A compreensão da função e expressão dos genes envolvidos nos traços externamente visíveis (EVC; do inglês externally visible characteristics) têm sido amplamente utilizada em vários estudos de evolução humana e investigações forenses. Para este último propósito, vários esforços têm sido feitos para descobrir um modelo eficiente e fácil para a predição da cor da pele e dos olhos em seres humanos. A vantagem óbvia da predição de tais EVCs, através da utilização do DNA, é sua incorporação na rotina em laboratórios forenses, sendo assim aplicada em investigações policiais.
A técnica de fenotipagem forense pelo DNA (FDP; do inglês forensic DNA phenotyping), seria particularmente útil nos casos em que os perfis genéticos de locais de crime não fossem encontrados no bancos de dados de DNA ou para ajudar a classificar cadáveres degradados, esqueletos, ou vestígios biológicos de pessoas desaparecidas.
Estudos de associação genótipo-fenótipo sobre a cor do cabelo, a cor da íris e a pigmentação da pele têm identificado SNPs em genes diretamente envolvidos na síntese de pigmentos (Sturm, 2009; Walsh et al., 2011a; Walsh et al., 2011b; Walsh et al., 2013). Todos eles sustentam que há uma necessidade grande por parte dos órgãos policiais de possuir uma base de dados com perfis genéticos que possam auxiliar na solução de crimes, excluindo ou inserindo indivíduos em processos criminais que buscam identificar suspeitos ou vitimas (Pulker et al., 2007). Especialmente no caso de não se ter informações sobre o perfil genético de referência (para confronto de alelos de STRs), a amostra questionada pode ser estudada para fins da predição do fenótipo do individuo (Kayser et al., 2011).
Fonte: http://repositorio.pucrs.br/dspace/bitstream/10923/7245/1/000468517-Texto%2BCompleto-0.pdf