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Existem 3 variáveis que afetam o tamanho da amostra: RISCO DE AMOSTRAGEM; ERRO ESPERADO; ERRO TOLERADO.
RISCO DE AMOSTRAGEM- quanto maior o risco de amostragem, maior deve ser o tamanho da amosta para compensar.
ERRO TOLERÁVEL- quanto maior o erro aceitável, menor a amostra.
ERRO ESPERADO- quanto maior o erro esperado, maior deve ser o tamanho da amostra.
O que a questão anuncia é houve um aumento do uso de procedimentos de auditoria para confirmação dos saldos do contas a receber. Com isso ocorre uma diminuição do risco esperado. E com isso, há uma diminuição do tamanho da amostra necessária.
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Quanto maior for o número de procedimentos de auditoria, menor será o risco. E quanto menor o risco, menor será a amostra! É questão de bom senso.
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É questão de raciocínio lógico.
Ora, o que são os testes substantivos? São procedimentos de auditoria que visam à obtenção de evidências quanto à suficiência, exatidão e validação dos dados produzidos pelos sistemas contábil e administrativos da entidade.
Ok! Agora, sabendo disso, não é lógico que quanto mais testes aptos à obtenção de evidências seguras, menor a necessidade de amostras?
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Não vejo como lógico isso. Acho que há algo a mais que não está sendo explicado. Confesso que sei muito pouco dessa disciplina, estou ainda em fase de muita pesquisa, tentando entender esse tal "raciocínio lógico".
Tá bem difícil entender isso.
Vou arriscar um raciocínio aqui. Vamos supor que a empresa possui população de 100 (cem) contas a receber. A amostra suficiente e confiável será, por exemplo, 20 contas. Se eu aplicar melhores testes substantivos (o dobro de testes por exemplo), então isso CAUSARIA a redução da amostra para menos de 20?
A própria definição do tamanho da amostra vai depender da quantidade de testes substantivos?
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Segundo o apêndice 3 da NBC TA 530
“Quanto mais o auditor confia em outros procedimentos substantivos (testes de detalhes ou procedimentos analíticos substantivos) para reduzir a um nível aceitável o risco de detecção relacionado com uma população em particular, menos segurança o auditor precisa da amostragem e, portanto, menor pode ser o tamanho da amostra.”
Resposta B.
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NBC TA 530 Apêndice 3 (ver item A11) - Exemplos de fatores que influenciam o tamanho da amostra para os testes de detalhes -
FATOR 2. - Aumento no uso de outros procedimentos substantivos direcionados à mesma afirmação
EFEITO NO TAMANHO DA AMOSTRA - Redução (Inversamente proporcional)
Quanto mais o auditor confia em outros procedimentos substantivos (testes de detalhes ou procedimentos analíticos substantivos) para reduzir a um nível aceitável o risco de detecção relacionado com uma população em particular, menos segurança o auditor precisa da amostragem e, portanto, menor pode ser o tamanho da amostra.
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NBC TA 530 Apêndice 3 (ver item A11) - Exemplos de fatores que influenciam o tamanho da amostra para os testes de detalhes -
FATOR 2. - Aumento no uso de outros procedimentos substantivos direcionados à mesma afirmação
EFEITO NO TAMANHO DA AMOSTRA - Redução (Inversamente proporcional)
Quanto mais o auditor confia em outros procedimentos substantivos (testes de detalhes ou procedimentos analíticos substantivos) para reduzir a um nível aceitável o risco de detecção relacionado com uma população em particular, menos segurança o auditor precisa da amostragem e, portanto, menor pode ser o tamanho da amostra.
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Mas não seria uma possibilidade de se reduzir o tamanho da amostra? Esse "causa" é que pegou. Acho que o aumento do uso de procedimentos substantivos possibilitaria ao auditor reduzir o tamanho da amostra e não causaria uma redução. alguém consegue me explicar melhor?
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De fato, a banca forçou a barra ao utilizar o termo "causa" no lugar do termo "pode" da norma, dando margem a pensar na existência de uma relação determinística entre o aumento da quantidade de testes substantivos e a redução do tamanho amostral.
Tentando explicar o raciocínio estatístico por trás dessa ideia, vejamos a fórmula usada para o cálculo do tamanho amostral n:
n = [ N * z^2 * σ2 ] / [ (N−1) * e^2 + z^2 * σ2 ] (*)
N: tamanho da população;
z: fator associado ao nível de significância ou nível de confiança do teste;
e: erro amostral associado à distorção tolerável;
σ2: variância associada à população em estudo.
Nível de confiança
O nível de confiança exprime a confiabilidade de um determinado intervalo de confiança. Expressar qual o percentual das possíveis amostras de tamanho “n” tiradas de uma dada população são suficientemente representativas da população em estudo. Quando uma inferência é feita a um nível de confiança de, por exemplo, 95%, significa que o parâmetro populacional real estará verdadeiramente contido no intervalo de confiança estimado em 95% das amostras possíveis de tamanho “n” daquela população.
Nível de significância
Ele exprime a proporção das possíveis amostras de tamanho “n” tiradas de uma dada população que não são suficientemente representativas da população em estudo, e portanto vão originar intervalos de confiança incorretos, por não conterem o valor real do parâmetro populacional. É o complementar do nível de confiança (1 – nível de confiança).
Como os valores de e e σ2 independem da realização de outros testes, somente o fator z é influenciado de forma indireta pelo uso de mais procedimentos substantivos. Quanto mais testes substantivos são realizados, o auditor pode se preocupar menos com a representatividade da sua própria amostra, uma vez que existem outras evidências de confirmação também representativas, aumentando assim o nível de significância ou reduzindo o nível de confiança do seu teste (vide alguns valores de z na tabela abaixo).
Nível de significância | Nível de confiança | Fator z
10% | 90% | 1,64
5% | 95% | 1,96
1% | 99% | 2,58
Por exemplo, no caso de uma empresa que possui uma população de cem contas a receber (N=100), com erro tolerável de uma unidade (e=1) e variância de seis (σ2=6), o tamanho amostral n para um único teste com nível de confiança 95% (z=1,96) seria o seguinte com base na fórmula (*):
n = (100 * 1,96^2 * 6) / (99 * 1^2 + 1,96^2 * 6) = 18,885...
Nesse caso, uma amostra suficiente seria próxima de 20 contas.
Agora se o auditor tiver conhecimento de outros testes substantivos que sejam confiáveis e reduzir o nível de confiança utilizado para 90% (z=1,64), o tamanho da amostra seria dado por:
n = (100 * 1,64^2 * 6) / (99 * 1^2 + 1,64^2 * 6) = 14,016...
Nessa hipótese, ele poderia tomar 15 contas.
Referência: https://portal.tcu.gov.br/lumis/portal/file/fileDownload.jsp?fileId=8A81881E681500120168621221AB1F5B
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Questão fácil para quem leu rápido ou quem não pensou de forma mais profunda...difícil para quem leu atentamente e estudou bem.
Para mim deveria ser anulada ou trocado o gabarito.
Foi considerada correta a alternativa:
causa uma diminuição da amostra.
Ora, logicamente que com mais testes substantivos há a POSSIBILIDADE de redução da amostra, uma vez que há mais segurança.
Porém, algo ser POSSÍVEL não quer dizer que realmente e efetivamente ocorrerá.
Logo, uma redação mais clara e correta deveria ser "PODE CAUSAR uma diminuição da amostra", visto que isso é uma questão de julgamento profissional do auditor.