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ID
656182
Banca
FCC
Órgão
TJ-PE
Ano
2012
Provas
Disciplina
Fisioterapia
Assuntos

Larissa, 10 meses de idade, apresentou meningite bacteriana aos 6 meses, e evolui com hipertonia flexora em membros superiores e extensora em membros inferiores, sendo a hipertonia dos membros inferiores maior do que a dos membros superiores. Esta criança não rola e não apresenta as reações de proteção. Com base neste quadro clínico, o tipo de Paralisia Cerebral em relação à área de lesão, topografia e gravidade é

Alternativas
Comentários
  • Discordo, pois a menina apresenta alteração de tônus (espasticidade) nos 4 membros - quadriparesia ou tetraparesia.
    Além da hipertonia, o enunciado deixa claro que ela não tem reações de proteção (MMSS), não rola (MMSS).

  • Na diplegia o comprometimento sao em todos os membros porem, os inferiores sao mais acometidos.
    Na tetraplegia nao tem tanta diferença de acometimento. Tanto superior como inferior podem ser acometidos por intensidades mais parecidas.
  • É QUADRIPARESIA!!!!!
  • A resposta esta correta letra B.

    A criança apresenta diplegia ( diparetica)
    A diplegia apresenta deficiencia nos 4 menbros, porem os inferiores ou superiores são mais graves do que os outros. Na quadriparesia os 4 membros apresentam deficiencia iguais e na tetrapelgia apresenta deficiencia diferente nos menbros.
  • A diparesia espástica se caracteriza pelo acometimento mais intenso de membros inferiores, predominante na musculatura extensora e adutora (10). Os membros inferiores geralmente apresentam aumento da adução e rotação interna dos quadris, excessiva flexão dos joelhos associada ao valgismo e equinovaro (10, 11). Essas alterações biomecânicas, secundárias à espasticidade e à fraqueza muscular, podem resultar no comprometimento do equilíbrio estático e dinâmico (12, 13).

    http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-51502012000200008&script=sci_arttext
  • Pode haver hemiplegia (quando um lado do corpo está comprometido), diplegia (quando os quatro membros estão comprometidos mas os membros inferiores são mais acometidos que os membros superiores) e quadriplegia (quando os quatro membros estão comprometidos mas os membros superiores são mais acometidos), com padrões de movimentos característicos.

  • CONTIN.

    Outra forma de classificação da Paralisa Cerebral é de acordo com os sinais clínicos:

    7.1 Paralisia Cerebral Espástica

    Espasticidade é o aumento do tônus causado pela lesão do primeiro neurônio motor superior, que pode ser observada com o aumento da velocidade do movimento passivo. A espasticidade faz com que os movimentos da criança diminuam, tornando mais fácil de identifica-la. A forma espástica apresenta as características de hiperreflexia, fraqueza muscular, clônus, padrões motores anormais e diminuição da destreza, menos estabilidade postural que leva a menor força e habilidade nas AVDs e geralmente apresenta-se com flexão dos membros superiores e extensão dos membros inferiores, podem ser classificadas como discreta, leve, moderada ou grave.

    7.2 Paralisia Cerebral Atetóide

    A forma atetósica apresenta sinais de lesão do sistema extrapiramidal, nos núclesos da base. Por isso o aparecimento de movimentos involuntários que se classificam como atetóides (falta de postura, movimentos involuntários, lentos, presentes nas extremidades, serpenteantes ou contorcidos, que aumentam com a excitação, insegurança e esforço para fazer um movimento voluntário e os movimentos finos e a força muscular são prejudicadas), coreicos (movimentos involuntários rápidos, na parte proximal do membro impossibilitando que o movimento voluntário ocorra) e ditônicos (movimentos atetósicos mantidos com posturas fixas que após um tempo se modificam).

    7.3 Paralisa Cerebral Atáxica

    A ataxia é um distúrbio decorrente de uma lesão no cerebelo, que monitora e dá modelação fina à posição dos músculos para a precisão de alcance e força (coordenação) e para o equilibrio. A ataxia não está diretamente ligada ao tônus muscular e sim às reações de equilíbrio. Há hipotonia e instabilidade de movimentos. São freqüentemente observadas na marcha da criança pela instabilidade do tronco e das cinturas escapular e pélvica.

    7.4 Paralisia Cerebral Hipotônica

    A forma hipotônica encontra-se em crianças com tônus baixo, tendo como conseqüência articulações frouxas, músculos mal definidos, hipermobilidade articular, menos força e resistência. Normalmente esta forma de Paralisia Cerebral é um padrão transitório, que pode se transformar em uma das outras formas posteriormente.

    7.5 Paralisia Cerebral Mista

    Na forma mista, combinam-se caracteristicas da Paralisia Cerebral espástica, atetósica e atáxica. O tônus muscular tem um padrão mutante e a criança pode ter diferentes tipos das classificações anteriores durante seu crescimento ou ao mesmo tempo.
    FONTE: http://www.fisioneuro.com.br/ver_pesquisa.php?id=1