queda de 6,5% e 4,8%, respectivamente, às 13h35, enquanto o Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, recuava 2,25%.
Já os papéis da Anima Educação caíam 4,8%, ao passo que as ações da Ser Educacional perdiam 6,45%.
Na segunda-feira (29), o Ministério da Educação mudou as regras para o Fies, importante fonte de receita para as companhias. Segundo o analista Tales Freire, do Bradesco, o programa responde por 49% das receitas totais da Ser, 44% da Kroton, 40% da Estácio e 38% da Anima.
A partir de agora, os estudantes precisarão tirar no mínimo 450 pontos no Enem para terem acesso ao benefício, e não poderão zerar a prova de redação.
Além disso, os candidatos não poderão mais receber o benefício simultâneo do financiamento com recursos do Fies e de bolsa do Prouni. A exceção vale para bolsa parcial, mas apenas quando ambos os benefícios se destinarem ao mesmo curso e na mesma instituição de educação superior.
Segundo os analistas Felipe Silveira e Daniel Liberato, da Coinvalores, ainda é cedo para mensurar os efeitos das mudanças, embora elas tenham possível impacto sobre a captação de novos alunos
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