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Conforme a obra de David Osborne e Ted Gaebler, “Reinventando o governo” (1994), a qual trata sobre o empreendedorismo governamental, Osborne e Gaebler propõem dez princípios básicos para reinventar o governo, listados a seguir:
1. Competição entre os prestadores de serviço;
2. Poder aos cidadãos, transferindo o controle das atividades à comunidade;
3. Medir a atuação das agências governamentais através dos resultados;
4. Orientar-se por objetivos, e não por regras e regulamentos;
5. Redefinir os usuários como clientes;
6. Atuar na prevenção dos problemas mais do que no tratamento;
7. Priorizar o investimento na produção de recursos, e não em seu gasto;
8. Descentralização da autoridade;
9. Preferir os mecanismos de mercado às soluções burocráticas;
10. Catalisar a ação dos setores público, privado e voluntário.
A maioria dos exemplos do livro de Osborne e Gaebler mostra que a melhor resposta para tornar melhor um serviço público é chamar a comunidade a participar de suagestão, seja fiscalizando, seja trabalhando voluntariamente na prestação de serviços— constituindo-se numa resposta adequada tanto para a questão da eficiência como para o problema da transparência. Portanto, a modernização do setor público deve caminhar lado a lado com o aumento da accountability
Portanto parece haver pelo menos duas importantes que seria a orientação por objetivos e a transferência do controle das atividades à comunidade, sendo dois canalizadores para um processo de mudança e empreendedorismo do governo.
Acredito que a questão é passível de recurso
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Fui conferir no site da FCC e o gabarito foi mantido. Letra C da questão 47 de Analista Judiciário - Contabilidade.
Não concordo com a banca. Conforme o comentário do colega a questão apresenta mais de uma alternativa correta.
Entretanto, mais uma vez temos que aceitar a imposição irracional da FCC.
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Acredito que o raciocínio da banca foi o de que todos esses princípios destacados pelo colega Rômulo ajudam a "reinventar o governo", mas, dentre eles, o que mais estimula o empreendedorismo é o da alternativa c).
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Colegas,
O que a questão faz é um referencial ao governo empreendor em relação a administração burocrática. Aqui devemos lembrar das famosas "disfunções da burocracia", a saber:
· excesso de formalismo;
· conformidade excessiva às normas;
· rigidez e resistência às mudanças;
· despreocupação com os resultados organizacionais;
· valorização elevada da posição hierárquica;
· queda da qualidade percebida pelos clientes.
Ora, a burocracia é conhecida por seu alto grau de formalismo e sua visão nos processos em vez de resultados. Ela cumpriu o seu papel de combater o patrimonialismo, mas se desviou da EFICACIA.
A accountabilty e o controle social são excelentes, mas como o nome ja diz, são mecanismos de CONTROLE e disso a visão burocrática ja esta cheia.
Acredito que de todos os fatores os que mais trouxeram agilidade e produtividade seriam o foco no resultados com a criação de metas, mais autonomia aos servidores atraves da delegação, estimulo a criatividade e competição, etc.
Agora percebam que de nada adiantaria se a adminstração não tivesse o foco em resultado e que esse resultado medido por METAS CLARAS, que foi justamente onde a burocracia falhou e onde mais precisava-se de uma solução.
Sendo assim, concordo com o examinador ao destacar a saida do foco nos processos, ao foco nos resultados como o mais "estimulante".
abraços!
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Me parece que devemos atentar para pergunta: "......aquela que mais estimula o empreendedorismo governamental é"
o que está mais ligado ao empreendedorismo, ligado a atingir metas e objetivos: c) "orientar-se por objetivos, e não por regras e regulamentos"
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a FCC esqueceu que orientação por objetivos é diferente de orientação por resultados!
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FCC DE NOVO COM MAIS DE UMA CORRETA! VOU PROCURAR A ANPAC
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Quando aquele professor te diz pra procurar a mais certa, taí..Uma hora essa teoria serve. Rsrsrs
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C) CORRETA
Os mercados evoluíram de um modelo tradicional de estabilidade para a sua internacionalização; para a criação de novos produtos e serviços de ciclo de vida efêmeros; da inversão dos estudos voltados ao consumo de massa para a personalização da produção em massa, explorando nichos de mercado através de ligações virtuais com os clientes.
Na administração pública não é diferente. Um novo modus operandi vem sendo construído, inspirado no modelo de gestão privada, visando atender ao dinaismo e às novas necessidades do ambiente, voltado para a inovação, aprendizagem, aperfeiçoamento contínuo, que exigem soluções conjuntas com a sociedade, um sistema de comunicação em todas as direções, com base na tecnologia da informação,e ampla delegação e autonomia no processo de tomada de decisão.
A visão empreendedora considera, como condição para sua eficácia, que os gestores públicos se guiem pela missão, visão, crenças, valores e objetivos globais e sistêmicos da organização, orientados proativamente para a criação de valor para a sociedade.
Elisabete de Abreu e Lima, "Administração Geral e Pública" (2017), p. 103.
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Basicamente, deve-se lembrar que o termo empreendedorismo significa inovação, proatividade... e isso é praticamente impossível em um ambiente engessado por normas e regulamentos. A letra C é, portanto, a que mais impactua positivamente um Estado empreendedor.
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Fica uma dúvida: Regras e regulamentos não representam a lei? No caso da administração em âmbito privado, procede.
mas não na gestão pública. Não faz mauito sentido essa afirmação dada pelo gabarito.
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Não faz muito sentido essa resposta. Não seria "orientada a resultados"?
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N entendi, regras e regulamentos são essenciais. Eu sendo servidor e saio fora dessas regras e regulamentos la vem um PAD dizendo que desrespeitei a legalidade.
Calma, calma, eu estou aqui
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Características do Governo Empreendedor:
- Governo catalizador;
- Governo que pertence à comunidade;
- Governo competitivo;
- Governo orientado por missões;
- Governo de resultados;
- Governo orientado ao cliente;
- Governo empreendedor;
- Governo preventivo;
- Governo descentralizado;
- Governo orientado para o mercado.
Esmiuçando um pouco:
Governo de resultados - os governos devem substituir o foco no controle de inputs para o controle de outputs e impactos de suas ações, e para isso adotar a Administração por Objetivos.
Fonte: José Matias Pereira, Governança no setor público.