Errado.
O governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva (2003-2010) realçou as relações do Brasil com a África alcançando bases de caráter mais permanente. Segundo José Sombra Saraiva, o fato de o Brasil ter dado ênfase a sua política africana, durante os oito anos de governo Lula, elevou-a a uma política de Estado, superando as oscilações de idas e vindas dos períodos anteriores.
O Brasil, nesse período, aumentou os investimentos no continente, sua presença comercial, além da atuação política com a abertura de 16 embaixadas (Botsuana, Zâmbia, Mali, Mauritânia, Guiné, Burkina Fasso, Benin, Togo, San Tomé e Príncipe, Camarões, Guiné Equatorial, Congo, Sudão, Etiópia, Tanzânia, Namíbia), o que é respondido pela reciprocidade africana, já que Brasília abriga 34 embaixadas ou missões permanentes africanas, sendo superada nas Américas apenas pelos Estados Unidos.
Sobre o comércio, a primeira parte do item está correta, já que, de acordo com os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em 2003 o comércio total entre a África e o Brasil era de aproximadamente 6 bilhões de dólares, alcançando, em 2011, a soma de 27 bilhões de dólares.
O Brasil também acumula déficits comerciais com a África desde 2003, mas o item está incorreto porque esse déficit não é decorrente da política de substituição competitiva de importações, que outorga preferências comerciais a países africanos.
Na verdade, o déficit é resultado, principalmente, do comércio com a Nigéria, o maior parceiro comercial brasileiro no continente africano, seguido da África do Sul. A pauta comercial de importação do Brasil com a Nigéria é composta principalmente de petróleo, o que provocou um déficit de 7,1 bilhões de dólares em 2011 na balança comercial brasileira com esse país.
Fonte: 7.000 questões comentadas do CESPE.