É sempre importante reafirmar que o contexto em que se insere o programa ou a ação das organizações influi em seus processos e resultados. Assim, o projeto não pode ser uma camisa de força, e o contexto deve ser “lido” e “relido” durante o continuum da ação: projeto; sua implementação; coerência entre objetivos, estratégias e resultados; correlação entre resultados previstos e resultados atingidos; capacidade de inovação e adequação do projeto às demandas; flexibilidade para introduzir alternativas com maior eficácia; cobertura e avanço nos padrões de qualidade almejados pelos usuários das ações das organizações.
Por tudo isso, a avaliação de programas e projetos sociais contém quatro características básicas.
» É um processo contínuo e permanente, que abarca o projeto na sua concepção, implementação e resultados.
» É um processo que embasa a tomada de decisão política quanto a propósitos, processos de ação e alocação de recursos.
» É um processo de aprendizado social, ou seja, deve permitir aos envolvidos no projeto a apropriação reflexiva da ação.
» É um exercício de controle social – torna a organização e seus serviços, ou resultados, transparentes e abertos a uma construção coletiva, qualificando as reivindicações e as opiniões dos usuários e da comunidade.
É, assim, um serviço efetivamente público. Finalmente, assumido ainda como processo participativo, que mobiliza tanto gestores, equipe executora, beneficiários, quanto agentes externos, parceiros e financiadores. Conquista o envolvimento comunitário e, por consequência, legitimidade e reconhecimento público.
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