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ID
655084
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2008
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Ao longo do tempo, a atividade industrial, para melhor cumprir sua finalidade de gerar lucros no âmbito do sistema capitalista, desenvolveu diferentes modos de organização do trabalho e da produção.

No que se refere às formas de organização do trabalho implementadas no século XX, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • RESUMO:

    Taylorismo
     É um sistema de organização industrial criado pelo engenheiro mecânico e economista norte-americano Frederick Winslow Taylor, no final do século XIX. A principal característica deste sistema é a organização e divisão de tarefas dentro de uma empresa com o objetivo de obter o máximo de rendimento e eficiência com o mínimo de tempo e atividade.


    FORDISMO: O termo "fordismo" faz referência a Henry Ford (1863-1947), introdutor da linha de montagem na indústria automobilística. Nas fábricas da Ford Motor Company, fundada por ele, o automóvel a ser montado se deslocava por uma esteira rolante, enquanto os operários, dispostos junto à esteira, realizavam operações padronizadas. Característicos do fordismo, os gestos repetitivos na produção industrial correspondiam à sincronização de movimentos. BASTA LEMBRAR DO FILME TEMPOS MODERNOS - CHARLES CHAPLIN 

    Toyotismo:  Em vez da formação de enormes depósitos de peças e matérias-primas, introduziu a produção just in time (em tempo real e  de acordo com a demanda), atuando em relação estreita com os fornecedores e minimizando os gastos com o gerenciamento de estoques.

  • RESUMO

    Taylorismo

    visava aumentar a eficiência produtiva, estudou tempos e movimentos de operários e máquinas na linha de produção. Alguns definem o Taylorismo como uma ciência da organização do trabalho.

    O taylorismo emprega basicamente cinco princípios:

    -substituição de métodos baseados na experiência por metodologias cientificamente testadas;

    -seleção e treinamento rigoroso dos trabalhadores, de modo a descobrir suas melhores competências, as quais devem ser continuamente aperfeiçoadas;

    -supervisão contínua do trabalho;

    -execução disciplinada das tarefas, de modo a evitar desperdícios;

    -fracionamento do trabalho na linha de montagem para singularizar as funções produtivas de cada trabalhador, diminuindo assim sua autonomia.

    Fordismo (início do século XX)

    O Fordismo nasce dessa associação entre as ideias de Taylor e a prática de Ford. O mérito do Fordismo é a introdução da linha de montagem e a adoção de uma lógica de produção e consumo em massa. O Fordismo é muito mais abrangente que o Taylorismo.

    São características do Fordismo:

    • Linha de montagem: é a famosa esteira de produção retratada no filme Tempos Modernos.

    • Trabalho especializado (repetitivo): é a pura aplicação das ideias de Taylor. Tarefas simples e repetitivas poderiam transformar um trabalhador qualquer em especialista naquela tarefa.

    • Padronização: a repetição das tarefas exigia uma padronização da produção. A linha de montagem tinha que ser sempre igual. Daí vem a rigidez do sistema. Qualquer grande alteração na produção significava alterar a linha de montagem e a forma que o trabalhador executava aquela tarefa.

    • Mão de obra alienada: o trabalhador executava apenas uma tarefa e não conhecia todo o método de produção, apenas a sua função.

    • Produção concentrada: espacialmente, a fábrica fordista era concentrada em um local, produzindo e armazenando (estoques lotados) tudo no mesmo espaço. A concentração espacial reunia no mesmo espaço milhares de trabalhadores, o que facilitava a ação de sindicatos; por isso, a pressão sindical era muito forte.

  • Toyotismo (final do século XX)

    O Toyotismo, também conhecido como sistema flexível ou pós-fordista, foi desenvolvido em uma fábrica de automóveis da Toyota, no Japão, buscando atender às especificidades da produção e do território japonês.

    São características do Toyotismo:

    • Produtos pouco duráveis: a durabilidade foi um problema para o Fordismo. Nesse sentido, a lógica do Ciclo de Obsolescência Programada, em que os produtos possuem uma data de “validade”, foi fundamental para superar as limitações do consumo fordista.

    • Diversificação: a produção diversificada, com muitas opções, buscando atender às características de cada mercado, foi importantíssima para oferecer uma maior variedade de produtos.

    • Just in time: seguindo a lógica acima, produzir de acordo com a demanda e gosto do mercado permitiu reduzir os estoques e a possibilidade de perdas produtivas.

    • Mão de obra qualificada: outra característica que possibilitava o amplo desenvolvimento desse modelo. Com uma mão de obra altamente educada e qualificada, toda melhoria no processo produtivo poderia ser mais rapidamente incorporada, ao mesmo tempo que esses trabalhadores contribuíam para esse progresso.