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Questões de Atores e Instituições


ID
31114
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca das principais linhas de ação e vertentes da política externa brasileira desde 1967, julgue (C ou E) os seguintes itens.

A partir de 1967, o governo Costa e Silva procedeu a uma reformulação das diretrizes fundamentais da política externa brasileira, determinando um curso que permaneceria inalterado, em sua essência, até o final do regime militar. A unidade de ação que se verifica a partir de então embasou-se na importância central conferida à doutrina de fronteiras ideológicas, que, como condicionante das estratégias a serem adotadas, definia as prioridades externas.

Alternativas
Comentários
  • Essa doutrina de fronteiras ideóligicas pertenceu ao governo de CASTELO BRANCO e não de COSTA E SILVA.A banca tentou confundir o candidato.
  • A doutrina de fronteiras ideológicas foi um dos fundamentos da política externa do governo Castelo Branco (e não do governo Costa e Silva)  e se caracterizava por uma visão firmemente bipolar do mundo no contexto da Guerra Fria e por um posicionamento inequívoco ao lado dos EUA nesse contexto. As ideologias no caso eram encabeçadas por URSS e EUA. 

    A partir de Costa e Silva, nossa diplomacia dá uma guinada em direção à reassunção dos fundamentos da PEI – Política Externa Independente, que marca os governos Quadros e Goulart – que haviam sido abandonados por Castelo Branco a partir de 1964. Essa política reassumida por Costa e
    Silva vai se manter, em sua essência, até o fim do regime militar.

  • Durante o Governo Castelo Branco ocorreu o que os analistas chamam de "passo fora da cadencia". Que é justamente o abandono da PEI e de uma busca pela autonomia por distanciamento. O presidente Castelo Branco tem uma política externa menos pragmática e com traços fortemente ideológicos, alinhando-se aos EUA em suas posições. Com o governo de Costa e Silva o Brasil volta a adotar uma política externa independente, pratica que se mantem até o fim dos governos militares na decada de 80.


ID
31117
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca das principais linhas de ação e vertentes da política externa brasileira desde 1967, julgue (C ou E) os seguintes itens.

Alguns aspectos do "pragmatismo responsável" adotado pelo governo Geisel, como a busca da autonomia decisória na política externa, encontravam antecedentes em idéias e práticas políticas anteriores ao regime militar brasileiro.

Alternativas
Comentários
  • A "barganha nacionalista " do segundo governo Vargas buscou superar as limitações decorrentes do alinhamento automático com os EUA empreendida no governo Dutra. A estratégia de mais autonomia nas relações internacionais abriu canais de dialogo com a África, Ásia, América Latina e Oriente Médio.

  •  Apenas completando o comentário da colega, a chamada Política Externa Independente dos governos Quadros e Goulart também se apresenta como antecedente pré-regime militar importante de práticas políticas que buscavam maior autonomia decisória na política externa brasileira.

  • A grosso modo Dutra e Castelo Branco tinha uma linha ideológica de Politica Externa de alinhamento com os Estados Unidos.
  • "Hoje, sabe-se que muito do pensamento estratégico associado à política externa do governo Geisel precedeu a posse do novo governo em março de 1974 – alguns de seus antecedentes apareceram nos anos da Política Externa Independente (1961–1964) e nos governos dos generais Costa e Silva (1967–1969) e Médici (1969–1974). Há linhas oriundas do Estado Novo (1937–1945) e da gestão de Juscelino Kubitschek (1956–1961). Em perspectiva de longa duração, os anos Geisel situam-se confortavelmente na tendência geral a maior e mais veloz asserção da autonomia nacional face aos estritos limites impostos pelo sistema internacional da Guerra Fria. Visto dessa maneira, o pragmatismo coincide com o auge do modelo brasileiro de diversificação de parcerias."

    Origens e direção do Pragmatism o Ecumênico e Responsável (1974-1979)
  • Conceito

    "Para se obter uma ideia precisa do que foi a diplomacia do Pragmatismo Responsável faz-se necessário analisar a expressão em seu significado semântico puro e ao mesmo tempo colocá-la no contexto em que foi elaborada, no meio da década de 1970, com os desafios que o Brasil enfrentava à época. Da palavra "pragmatismo" extraímos a noção de que o Brasil conduziria sua política externa desvinculada de princípios ideológicos, em um momento ainda bastante marcado pela Guerra Fria; a expressão "ecumênico", vinda de ecumenismo, é utilizada para descrever o processo de busca de unidade, externando a ênfase que o governo dava ao consenso de todos setores da sociedade em atingir um objetivo comum de desenvolvimento; tal pragmatismo seria ainda conduzido de modo responsável, buscando inserir o país internacionalmente, servindo sobretudo aos interesses nacionais."

     

    Fonte: http://www.infoescola.com/historia/pragmatismo-ecumenico-e-responsavel/

     

  • O Pragmatismo Responsável e Ecumênico:

     

            Pragmatismo: seria a busca de vantagens no cenário internacional, independente do regime e da ideologia.

            Responsável: diz respeito às questões ideológicas que não contaminariam a política externa

            Ecumênico: seria a implantação de parcerias desejadas em escala planetária, para além do âmbito hemisférico.

     

    (Fonte: VIZENTINI, 1998, p.208)


ID
31120
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca das principais linhas de ação e vertentes da política externa brasileira desde 1967, julgue (C ou E) os seguintes itens.

A dívida externa assumiu relevância na ação internacional do Brasil a partir do início da década de 1980, sendo tratada de acordo com duas estratégias: a primeira, de orientação economicista, afastava a diplomacia das negociações acerca do tema e favorecia a busca de soluções monetaristas, negociadas bilateral e diretamente com a comunidade financeira internacional; a segunda, configurada no Consenso de Cartagena de 1984, propugnava um tratamento político da questão que equacionasse o pagamento da dívida com o crescimento econômico da América Latina. Prevaleceu, desde o início, esta última estratégia.

Alternativas
Comentários
  • A resposta desta questão está em A Ordem do Progresso.
    é isso.
    Abraços
  • (...) já nasceu débil e inoperante o Consenso de Cartagena, em22 de junho de 1984, como foro político de encaminhamento de soluções concertadas pela América Latina para o impasse da dívida externa. O Itamaraty teve de veicular a posição do governo brasileiro, de inspiração monetarista, contrária ao tratamento político e por negociações bilaterais em separado.  AMADO CERVO e CLODOALDO BUENO, HPEB

  • ERRADA

     

    2 linhas de ação p/ tratar da dívida externa nesse período: Economisista e Política

    Economisista --> dava aos ministérios c/ pautas econômicas a função de negociar a dívida (Foi a mais utilizada)

    Política --> dava ao Itamaraty essa função.

     

    Fonte: Meus Resumos


ID
31123
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca das principais linhas de ação e vertentes da política externa brasileira desde 1967, julgue (C ou E) os seguintes itens.

A política externa brasileira era formulada, a partir do início da década de 1970, com a finalidade última de serem superadas dependências e de ser reforçada a autonomia do país. A área energética foi alvo de medidas que se enquadravam nessa linha de ação, sendo exemplo de tais medidas o acordo de cooperação nuclear com a República Federal da Alemanha firmado em 1975.

Alternativas
Comentários
  • "Após alguns entendimentos iniciais com os Estados  Unidos, em nome da não proliferação nuclear - o Brasil se negara a assinar o TNP, Tratado de Não Proliferação -, os Estados Unidos recusaram-se a prestar qualquer assistência no campo da energia nuclear e vetaram a venda de equipamentos sensíveis para Brasília. O país, então, voltou-se para a Alemanha Federal, com quem assinou, sob protestos de Washington, um amplo acordo de cooperação nuclear, origem das usinas brasileiras.” (Daniel Aarão Reis, História do Brasil Nação, v. 5, p. 148)

  • Certa.

    O contexto da política externa brasileira dos anos 1970 é marcado pela diversificação de parceiros comerciais e pelo não alinhamento com os EUA. Havia, no entanto, certa dependência tecnológica brasileira em relação aos americanos, que precisava ser superada. Diante da lentidão na transferência de tecnologia atômica, para fins pacíficos, por parte dos Estados Unidos, o Brasil assina em 1975 o Acordo de Cooperação Nuclear com a Alemanha, para diversificação das fontes de energia. O acordo de 1975 com a Alemanha previa a implementação.

    fonte : 7000 questões do cespe


ID
31126
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Em 2008, comemoram-se cinqüenta anos do lançamento da
Operação Pan-Americana (OPA), que teve início com a troca de
cartas pessoais entre os presidentes Juscelino Kubitschek e
Eisenhower, em 28 de maio e 5 de junho de 1958. A respeito da
OPA, julgue (C ou E) os itens seguintes.

O objetivo central da OPA foi o combate ao subdesenvolvimento econômico da América Latina, visto como o principal problema do continente.

Alternativas
Comentários
  • SEGUNDO JUSCELINO KUBITSCHEK, A OPA ERA " O MEIO DE TORNAR MAIS SÓLIDA A DEMOCRACIA NESTA ÁREA DO MUNDO EM QUE A DEMOCRACIA TEM OS SEUS ÚLTIMOS BASTIÕES [...] SABEMOS TODOS QUE NÃO HÁ DEMOCRACIA ONDE HÁ MISÉRIA.

    CERVO E BUENO, HPEB

  • Questão tola. Não existe corelação entre democracia e desenvolvimento! a China é um exemplo.
  • A China é a exceção. E existe sim correlação entre democracia e desenvolvimento.

  •  

    Conceito

    Operação Pan-americana (OPA), lançada pelo presidente Juscelino Kubitschek em 1958, teve o conflito bipolar entre as superpotências (Estados Unidos e União Soviética) como cenário internacional.

    Após o então vice-presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, ter sofrido tentativa de agressões por parte de manifestantes de esquerda, na Venezuela[1], o governo brasileiro propôs a Operação Pan-americana, que tinha por base a ideia de que apenas a eliminação da miséria no continente americano propiciaria a contenção do comunismo e a expansão da democracia.

    A miséria seria reduzida por meio de desenvolvimento econômico associado à cooperação internacional, ou seja, com capitais da superpotência do norte, os Estados Unidos.

     

    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Opera%C3%A7%C3%A3o_Pan-Americana

  • Na verdade o objetivo principal da OPA era, através do desenvolvimento econômico, evitar a propagação do comunismo no continente, e não o combate da pobreza como um fim em sí. ERREI achando que era pegadinha. Segue a luta!
  • Certa.

    A Operação Pan-Americana (OPA) foi uma proposta de cooperação internacional entre a América Latina e os Estados Unidos que, como afirma o item, visava a lutar contra o subdesenvolvimento econômico na América Latina. O objetivo da Operação, proposta pelo então presidente brasileiro Juscelino Kubitschek em 1958, foi combater não apenas o subdesenvolvimento econômico, mas o subdesenvolvimento em sentido global. O lançamento da iniciativa aconteceu logo após a malsucedida visita do vice-presidente americano Richard Nixon à América Latina, na qual houve demonstrações de antiamericanismo em diversos países do continente. Além disso, havia no continente uma ampla insatisfação com as linhas de cooperação para o desenvolvimento levadas a cabo pelos Estados Unidos. A OPA teve início pela troca de cartas pessoais entre Juscelino e o então presidente americano Dwight Eisenhower. A OPA consistia na aplicação de capital privado em áreas atrasadas do continente, no aumento de volume de crédito das entidades internacionais, na assistência técnica, entre outros. Juscelino enfatizava a importância dos capitais públicos, em razão do elevado montante necessário para os setores básicos e os de infraestrutura.

    fonte : 7000 questões do cespe


ID
31129
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Em 2008, comemoram-se cinqüenta anos do lançamento da
Operação Pan-Americana (OPA), que teve início com a troca de
cartas pessoais entre os presidentes Juscelino Kubitschek e
Eisenhower, em 28 de maio e 5 de junho de 1958. A respeito da
OPA, julgue (C ou E) os itens seguintes.

A OPA era uma proposta de cooperação internacional baseada na tese de que o fim da miséria e o desenvolvimento seriam as maneiras mais eficazes de se evitar a penetração de ideologias exógenas e antidemocráticas.

Alternativas
Comentários
  • Questão correta.A OPA ainda motivou a Aliança Para o Progresso do Presidente John Kennedy.
  • A informação acima do colega está totalmente quadrada. Vamos ver o que o Wiki diz sobre o OPA:


    Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Ir para: navegação, pesquisa

    A Operação Pan-americana (OPA), lançada pelo presidente Juscelino Kubitschek em 1958, teve o conflito bipolar entre as superpotências (Estados Unidos e União Soviética) como cenário internacional.

    Após o então vice-presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, ter sofrido tentativa de agressões por parte de manifestantes de esquerda, na Venezuela, o governo brasileiro propôs a Operação Pan-americana, que tinha por base a idéia de que apenas a eliminação da miséria no continente americano propiciaria a contenção do comunismo e a expansão da democracia.

    A miséria seria reduzida por meio de desenvolvimento econômico associado à cooperação internacional, ou seja, com capitais da superpotência do norte, os Estados Unidos.

  • Certa.

    A OPA, que era uma proposta de cooperação internacional de âmbito hemisférico, insistia na tese de que o desenvolvimento e o fim da miséria seriam as maneiras mais eficazes de se evitar a penetração de ideologias exôgenas e antidemocráticas no continente. A cooperação seria uma solução para países atrasados. Juscelino Kubistchek, idealizador da proposta, argumentava que a cooperação econômica daria força ao pan-americanismo, tornando-se um escudo à penetração de ideologias estranhas. JK situava a OPA, portanto, contra a ameaça antidemocrática do bloco soviético. É importante ressaltar que JK sempre se referia ao desenvolvimento da América Latina como um todo, e não apenas ao desenvolvimento brasileiro.

    fonte : 7000 questões do cespe


ID
31132
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Em 2008, comemoram-se cinqüenta anos do lançamento da
Operação Pan-Americana (OPA), que teve início com a troca de
cartas pessoais entre os presidentes Juscelino Kubitschek e
Eisenhower, em 28 de maio e 5 de junho de 1958. A respeito da
OPA, julgue (C ou E) os itens seguintes.

No entendimento de seus formuladores, a OPA poderia servir de paradigma para iniciativas semelhantes fora do hemisfério, com base na tese de que, também em outras regiões do mundo, a promoção do desenvolvimento serviria ao propósito de conter o comunismo.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO.

    Veja a frase do Embaixador Negrão de Lima " seus objetivos correspondem às aspirações e às necessidades de todos os povos". Esta declaração foi perante a AGNU em 18.09.1965
  • O trecho retrata passagem do livro de Amado Cervo, História da Política Exterior Brasileira, que referencia a ideologia da OPA, que segundo seus formuladores, serviria não só ao Brasil mas também à toda região Latino-americana. Não custa lembrar que a síntese da OPA era combater a subversão através do desenvolvimento.







  • Certa.

    A OPA, que era uma proposta de cooperação internacional de âmbito hemisférico, insistia na tese de que o desenvolvimento e o fim da miséria seriam as maneiras mais eficazes de se evitar a penetração de ideologias exôgenas e antidemocráticas no continente. A cooperação seria uma solução para países atrasados. Juscelino Kubistchek, idealizador da proposta, argumentava que a cooperação econômica daria força ao pan-americanismo, tornando-se um escudo à penetração de ideologias estranhas. JK situava a OPA, portanto, contra a ameaça antidemocrática do bloco soviético. É importante ressaltar que JK sempre se referia ao desenvolvimento da América Latina como um todo, e não apenas ao desenvolvimento brasileiro.

    fonte : 7000 questões do cespe


ID
31135
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Em 2008, comemoram-se cinqüenta anos do lançamento da
Operação Pan-Americana (OPA), que teve início com a troca de
cartas pessoais entre os presidentes Juscelino Kubitschek e
Eisenhower, em 28 de maio e 5 de junho de 1958. A respeito da
OPA, julgue (C ou E) os itens seguintes.

Desde o seu lançamento, a OPA teve seus objetivos encampados por Washington, o que assegurou o êxito imediato dessa operação diplomática.

Alternativas
Comentários
  • Errado. Somente após o regime instaurado por Fidel Castro aderir ao comunismo é que os EUA irão repensar sua estratégia para a América Latina, até então considerada zona de baixa prioridade.
  • ERRADA.

    Poucos êxitos e não foi imediato. No âmbito da OEA é criado o Comitê 21 oonde é proposto o BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento em 1959. Além disso, há uma inspiração para a Aliança para o Progresso de 1961.
  • Errada.

    O item está incorreto, porque desde início da OPA, a reação dos EUA foi de frieza em relação ao projeto. Os americanos evitavam, assim, assumir compromissos que implicassem mudanças na orientação já traçada sobre a relação com os países latino-americanos. Segundo os EUA, a questão do subdesenvolvimento latino-americano deveria ser respondida com empréstimos de instituições de crédito já existentes no continente e não com ajuda privada americana. É errôneo afirmar, no entanto, que a OPA não produziu resultados concretos. O resultado imediato da OPA, no contexto da Organização dos Estados Americanos (OEA), foi a criação de uma Comissão Especial incumbida de dar execução aos projetos da OPA – nesta comissão o chefe da delegação brasileira foi Augusto Frederico Schmidt. Outro importante

    resultado da OPA foi a criação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em 1958, com a função de promover projetos de desenvolvimento na região. Ainda, a fundação da Associação Latino-Americana de Livre Comércio (ALALC) em 1960 pelo Tratado de Montevidéu, teve também suas raízes na OPA e tinha como objetivos ampliar e estabilizar o intercâmbio comercial na região, desenvolver novas atividades, aumentar a produção e instaurar um processo de substituição de importações na região. Enfim, a Aliança para o Progresso, proposta por Kennedy em 1961, em resposta à crise cubana, foi

    também um resultado positivo da OPA. Um dos grandes responsáveis pela política exterior no período, Osvaldo Aranha, criticava a falta de conversão da OPA em resultados práticos e defendia que nenhum país se desenvolveria apenas via empréstimos. Aranha propunha um crescimento que não excluísse a agricultura e a reforma agrária. Com efeito, a OPA não avançava pela falta de projetos concretos.

    fonte : 7000 questões do cespe


ID
31138
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

As relações do Brasil com alguns dos seus principais parceiros
passaram por ajustes a partir da década de noventa do século
passado. Acerca desse assunto, julgue (C ou E) os itens abaixo.

Apesar de ainda apresentarem aspectos a serem aperfeiçoados, as relações entre Brasil e Estados Unidos da América têm-se caracterizado, a partir de meados da década citada, pelo esforço de ambos os países no desenvolvimento de uma agenda bilateral positiva.

Alternativas
Comentários
  • Agora não entendi: já nos primeiros anos da década Brasil e EUA se aproximavam em diversas áreas, como evidenciam o Acordo do Jardim de Rosas de 1991, o processo de renegociação da dívida brasileira no âambito do Plano Brandy concluído em 1994 e a diminiução de atritos em várias áreas (no campo comercial, com o fim do contencioso da informática em 1991 e em vários outros com a aceleração do processo de renovação de credenciais pelo Brasil nas áreas ambiental, militar e de direitos humanos). Por que, então, está certa uma questão que diz que essa "construção de uma agenda bilateral positiva" só começa em meados da década?
  • Em nenhum momento ele fala "só".
  • Essa é uma questão à qual o candidato que sabe mais detalhes sobre o tema acaba errando porque passa uma impressão que antes de meados da década não houve esforços, o que não é verdade. 

  • Eu acabei errando, porque falar de "esforço de ambos os países"... não sei se os EUA faz um esforço tão grande assim não

  • Errei a questão justamente porque considerei errado o trecho que passa a ideia que ...."a partir de meados da década de citada (90) que começou a ter uma agenda bilateral entre os dois países positiva", já que se sabe que os dois países mantinham acordos e parcerias comerciais positiva antes. Principalmente no período da Guerra Fria em que os EUA utilizaram políticas externas de aproximação com os países da América Latina.

  • Isadora Mattos, 

    concordo plenamente contigo.

    1. Segundo Pecequilo, não houve, na década de 90, uma reciprocidade ou retorno proporcionais ao esforço feito pelo governo brasileiro na tentativa de enquadrar-se ao Consenso de Washigton: " A despeito do engajamento, o Brasil recebeu poucos benefícios." ( Manual do Cadidato, tópico 3.2 p7(?) na versão e-pub).

    " E ainda: " Na política externa, Franco teve Fernando Henrique Cardoso (1992/1993) e Celso Amorim (1993/1994) no MRE e retomou a tradição global multilateral, investindo em parcerias Sul-Sul com outras potências em desenvolvimento." ( Manual do Cadidato, tópico 3.2 p8(?) na versão e-pub)

     

    2. E tem mais: Pensemos na questão atualizada, à luz da recente visita do vice presidente ao nosso país. Cara, na moral...antigamente o presidente gringo vinha, balançava a mão do presidente brasileiro, emprestava um monte de dinheiro...isso sim era esforço bilateral para reforçar alinça historica.

     

    "RECURSO" pra dentro....rsss

     

    Não vindo aqui pessoalmente Trump reforçou o recado: America First! Eles são mutio importantes para nossa pauta de exportações mas nós não somos tão importantes assim. Ainda assim, por sermos uma potência regional poderia haver maior reverência. Entretanto, a gestão Trump está mais interessada num Muro que a separe dos latinos enquanto os investimentos da China só crescem. Aplica-se aí o que Ian Bremmer chamou de "vácuo de poder".

    E muitos de nós, inclusive, celebram esse afastamento norte-americano de nossa casa.

     

  • Atualização para 2020:

    Brasil déficit de US$ 370 milhões em 2019 - é ruim para Brasil, mas "ajuda" a ter uma boa relação com Trump.

    Saldo negativo desde 2009, com exceção de 2017

    EUA grande investidor de IED no Brasil - US$68 bi estoque

    Segundo MRE, Bolsonaro trouxe "adensamento das relações" com "parceria para a prosperidade"

    Resultados viagem 2019:

    isenção visto turista EUA

    salvaguarda tecnológica para lançamento da base de Alcântara

    Acordo Nasa para monitorar clima

    Apoio ingresso Brasil OCDE

    Brasil aliado extra-OTAN (*Só comparação: Colombia ingresso OCDE em 2020 e parceiro global OTAN desde 2018)

    2020:

    Criação do Diálogo de Parceria Estratégica EUA-Brasil

    Participação conjunta no Processo de Varsóvia (para discutir imigrantes, refugiados e questões imigratórias)

    Aliança de Promoção da Liberdade Religiosa


ID
31141
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

As relações do Brasil com alguns dos seus principais parceiros
passaram por ajustes a partir da década de noventa do século
passado. Acerca desse assunto, julgue (C ou E) os itens abaixo.

Em razão do protecionismo agrícola da União Européia, as relações do Brasil com os países da Europa Ocidental não registraram, no período citado, qualquer evolução importante, seja no que se refere ao relacionamento econômico, seja no que diz respeito ao diálogo político.

Alternativas
Comentários
  • Na década de 90 os investimentos alemães  no Brasil diminuíram muito, e o comércio bilateral com a França não chegou a 3% do comércio total; entretanto, Espanha e Portugal investiram maciçamente no Brasil quando das privatizações ocorridas durante o período.

  • além disso, o brasil atualmente propõe uma desvinculação das agendas econômica e política, como o que ocorre, por exemplo, com a França. 

  • E em 1995 foi firmado o Acordo-Quadro entre MERCOSUL e UE.
  • Anos 90:

    França: alto volume de investimento externo direto em montadoras, mercados e cosméticos (estoque de IED maior que China, US$ 20 bi)

    Portugal: Criação Comunidade de Países Língua Portuguesa (1996)

    Espanha: investimento externo direto em telefônicas privatizadas e comércio. 2º maior destino IED espanhol

    Atualização para 2020

    Anos 2000: salto de qualidade nas relações

    Parceria estratégica com Alemanha (2002), +articulação G4

    Parceria estratégica Espanha (2003)

    Parceria estratégica com França (2006) +ano da França n Brasil +compra submarinos

    Portugal: Acordo facilitação de circulação de pessoas (2003) + fábrica Embraer em Portugal

    Parceria estratégica com União Europeia (2007) - só dez países no mundo tem

    2019: finalização do Acordo de Livre Comércio Mercosul-UE após três fases de negociações em 20 anos.


ID
31144
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

As relações do Brasil com alguns dos seus principais parceiros
passaram por ajustes a partir da década de noventa do século
passado. Acerca desse assunto, julgue (C ou E) os itens abaixo.

Assistiu-se a intenso processo de atualização e dinamização das relações econômicas do Brasil com a Ásia a partir da década mencionada, sendo esse relacionamento de alta prioridade para o Brasil. Contudo, ao contrário do que hoje ocorre nas relações entre a América do Sul e os países Árabes, ainda não existe, no plano birregional, foro específico para o diálogo entre países da América Latina e da Ásia.

Alternativas
Comentários
  • Há, sim. O FOCALAL (Fórum de Cooperação América Latina-Ásia do Leste), criado em 1999, com a primeira reunião em 2001, em Santiago. Em 2007, Brasília sediou a III Reunião Ministerial.
  • Há, sim. O FOCALAL (Fórum de Cooperação América Latina-Ásia do Leste), criado em 1999, com a primeira reunião em 2001, em Santiago. Em 2007, Brasília sediou a III Reunião Ministerial.
  • FOCALAL ou FEALAC.

    A última reunião foi em junho de 2013, em Bali - VI Reunião. Culminou na declaração de Uluwatu. Vários assuntos tratados tais como sobre micro e pequenas empresas ; cooperação sul-sul ; respeito da soberania, Estado empresário...

    We recognize the potential of the South-South Cooperation and Triangular Cooperation (SSTC) as mechanisms that allow the sharing and promotion of the strengths and institutional capabilities of the countries of both regions, based on solidarity and guided by the principles of respect for national sovereignty and free from any conditionalities, to contribute to their social and economic development and to strengthen linkages between the governments, academic, productive, entrepreneurial and other relevant sectors of the region.

    "We believe that Micro, Small, Medium Enterprises (MSMEs) are the backbone of the FEALAC economies and the largest source of domestic employment across all economic sectors in both rural and urban areas!"

    http://www.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/notas-a-imprensa/declaracao-de-uluwatu-vi-reuniao-de-chanceleres-do-forum-de-cooperacao-america-latina-asia-do-leste-focalal-bali-13-a-14-de-junho-de-2013
  • O Fórum de Cooperação América Latina–Ásia do Leste (FOCALAL) foi criado por iniciativa do Chile e de Singapura, em 1999, com os objetivos de estimular a interação e o conhecimento mútuo entre as duas regiões; promover maior diálogo político e intensificar a cooperação, de forma a fomentar a coordenação entre os membros.

    A criação do FOCALAL veio ao encontro do objetivo brasileiro de ampliar e aprofundar suas relações com a Ásia nas esferas diplomática, econômica e comercial. O Fórum contribui para o fortalecimento e para a dinamização das relações birregionais, uma vez que constitui o mecanismo mais abrangente de cooperação envolvendo a Ásia de Leste e a América Latina. Congrega hoje 36 países: 20 da América Latina (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Suriname, Uruguai e Venezuela) e 16 da Ásia do Leste (Brunei, Camboja, China, Singapura, Coreia do Sul, Filipinas, Indonésia, Japão, Laos, Malásia, Mongólia, Myanmar, Tailândia, Vietnã, Austrália e Nova Zelândia).

    São princípios básicos do FOCALAL: (i) o respeito à soberania e à integridade territorial de cada país; (ii) a não interferência em assuntos internos dos outros Estados; (iii) a igualdade, o benefício mútuo e a promoção do desenvolvimento; (iv) o respeito à diversidade cultural e social; e (v) a prevalência do consenso no processo decisório.

    http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/mecanismos-inter-regionais/3677-forum-de-cooperacao-america-latina-asia-do-leste-focalal


ID
31147
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

As relações do Brasil com alguns dos seus principais parceiros
passaram por ajustes a partir da década de noventa do século
passado. Acerca desse assunto, julgue (C ou E) os itens abaixo.

Na década de noventa do século XX, o processo de integração regional começou por iniciativa do Uruguai e do Paraguai, aos quais se juntaram o Brasil e a Argentina, para constituir o MERCOSUL.

Alternativas
Comentários
  • A iniciativa para a constituição do MERCOSUL partiu de Brasil e Argentina, que iniciaram as conversações ainda nos governos de Sarney e Alfonsin. O item está errado.
  • Até 1990 as conversações eram bilaterais e envolviam Brasil e Argentina. Nesse ano houve a inclusão do Paraguai e do Uruguai, que tiveram que aceitar as condições negociadas, anteriormente, pelos vizinhos maiores.
  • Gabarito: Errado

     

    Outra questão para embasar o entendimento:

     

    Ano: 2003 Banca: CESPE Órgão: Instituto Rio Branco Prova: Diplomata

     

    No Cone Sul, o processo de integração que levaria ao Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) teve sua origem na aproximação argentino-brasileira, em meados da década de 80 do século XX, conduzida pelos presidentes Raúl Alfonsín e José Sarney. Naquela conjuntura de crise econômica, ambos os Estados viviam os primeiros passos da experiência de recomposição da democracia após cerca de duas décadas de regime autoritário, sob o comando de militares. CERTO

  • Declaração do Iguaçu foi um tratado celebrado em 30 de novembro de 1985[1] em Foz do Iguaçu, Brasil, pelos presidentes de Argentina e Brasil, respectivamente, Raúl Alfonsín e José Sarney, com o qual se lançou a ideia da integração econômica e política do Cone Sul. Ambos os países acabavam de sair de um período ditadorial e enfrentavam a necessidade de reorientar suas economias.


ID
31150
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Considerando a trajetória recente e a atual agenda das relações entre Brasil e América Central, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Discordo da amiga cujo comentário foi um pouco infeliz. De fato a IIRSA visa uma maior integração, pricipalmente de cunho social, entre os países da América. Só que a IIRSA, iniciada em 2000, é formada pelos 12 países da América do SUL. A IIRSA agora está encorporada ao conselho social da UNASUL, que também contra com países da América do sul tendo apenas o México e o Panamá como observadores.

    Como exemplo da aproximação entre o Brasil e os países centro-americanos, podemos destacar a intensificação dos diálogos da CELAC (comunidade dos estados latino-americanos e caribenhos), a intensificação do política sul-sul que engloba tais países, a abertura de embaixadas em TODOS os países da região em tel, crescimento dos investimentos brasileiros em Cuba, etc.

ID
31153
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A Índia destaca-se como parceira de crescente importância
política e econômica para o Brasil. Considerando o atual estágio
e a agenda das relações bilaterais, julgue (C ou E) os itens abaixo.

Brasil e Índia mantêm ativo diálogo político e empenham-se na coordenação de posições em foros multilaterais. Atuam conjuntamente, por meio do G-20, no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), e integram o G-4, grupo que propugna a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Alternativas
Comentários
  • O G-20 é um grupo de países em desenvolvimento criado em 20 de agosto de 2003, na fase final da preparação para a V Conferência Ministerial da OMC, realizada em Cancun, entre 10 e 14 de setembro de 2003. O Grupo concentra sua atuação em agricultura, o tema central da Agenda de Desenvolvimento de Doha.

    O G-20 tem uma vasta e equilibrada representação geográfica, sendo atualmente integrado por 23 Membros: 5 da África (África do Sul, Egito, Nigéria, Tanzânia e Zimbábue), 6 da Ásia (China, Filipinas, Índia, Indonésia, Paquistão e Tailândia) e 12 da América Latina (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Cuba, Equador, Guatemala, México, Paraguai, Peru,Uruguai e Venezuela).

    G4 é uma aliança entre Alemanha, Brasil, Índia e Japão com a proposta de apoiar as propostas uns dos outros para ingressar em lugares permanentes no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Diferentemente de outras alianças similares como o G7 e o G8, onde o denominador comum é a economia ou motivos políticos a longo termo, o objetivo é apenas buscar um lugar permanente no Conselho.

  • Só como curiosidade, apesar de Brasil e Índia estarem juntos no G-20 comercial, Índia NÃO apoia grupo de Cairns, de exportadores de produtos agrícolas, porque protege seu mercado nacional em função da alta população rural e dependente da agricultura.


ID
31156
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A Índia destaca-se como parceira de crescente importância
política e econômica para o Brasil. Considerando o atual estágio
e a agenda das relações bilaterais, julgue (C ou E) os itens abaixo.

A cooperação bilateral, em matéria de defesa e tecnologias nuclear e aeroespacial, é impossibilitada pelo fato de a Índia não ser signatária do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) e, ao contrário do Brasil, não ter aderido ao Regime de Controle de Tecnologia de Mísseis (RCTM), que proíbe a cooperação com países não-membros.

Alternativas
Comentários
  • As normas de cooperação do RCTM recomendam cautela nas cooperações envolvendo tecnologias sensíveis, porém não proíbem expressamente a cooperação ente países não -membros:

    The MTCR Guidelines specifically state that the Regime is "not designed to impede national space programs or international cooperation in such programs as long as such programs could not contribute to delivery systems for weapons of mass destruction." MTCR partners are careful with SLV equipment and technology transfers, however, since the technology used in an SLV is virtually identical to that used in a ballistic missile, which poses genuine potential for missile proliferation.

    http://www.mtcr.info/english/guidelines.html

  • Outro trecho do site oficial do MTCR que confirma o comentário acima:

    "MTCR partner countries are keen to encourage all countries to observe the MTCR Guidelines on transfers of missiles and related technology as a contribution to common security.A country can choose to adhere to the Guidelines without being obliged to join the group and a number have done so. MTCR and its members welcome opportunities to conduct technical exchanges and broader dialogues on proliferation issues with such countries."

    Fonte: http://www.mtcr.info/english/trade.html
  • A questão está desatualizada. A Índia aderiou ao RCTM em junho de 2016.

  • Além de a questão estar desatualizada como a colega citou abaixo, é importante destacar que o Brasil e a Índia possuem cooperação ativa na área de defesa e na área espacial, como é exemplificado pela criação do Comitê Conjunto de Defesa Brasil-Índia, em 2006, e pelo Acordo Espacial de 2007.

  • Errado

    A Índia participa do MTCR, mas não ainda do NSG, por oposição da China


ID
31159
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A Índia destaca-se como parceira de crescente importância
política e econômica para o Brasil. Considerando o atual estágio
e a agenda das relações bilaterais, julgue (C ou E) os itens abaixo.

No campo energético, destacam-se o Programa de Trabalho sobre Biocombustíveis e os acordos entre a Petrobras e empresas indianas para atuarem conjuntamente na exploração, produção e comercialização de gás, petróleo e derivados em ambos os países e em outras regiões.

Alternativas
Comentários
  • India became a Petrobras partner in 2007, after the company signed a partnership agreement with ONGC in New Delhi. Six deepwater exploratory blocks will be operated, three in Brazil and three off the Eastern Coast of India.

    The agreement also foresees cooperation in several oil industry activities, the highlight being offshore exploration & production in India, Brazil, and in other countries. The Indian operator acquired a 15% share in the Ostra, Abalone, Argonauta and Nautilus fields, in the Campos Basin, in which our company holds a 35% share.

    www.petrobras.com


ID
31162
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A Índia destaca-se como parceira de crescente importância
política e econômica para o Brasil. Considerando o atual estágio
e a agenda das relações bilaterais, julgue (C ou E) os itens abaixo.

Nos últimos anos, observa-se forte incremento do intercâmbio comercial entre Brasil e Índia, o que tem estimulado a expansão do Acordo MERCOSUL-Índia, instrumento que ampara o comércio bilateral.

Alternativas
Comentários
  • "Por ocasião da visita presidencial a Nova Delhi em 25 de janeiro de 2004, foi assinado o Acordo de Comércio Preferencial entre MERCOSUL e Índia - Acordo-Quadro, que prevê uma primeira etapa de concessões de preferências tarifárias fixas, como um passo inicial rumo à criação de uma Área de Livre Comércio entre os países."

    O Acordo de Preferências Tarifárias Fixas entre o Mercosul e a Índia, composto de uma parte normativa, listas de oferta do Mercosul e da Índia, regras de origem, medidas de salvaguardas e solução de controvérsias. Aguarda-se então o processo de internalização do Acordo, para sua entrada em vigênciahttp://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=1405&refr=405 .

  • Em primeiro lugar, o incremento comerical observado, desde 2003, entre Índia e países do Mercosul (especialmente com o Brasil) não pode, de maneira alguma, ser considerado forte. O incremento tem sido lento e gradual. Há um potencial comercial muito grande ainda para ser explorado.

    Em segundo lugar, o Acordo de Preferências Tarifária Mercosul-Índia é de 2004, fruto da visita de Lula à Índia em 2003. No entanto, esse acordo só entra em vigor em 2009. Portanto, o incremento comercial que houve entre a Índia e países do Mercosul entre 2003-2009 não é devido ao APT Mercosul-Índia (2004).

    observação: vale a pena lembrar que:
         * o APT Mercosul-Índia (vigor em 2009) foi o 1º acordo de preferências tarifárias com país de fora da ALADI;
         * o ALC Mercosul-Israel (vigor em 2010) foi o 1º acordo de livre comércio com país de fora da ALADI;
         * o APT Mercosul-SACU (-) ainda não está vigente, pois está em processo de ratificação no CN;
         * o ALC Mercosul-Egito (-) ainda não está não vigente, pois está em processo de ratificação no CN;
  • E mesmo que não houvesse todos esses erros, poderíamos dizer que o comércio bilateral Brasil-índia é AMPARADO pelo acordo comercial do MERCOSUL-Índia?
  • Qual é o erro exatamente?

  • Atualizando o comentário do Giovanni Basso...

    *O APT MERCOSUL-SACU entrou em vigor em 2016

    *O ALC MERCOSUL-Egito ainda não está vigente. Já foi aprovado pelo Brasil (DL 216/15), e se encontra em fase de internalização com os demais membros do Mercosul.

  • Acredito que a questão esteja desatualizada. O comércio entre Brasil e Índia cresceu fortemente no sec XXI. Além disso, a expansão do APT foi tema recente, conforme o site do Itamaraty expõe:

    "O tema da ampliação do ACP MERCOSUL -Índia foi tratado durante a III Reunião de Administração Conjunta do Acordo, realizada em Brasília, em 29/9/2016. Durante a reunião, foram definidos cronograma e metodologia para levar adiante a expansão da cobertura do ACP, que prevê a inclusão de novos produtos no escopo do Acordo. A Presidência Pro Tempore do Mercosul, a cargo do Brasil no segundo semestre de 2017, objetiva concluir a primeira rodada negociadora para a expansão do acordo com a Índia. "

    Essa expansão certamente tem relação com a aproximação dos 2 países (ainda mais considerando que a presidência Pro Tempore brasileira já declarou o foco em fortalecer esses laços comerciais), em consequência ao foco nas cooperações Sul-Sul do Brasil.

  • Realmente a questão está desatualizada. Ela é de 2008 e o ACP mercosul-india foi assindo em 01.06.09...

  • Pra quem não tá entendendo as siglas que os colegas referem nos comentários:
    APT = Acordo de Preferências Tarifárias

    ACP = Acordo de Comércio Preferencial


ID
31165
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com a realização da Conferência de Annapolis, em 26 de
novembro de 2007, articulada pelo governo norte-americano,
pretendeu-se promover a retomada das negociações de paz entre
Israel e a Autoridade Palestina, paralisadas durante sete anos.
Considerando a questão palestina e a atual conjuntura no Oriente
Médio, julgue (C ou E) os itens a seguir.

A união dos palestinos em torno do Hamas, facção política radical e hostil a Israel, no comando da Autoridade Palestina desde janeiro de 2006, teve como conseqüência a radicalização por parte do governo israelense, por meio de ataques preventivos e de medidas restritivas à movimentação de pessoas na Faixa de Gaza.

Alternativas
Comentários
  • O erro do item é afirmar que o Hamas está no comando da Autoridade Palestina desde 2006, o que não ocorre. O Fatah é que ocupa essa posição – e desde 1993 (a partir do Primeiro Acordo de Oslo).

    Uma pequena contextualização ajuda na compreensão:
    2006: O Hamas elege nas eleições parlamentares a maior bancada, o que lhe dá o direito de escolher o primeiro-ministro, que, no caso, foi Ismail Haniyeh.
    2007: Fevereiro. Intensificam-se os conflitos armados entre o Hamas e o Fatah – partido de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP).
    2007: Junho. O Hamas conquista militarmente a Faixa de Gaza e expulsa de lá o Fatah e a Autoridade Palestina.
    2007: Junho. Em resposta à ação do Hamas em Gaza, Abbas resolve dissolver o governo de coalizão e nomeia para primeiro-ministro o seu Ministro das Finanças, Salam Fayyad.
    2007: Novembro. Realizada a Conferência de Annapolis em novembro visando a obtenção de um acordo de paz entre israelenses e palestinos.
    2008: Dezembro. Israel invade a Faixa de Gaza, então dominada pelo Hamas
    * O Hamas é considerado organização terrorista por Israel, EUA e grande parte dos países ocidentais. No entanto, o Brasil não considera o Hamas uma organização terrorista, opinião compartilhada por Rússia, África do Sul, Coreia do Norte, China, Vezezuela e Noruega.

  • Caro colega comentarista e demais leitores: é com toda a consideração que peço licença para discordar sobre a perspectiva da resposta. Apesar de haver acertado a questão, o fiz por fundamentação diferente. Entendo, por mera apreciação histórica de fatos, que o hamas, efetivamente, está no comando da dita faixa territorial. O que me motivou a acertar tal questão é que os ataques perpetrados por Israel, que o enunciado informam ser preventivos, na verdade são respostas aos lançamentos de foguetes, pelo hamas, da faixa de gaza, em direção a Israel; portanto, responsivos e não preventivos. Notemos que, quando da realização deste certame, o tema era bem recente (2008).
  • O FATAH é "partido" mais presente na autoridade palestina.  Veja o quadro abaixo.  

     
    Office Name Party Since President Yasser Arafat Fatah 5 July 1994 - 26 January 2005 Mahmoud Abbas Fatah 26 January 2005 - incumbent Prime Minister Salam Fayyad Independent (Former official at the International Monetary Fund) 14 June 2007 (Battle of Gaza (2007)) - incumbent Ismaïl Haniyeh Hamas 19 February 2005 - 14 June 2007 Ahmad Qurei Fatah 24 December 2005 - 19 February 2006 Nabil Shaath Fatah 15 December 2005 - 24 December 2005 Ahmad Qurei Fatah 7 October 2003 - 15 December 2005 Mahmoud Abbas Fatah 19 March 2003 - 7 October 2003  
  • A prova é de 2008, portanto a questão está errada simplesmente porque o Hamas já havia, nesse momento, perdido o controle da Autoridade Nacional Palestina (ANP).


    Vamos rever alguns acontecimentos. O Hamas vencera as eleições (fev-2006) democraticamente, obtivera a maioria no Parlamento Palestino, assumira o controle da ANP (naquela época, controlava tanto a Cisjordânia quanto a Faixa de Gaza) e elegera (mar-2006) um representante próprio, Ismail Haniya, como Primeiro Ministro da ANP. No comando da ANP, o governo do Hamas vai sofrer retaliações diversas, para tentar desestabilizá-lo: o Fatah recusa-se a participar do governo do Hamas e é apoiado por EUA e UE (que congelam repasses financeiros à ANP e exigem pagamento dos empréstimos anteriores) e por Israel (congela o repasse dos tributos devidos à ANP). Após conflitos armados ao longo de 2006, e até tentativa de um governo de unidade palestina (Hamas + Fatah) no início de 2007, o PR Mahmoud Abbas substitui o PM Haniya (jun-2007) no auge do conflito Hamas x Fatah. Note que o Hamas perdeu o controle da ANP em jun-2007. A partir desse momento, teremos uma Faix de Gaza dominada pelo Hamas e uma Cisjordânia administrada (parcialmente, por conta da ingerência israelense) pelo Fatah, que estará no comando, desde então, da ANP.

  • Desde janeiro de 2013, a Autoridade Palestina É controlada pelo Fatah.


ID
31168
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com a realização da Conferência de Annapolis, em 26 de
novembro de 2007, articulada pelo governo norte-americano,
pretendeu-se promover a retomada das negociações de paz entre
Israel e a Autoridade Palestina, paralisadas durante sete anos.
Considerando a questão palestina e a atual conjuntura no Oriente
Médio, julgue (C ou E) os itens a seguir.

As principais questões em torno das quais há divergências entre israelenses e palestinos e que se mantêm na agenda das negociações de paz são a forma de um futuro Estado palestino, a divisão de Jerusalém e o destino dos refugiados palestinos exilados.

Alternativas
Comentários
  • Aos não assinantes,

    GABARITO: CERTO

  • CERTO

    2007, Conferência de Annapolis: a pauta dessa conferência era a tentativa de angariar paz no Oriente Médio, colocando a questão dos refugiados palestinos, a divisão de Jerusalém e a criação de um Estado Palestino nos diálogos entre Israel e Palestina.

    A imprensa europeia analisou toda a dimensão dessa conferência, chegando à conclusão que, basicamente, o governo Bush estava desinteressado de resolver o conflito de forma concreta. Apesar de a própria conferência não ser uma tentativa de tomada de decisões definitiva, ela teria mais significado futuro se o Hamas tivesse sido convidado a sentar-se à mesa de negociações, assim como a Síria o fez. As incertezas e a não aceitação de concessões o levam à falta de garantias para uma bem-sucedida missão de pacificação da região.


ID
31171
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com a realização da Conferência de Annapolis, em 26 de
novembro de 2007, articulada pelo governo norte-americano,
pretendeu-se promover a retomada das negociações de paz entre
Israel e a Autoridade Palestina, paralisadas durante sete anos.
Considerando a questão palestina e a atual conjuntura no Oriente
Médio, julgue (C ou E) os itens a seguir.

O decidido alinhamento e o apoio dos Estados Unidos da América a Israel impedem aquela potência de atuar como articuladora junto à Autoridade Palestina e a alguns países árabes, como Síria e Líbano, razão pela qual o governo norte-americano tem procurado o engajamento, nas negociações, de outros atores que considera politicamente influentes na região.

Alternativas
Comentários
  •  O erro está em afirmar que a aliança histórica dos EUA com Israel “impedem aquela potência de atuar como articuladora junto à Autoridade Palestina”. Os fatos históricos comprovam o contrário: as principais aproximações entre palestinos e israelenses advém de iniciativas norte-americanas. Citemos como exemplos os Acordos de Camp David, os dois Acordos de Oslo (que inclusive criaram a ANP) e recentemente a referida Conferência de Annapolis (que, a propósito, fracassou completamente).

  • ERRADA!

     

    A aliança histórica entre EUA e Israel não impede, mas a decisão atual do Presidente Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, sem uma contrapartida de reconhecer Jerusalém Oriental como da Palestina, impede os americanos de atuarem como mediadora no conflito. Isso foi, inclusive, declarado pelos países muçulmanos:

     

    http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/12/paises-muculmanos-condenam-eua-por-eleger-jerusalem-capital-de-israel.html


ID
31174
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com a realização da Conferência de Annapolis, em 26 de
novembro de 2007, articulada pelo governo norte-americano,
pretendeu-se promover a retomada das negociações de paz entre
Israel e a Autoridade Palestina, paralisadas durante sete anos.
Considerando a questão palestina e a atual conjuntura no Oriente
Médio, julgue (C ou E) os itens a seguir.

Os ataques israelenses no sul do Líbano em 2006 e o recente fechamento das fronteiras na Faixa de Gaza, apesar de provocarem vivas reações da opinião pública internacional, não foram objeto de manifestações formais das Nações Unidas.

Alternativas
Comentários
  • Houve, de fato, manidestações da comunidade internacional a respeito dos dois conflitos. No caso da Faixa de Gaza, o CSNU quanto o CDHNU manifestaram-se contra a situação. Em 2007, o CDH criou uma Comissão para verificar os acontecimentos ocorridos na Faixa de Gaza.
  • Aos não assinantes,

    GABARITO: ERRADO


ID
31189
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Considerando a evolução recente das relações entre Brasil e
União Européia (UE), julgue (C ou E) os itens a seguir.

As relações UE-Brasil têm, no campo dos investimentos, uma de suas mais vigorosas dimensões, dada a condição do Brasil, entre os países emergentes, de grande receptor de investimentos diretos da União Européia.

Alternativas
Comentários
  • Alguém...?

  •  Entre 2004 e 2015, o Brasil se consolidou como principal destino de investimento externo direto da União Europeia, segundo pesquisa da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), em parceria com a Delegação da União Europeia no Brasil. Apenas em 2015, o estoque de investimento estrangeiro do bloco em terras brasileiras somou 327,1 bilhões de euros, posicionando o Brasil como a terceira nação que mais recebeu da Europa, atrás apenas dos Estados Unidos e da Suíça.

    Leia mais: https://oglobo.globo.com/economia/uniao-europeia-se-consolida-como-principal-parceira-comercial-do-brasil-21855140#ixzz55n45mGII 
    stest 

    Os setores que mais receberam investimentos da União Europeia foram manufatura (51,1%), infraestrutura de internet e tecnologias da informação e comunicação (16,2%) e serviços de negócios (9,9%), áreas de alto valor agregado. Segundo publicação do Valor Econômico, 133 empresas europeias entraram na lista das mil maiores companhias que atuam no Brasil. Os estados brasileiros que mais receberam investimentos foram São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

     


ID
31192
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Considerando a evolução recente das relações entre Brasil e
União Européia (UE), julgue (C ou E) os itens a seguir.

O grande êxito da parceria estratégica UE-Brasil, apresentada durante a primeira reunião de cúpula bilateral, em julho de 2007, foi a superação dos impasses que impediam a conclusão da Rodada de Doha.

Alternativas
Comentários
  • Os impasses da Rodada de Doha persistem até agora. O protecionismo barra o crescimento das exportações agrícolas de países como o Brasil, mas a Europa não abre mão da sua Política Agrícola Comum, que dá subsidios aos produtores locais.
  • Ainda há impasses que impedem a conclusão da Rodada de Doha, portanto, o item está errado.
  • ERRADA.

    Não ocorreu a superação.

    Esta Parceria estratégica Brasil-UE se desenvolve em cúpulas periódicas desde 2007 para adensar a confiança mútua em diversos assuntos.

    A última Cúpula, a VI, ocorreu em 2013 (Brasília). 

    (o Brasil e a UE reafirmaram novamente o compromisso da Parceria Estratégica de acordo com seus princípios e discutiram os seguintes pontos: o Plano de Ação Conjunto (2012-2014), analisando os fluxos de comércio e de investimentos bilaterais que foram satisfatórios, discutiram a situação atual de suas respectivas economias frente aos atuais desafios da economia mundial, se comprometeram com a exitosa conclusão das negociações na Rodada de Doha, argumentaram a atual situação climática, melhoria na cooperação dos campos sanitários e fitossanitários, desenvolvimento sustentável e formas de energia, entre outros temas de interesse das partes. Ainda foi saudada a entrada em vigor do Tratado que dá a isenção de vistos de curta duração para portadores de passaportes comuns.)

    http://onial.wordpress.com/tag/uniao-europeia/

    http://www.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/notas-a-imprensa/declaracao-conjunta-aprovada-por-ocasiao-da-vi-cupula-brasil2013uniao-europeia-brasilia-24-de-janeiro-de-2013

ID
31195
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Considerando a evolução recente das relações entre Brasil e
União Européia (UE), julgue (C ou E) os itens a seguir.

As medidas protecionistas adotadas pela União Européia e dirigidas particularmente aos produtos agrícolas têm levado à gradual redução, no último lustro, das exportações brasileiras para o mercado comunitário e à diminuição do superavit comercial alcançado pelo Brasil no comércio com aquele bloco.

Alternativas
Comentários
  • ERRADA:

    Na verdade houve saldo + acima de 10bi no período de 2006 a 2008 (questionado pelo concurso) e redução para níveis de 4bi em 2009 e 2010.

    PARA DADOS CONCRETOS OFICIAIS ACERCA DA BALANÇA COMERCIAL E BLOCOS ECONÔMICOS

    ACESSE O MDIC - Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior

    http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=2477&refr=576
  • Saldo comercial Brasil-Uniao Europeia em 2011: 6,5 bi.

    Fonte: http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=2477&refr=576
  • Atualizando:

    Resultado do Intercâmbio Comercial Brasil - UE entre jan/dez de 2012: +19,43bi (USD).

    Contudo, jan/jun de 2013: - 03,09bi (USD)
  • Atenção para 2020:

    a partir de 2014 há queda no volume transacionado e tendência de melhora a partir de 2018.

    2012, 13 e 15 saldo negativo para Brasil

    a partir de 16 saldo positivo para Brasil

  • Exportação por países UE - 2020

    26% - HOLANDA

    14% - ESPANHA

    12% ALEMANHA

    9,8% - ITÁLIA

    8,2% - BÉLGICA

  • Não tem ocorrido essa diminuição apontada pelo texto, em 2020, por exemplo, houve aumento.

    Ressalta-se que a UE é o segundo maior parceiro comercial do Brasil.

    Bons estudos.


ID
31591
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Uma das mais antigas civilizações da humanidade, a China
tornou-se comunista em 1949, aproximou-se e afastou-se da URSS,
conheceu momentos críticos e, a partir da morte de Mao Zedong e
da ascensão de Deng Xiaoping (anos 1970-1980), promoveu
significativa mudança de rota. Incorporou-se ao sistema político
internacional ao ser admitida na ONU e, mais recentemente, ao
entrar na Organização Mundial do Comércio (OMC), às normas
que presidem a economia global. A respeito da experiência chinesa,
julgue (C ou E) os itens abaixo.

A experiência atualmente vivida pela China não difere, em seus aspectos estruturais e definidores, daquela conduzida por Gorbachev na extinta URSS, ou seja, faz-se a adequação entre a abertura econômica e a liberalização política do regime.

Alternativas
Comentários
  • Nao ha' sinais claros de liberalizacao politica do regime Chines
  • Eu diria que não há nenhum sinal de liberalização política. O Partido Comunista Chinês ainda pratica a censura dos meios de comunicaçao, governa como partido unico, e atua com forte repressão sobre os protestos contra seu governo, inclusive nos cantões da China. A unica liberalizacao que ocorreu foi na economia, assim mesmo, somente nas Zonas Economicas Especiais.
  • Até os dias atuais (2019), não há nenhum sinal de liberalização política do regime, muito pelo contrário. Xi Jinping consolidou sua liderança no Partido Comunista e os recentes protestos por liberdades democráticas em Hong Kong evidenciam o enrijecimento de Pequim.

  • A China tem pratica a censura religiosa, política, de opinião e da imprensa. Além de outra medidas que caracterizam um regime política inflexível...

    Bons estudos


ID
31594
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Uma das mais antigas civilizações da humanidade, a China
tornou-se comunista em 1949, aproximou-se e afastou-se da URSS,
conheceu momentos críticos e, a partir da morte de Mao Zedong e
da ascensão de Deng Xiaoping (anos 1970-1980), promoveu
significativa mudança de rota. Incorporou-se ao sistema político
internacional ao ser admitida na ONU e, mais recentemente, ao
entrar na Organização Mundial do Comércio (OMC), às normas
que presidem a economia global. A respeito da experiência chinesa,
julgue (C ou E) os itens abaixo.

A ação externa da China centra-se na conquista de mercados em todos os continentes como forma de vencer a reduzida dimensão de seu mercado interno e sustenta-se no incentivo às importações e na elevação de sua massa salarial.

Alternativas
Comentários
  • ERRADA.Parece que até o momento a China quer se manter como uma potência exportadora (tanto que até semanas atrás ignorava qualquer pedido de volatização do yuan [ a moeda está propositalmente subvalorizada para facilitar a venda de produtos aos outros países]). Além disso prima para sua potência exportadora uma política de salários e condições reduzidas à classe trabalhadora.
  • complementando, é essa reduzida política salarial uma das causas do chamado "dumping social", que, além disso, é ocasionado pela dimensão da massa trabalhadora. 

  • Atenção para os acontecimentos recentes na economia chinesa: o país vem passando por uma reorientação do seu crescimento econômico, dando maior ênfase ao consumo interno em detrimento das exportações, embora continue sendo o maior exportador do mundo e segundo maior importador.


ID
31597
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Uma das mais antigas civilizações da humanidade, a China
tornou-se comunista em 1949, aproximou-se e afastou-se da URSS,
conheceu momentos críticos e, a partir da morte de Mao Zedong e
da ascensão de Deng Xiaoping (anos 1970-1980), promoveu
significativa mudança de rota. Incorporou-se ao sistema político
internacional ao ser admitida na ONU e, mais recentemente, ao
entrar na Organização Mundial do Comércio (OMC), às normas
que presidem a economia global. A respeito da experiência chinesa,
julgue (C ou E) os itens abaixo.

A presença de uma comitiva recorde, composta por mais de 400 empresários, que acompanharam o presidente Lula em sua viagem à China, em 2004, aponta para o interesse objetivo de estreitamento dos laços comerciais entre os dois países. Nesse sentido, observa-se que, enquanto o Brasil é o principal exportador mundial de soja, a China é a maior importadora desse produto

Alternativas
Comentários
  • http://www.abin.gov.br/modules/articles/article.php?id=1739
    O Brasil era e ainda é o segundo maior exportador de soja, o primeiro é os EUA. No mais a questão está correta.
    Enfim... CESPE é CESPE... Bons estudos.

  • Foi exatamente o que pensei a resolver a questão, os EUA não só é o maior exportador mundial de soja, como também é de outras comodities, como o milho e o trigo. Creio que seja o maior exportador de comodities mundial.
  • A perspectiva para o Brasil ultrapassar os EUA como maior exportador de soja é 2025.

  • ATUALIZAÇÃO:

    Brasil retoma posição de maior exportador de soja do mundo.

    https://noticias.r7.com/economia/brasil-retoma-posto-de-maior-produtor-de-soja-do-planeta-09072020-1#:~:text=Brasil%20%C3%A9%20o%20maior%20produtor%20de%20soja%20do%20mundo&text=No%20total%2C%20o%20Brasil%20dever%C3%A1,de%202019%2C%20conforme%20o%20IBGE.

  • Atualizando:

    Desde 2020, o Brasil é o maior exportador de soja do mundo

    Além disso, é o maior exportador de gado e café

    https://www.revistarural.com.br/2021/06/02/brasil-e-o-maio-produtor-e-exportador-de-soja-cafe-e-carne-bovina/


ID
31600
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Uma das mais antigas civilizações da humanidade, a China
tornou-se comunista em 1949, aproximou-se e afastou-se da URSS,
conheceu momentos críticos e, a partir da morte de Mao Zedong e
da ascensão de Deng Xiaoping (anos 1970-1980), promoveu
significativa mudança de rota. Incorporou-se ao sistema político
internacional ao ser admitida na ONU e, mais recentemente, ao
entrar na Organização Mundial do Comércio (OMC), às normas
que presidem a economia global. A respeito da experiência chinesa,
julgue (C ou E) os itens abaixo.

Diferentemente do que ocorria no auge da Guerra Fria, as relações entre China e Taiwan apresentam-se, na atualidade, bem menos tensas, o que pode ser explicado pelo pragmatismo que tem conduzido as ações de ambos os governos, sobretudo no que se refere aos interesses econômicos.

Alternativas
Comentários
  • Questão correta, porém, no meu ver passivel de recurso, já que a China não reconhece Taiwan, e afirma tratar-se de uma provincia rebelde. Logo a relação entre os dois Estados não é tão pragmatica assim...
  • O pragmatismo está no fato de a China manter as divergências no âmbito político, evitando assim contaminar as relações comerciais, que continuam sem rompimento.
    Bons estudos!
  • Desatualizada!

    US-China tensions could ignite over Taiwan https://www.scmp.com/news/china/diplomacy/article/3004175/us-china-tensions-could-ignite-over-taiwan-former-officials

  • Marquei "errado" feliz da vida e depois vi que a questão era de 2007. =(


ID
31615
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Múltiplos fatores conjugam-se para fazer do Oriente Médio foco
permanente de tensão e de conflitos, cujas repercussões não ficam
restritas à região. No que concerne a esse quadro, que o início do
século XXI não altera em relação ao que o antecedeu, julgue
(C ou E) os itens seguintes.

Apesar do apoio do conjunto dos Estados árabes à decisão da ONU (1947) de encerrar o mandato britânico na Palestina e promover a partilha do território em dois Estados, apenas o de Israel materializou-se, razão pela qual não se dissipa a instabilidade na região.

Alternativas
Comentários
  • Não ocorreu o referido “apoio do conjunto dos Estados árabes à decisão da ONU”. A decisão em questão, expressa na resolução 181 da Assembleia Geral da ONU e que aprovava um plano de partição da Palestina com a criação de dois Estados (um árabe e um judeu), foi rejeitada pelos países da Liga Árabe (à época formada por 7 países árabes).

  • Após anos de manifestações contrárias à proposta de fazer da Palestina o novo lar dos judeus, como definia a Declaração Balfour, e especialmente depois do atentado no Hotel King David em Jerusalém, Grã-Bretanha renunciou ao Mandato (que durava desde 1922) e remeteu a questão da Palestina para a ONU em 1947. A assembléia Geral da ONU aprovou a resolução 181 que recomendava a divisão da Palestina em dois Estados, um judaico e o outro árabe.

ID
31618
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Múltiplos fatores conjugam-se para fazer do Oriente Médio foco
permanente de tensão e de conflitos, cujas repercussões não ficam
restritas à região. No que concerne a esse quadro, que o início do
século XXI não altera em relação ao que o antecedeu, julgue
(C ou E) os itens seguintes.

Bem mais que eventual importância estratégico-militar, o problema representado pela definição do status de Jerusalém é mais amplo e mostra-se até hoje incontornável: internacionalizada pela ONU, reivindicada como capital por israelenses e palestinos e sede das três grandes religiões monoteístas (judaísmo, cristianismo e islamismo).

Alternativas
Comentários
  • Segundo a banca, "No item, afirma-se que Jerusalém é a 'sede das três grandes religiões monoteístas (judaísmo, cristianismo e islamismo)'. Diferentes acepções da palavra 'sede' fazem com que o item apresente ambigüidade insuperável. Assim, fez-se necessária a anulação do item."
  • para complementar o comentario anterior é necessário aludir ao fato de que o termo sede do cristianismo pode ter seu polo defendido em Roma (Vaticano).

  • Gabarito preliminar era certo, foi anulada por causa da ambiguidade da palavra "sede".


ID
31621
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Múltiplos fatores conjugam-se para fazer do Oriente Médio foco
permanente de tensão e de conflitos, cujas repercussões não ficam
restritas à região. No que concerne a esse quadro, que o início do
século XXI não altera em relação ao que o antecedeu, julgue
(C ou E) os itens seguintes.

O fundamentalismo islâmico teve no Irã depois da revolução xiita de 1979 um pólo irradiador, que identificou no Ocidente seu principal inimigo, representado pelos EUA e seu histórico aliado regional, Israel.

Alternativas
Comentários
  • Certa. Em 1979, a Revolução Iraniana derrubou o Xá Mohammad Reza Pahlevi do comando do país e instaurou uma República teocrática Islâmica sob o comando do Aiatolá Khomeini. Inicialmente a revolução não teve caráter islâmico, constituindo-se em greves gerais e manifestações contra o regime de Reza Pahlevi. Após as medidas econômicas de 1976, que promoveram uma abertura da economia iraniana ao Ocidente, um forte período de crise e inflação instaurou- se no país. Entre 1975 e 1976, Reza Pahlevi havia feito importantes reformas laicas, que haviam desagradado profundamente os grupos religiosos. A abertura pró-Ocidente, no entanto, era acompanhada de fortes repressões e censura aos opositores do governo Pahlevi. A insatisfação geral da população iraniana resultou em uma série de greves em todos os setores em 1978 e a repressão do governo apenas incitou mais a população a continuar a lutar. Em janeiro de 1979, o Xá Reza Pahlevi deixa o governo iraniano e exila-se nos EUA, deixando as portas abertas para o retorno ao Irã do Imã Khomenini, que estava no exílio havia 15 anos. Khomenini, ao voltar ao Irã, Proclama a República Islâmica do Irã e a revolução ganha um teor fundamentalista com a instituição do Conselho Revolucionário Islâmico. Khomenini, aos poucos, começa a adotar medidas fundamentalistas como o limite da liberdade de expressão, a declaração da ilegalidade do governo civil, a Sharia (lei islâmica) como lei do país, entre outros. Pelo fato que os EUA haviam concedido asilo ao Xá Reza Pahlevi e estavam por trás de várias das medidas pró-Ocidente anteriores à revolução, os americanos e Israel, principal aliado americano na região, tornaram-se os inimigos da revolução. O incidente mais conhecido envolvendo os dois países foi o sequestro dos membros da Embaixada norte-americana de Teerã em 1979 que durou até 1981.

    7000 questoes comentadas CESPE


ID
31624
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Múltiplos fatores conjugam-se para fazer do Oriente Médio foco
permanente de tensão e de conflitos, cujas repercussões não ficam
restritas à região. No que concerne a esse quadro, que o início do
século XXI não altera em relação ao que o antecedeu, julgue
(C ou E) os itens seguintes.

Nas duas vezes em que atacaram militarmente o Iraque, em 1991 e na atualidade, os EUA encontraram vigorosa resistência da população local, em larga medida incentivada pela reprovação à política de Washington manifestada pelo conjunto dos Estados árabes.

Alternativas
Comentários
  • A primeira invasão do Iraque, promovida pelos EUA no início da década de 90 do séc. XX, contou com grande apoio da população local - pois esta, sendo constituída majoritariamente por xiitas, se ressentia da ditadura do sunita Sadam Hussein e tinha a expectativa de que este fosse ser retirado do poder pelas tropas invasoras - o que por fim não aconteceu.

    Além disso, a Guerra do Golfo de 1991, apesar de liderada pelos EUA, foi promovida por uma coalizão de países no âmbito da ONU e dava prosseguimento a uma decisão do Conselho de Segurança desta instituição, o que gerou uma repercussão muito muito menos negativa dessa invasão quando comparado à segunda invasão ocorrida na década seguinte - que agiu sem apoio do CSNU pois França e Rússia ameaçavam usar o poder de veto. Cabe ressaltar também o fato de não ter havido ocupação posterior do Iraque na primeira invasão, pois, com o objetivo da missão sendo simplesmente libertar o Kwait da dominação imposta pelo Iraque, as tropas da coalizão se retiraram do Iraque quando concluída a missão, inclusive mantendo a estrutura de governo do país (com Sadam Hussein na presidência).


ID
31630
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

No período pós-Guerra Fria, observa-se crescente ativismo da ONU no tocante às operações de paz. Com relação à participação do Brasil nessas operações, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  •  O Brasil participa de operações de paz desde os anos 1930, sob a égide da Liga das Nações, e, no âmbito da ONU, desde 1957, quando foi enviada a UNEF I, no Sinai e na Faixa de Gaza, ocorrida em função da Guerra de Suez.
    A participação brasileira em operações de paz da ONU pode ser dividida em três fases:
    1. Entre 1957 e 1967: Operações de manutenção de paz “Clássicas” (ou “de primeira geração”), caracterizadas pelo emprego unicamente de forças militares. Destaque para a UNEF I no Sinai e Faixa de Gaza;
    2. Entre 1967 e 1987: Período caracterizado por afastamento brasileiro desse tipo de operação;
    3. De 1989 em diante: Operações de manutenção de paz “multidisciplinares” (ou “de segunda geração”), caracterizadas pelo emprego, além de forças armadas, de outros setores empenhados em reconstruir instituições comprometidas pelo efeito das situações de conflito. Destaque para a UNAVEM III em Angola e a MINUSTAH no Haiti.

  • E o erro do item "b" seria...

  • O erro na B, seria "prevenção de genocídio". Normalmente o Brasil e as outras forças de paz atuaram em países onde efetivamente já ocorreu esta situação.
    Ou seja o Brasil, atualmente não atua no Peace enforcement mas sim, preferencialmente, no Peace Building.
  • Qual seria o erro da C?

  • O erro do item C está em "comando político". A parte "política" da missão costuma ser liderada por representante especial do Secretário-Geral, como de fato ocorreu no caso do Haiti.


ID
31636
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Nos últimos anos, a política externa brasileira tem enfatizado
a importância do diálogo político e da cooperação sul-sul em
resposta às disparidades de poder e às crescentes assimetrias
internacionais. A respeito das iniciativas brasileiras voltadas
para o diálogo político e a cooperação sul-sul, julgue (C ou E)
os itens a seguir.

O Brasil prioriza parcerias que reflitam afinidades e laços históricos e culturais, razão pela qual os países lusófonos apresentam-se como os mais importantes parceiros e interlocutores dos brasileiros no presente.

Alternativas
Comentários
  • os PALOPs são os maiores receptores dos investimentos brasileiros no estrangeiro porém, não são os principais parceiros brasileiros.
  • A COOPERAÇÃO TÉCNICA ENTRE PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO  do Brasil concentrou suas ações com base nas seguintes prioridades:
    1. compromissos assumidos em viagens do Presidente da República e do Chanceler;
    2. países da América do Sul;
    3. Haiti;
    4. países da África, em especial os Palops, e Timor-Leste;
    5. demais países da América Latina e Caribe;
    6. apoio à CPLP; e
    7. incremento das iniciativas de cooperação triangular com países desenvolvidos (através de suas respectivas agências) e organismos internacionais.
    Fonte: MRE - Agência Brasileira de Cooperacao.
  •  Errado. "O item está incorreto, primeiramente, porque apesar do Brasil dar ênfase às parcerias com países de língua portuguesa, como
    a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), fundada em 1996, esses países não se apresentam como os mais importantes
    parceiros e interlocutores do Brasil no momento. A política Sul-Sul, como consta na questão, é uma das grandes prioridades do governo
    e trata-se de estabelecer uma maior cooperação entre países em desenvolvimento, também conhecida como cooperação horizontal.
    A cooperação Sul-Sul define-se, portanto, na atuação da cooperação brasileira em diferentes continentes, como a África, América do Sul
    e Caribe, Oceania e Ásia, sem priorizar necessariamente os países de língua portuguesa."

    CESPE - 7000 QUESTÕES COMENTADAS


ID
31639
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Nos últimos anos, a política externa brasileira tem enfatizado
a importância do diálogo político e da cooperação sul-sul em
resposta às disparidades de poder e às crescentes assimetrias
internacionais. A respeito das iniciativas brasileiras voltadas
para o diálogo político e a cooperação sul-sul, julgue (C ou E)
os itens a seguir.

Por atenderem prioritariamente ao interesse da promoção do desenvolvimento, as iniciativas brasileiras de cooperação privilegiam ações econômicas.

Alternativas
Comentários
  • A política externa brasileira prioriza a importância da cooperação Sul-Sul no contexto das relações internacionais tendo em vista sua capacidade de estreitar laços, na esperança de que seja um dos caminhos mais seguros para lograr o desenvolvimento sustentável, a elevação do nível e da qualidade de vida das populações com mais justiça social.

    A Cooperação entre Países em Desenvolvimento, também conhecida como Cooperação Sul-Sul ou Horizontal, brasileira se faz pela transferência de conhecimentos técnicos e experiência do Brasil, em bases não comerciais, de forma a promover a autonomia dos parceiros envolvidos. Para tanto se vale dos seguintes instrumentos: consultorias, treinamentos e a eventual doação de equipamentos.

    Fonte: MRE - Agência Brasileira de Cooperacao


ID
31642
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Nos últimos anos, a política externa brasileira tem enfatizado
a importância do diálogo político e da cooperação sul-sul em
resposta às disparidades de poder e às crescentes assimetrias
internacionais. A respeito das iniciativas brasileiras voltadas
para o diálogo político e a cooperação sul-sul, julgue (C ou E)
os itens a seguir.

As ações brasileiras tanto se amparam em eixos bilaterais quanto se desenvolvem por meio de coalizões e arranjos de alcance e composição variáveis.

Alternativas
Comentários
  • Aos não assinantes,

    GABARITO: CERTO


ID
31651
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

As ações de cooperação brasileiras conjugam temas
tradicionais - econômicos, técnicos e científicos -
com o tratamento de questões como inclusão e
eqüidade social, combate à fome e à pobreza,
segurança alimentar, promoção de direitos humanos
e igualdade de gênero.

Dada a participação majoritária do setor terciário na composição de seu Produto Interno Bruto (PIB), o Brasil almeja o aumento de sua participação nas exportações mundiais de serviços, defendendo, por conseguinte, ampla liberalização dessa modalidade de comércio.

Alternativas
Comentários
  • Os países desenvolvidos é que possuem interesse na liberação da exportação de serviços, o Brasil resiste a esse tipo de negociação para proteger seus prestadores.

ID
31660
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Os atentados de 11 de setembro de 2001 recolocaram as questões relativas à segurança no topo da agenda internacional e suscitaram
reações e percepções diferenciadas acerca da forma de enfrentar o terrorismo internacional. Acerca desse tópico, julgue (C ou E) os
itens subseqüentes.

O Brasil solidarizou-se com os EUA e abriu-se à participação efetiva no combate global ao terrorismo, defendendo o fortalecimento das instituições multilaterais como medida válida para tal fim.

Alternativas
Comentários
  • O Brasil chegou inclusive a invocar o Tiar. 

  • Complementando a boa lembrança do W. Wilson.

    Numa decisão unânime, os ministros das relações exteriores das Américas aprovaram proposta do Brasil de invocar o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR). A decisão foi um gesto político da solidariedade do continente ao povo e ao governo dos Estados Unidos, diante dos devastadores ataques terroristas contra o World Trade Center e o Pentágono.

    http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,oea-invoca-tratado-de-47-para-dar-apoio-aos-eua,20010921p27214


ID
31663
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Os atentados de 11 de setembro de 2001 recolocaram as questões relativas à segurança no topo da agenda internacional e suscitaram
reações e percepções diferenciadas acerca da forma de enfrentar o terrorismo internacional. Acerca desse tópico, julgue (C ou E) os
itens subseqüentes.

Ao se opor às ações militares deflagradas pelos EUA no Afeganistão e no Iraque, o Brasil restringiu seu engajamento no combate ao terrorismo internacional ao que determinam a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR).

Alternativas
Comentários
  • O que invalida a questão não é a inexistência ou não de menção ao terrorismo na carta da OEA ou do TIAR.
    O incorreto é dizer que o Brasil restringiu seu engajamento à determinação de tais órgãos. Embora o Brasil tenha convocado o TIAR no 11/09, o país adota uma perspectiva humanista, pautando-se nos esforços multilaterais para combater o terrorismo e opondo-se aos abusos dos direitos humanos em nome da luta ao terror. Ademais, apesar da clara oposição brasileira à ação militar americana no Iraque, não se observou a mesma postura em relação ao Afeganistão (não oficialmente, pelo menos!).
  • O Brasil se pauta em esforços multilaterais para o combate ao terrorismo.

ID
31669
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Os atentados de 11 de setembro de 2001 recolocaram as questões relativas à segurança no topo da agenda internacional e suscitaram
reações e percepções diferenciadas acerca da forma de enfrentar o terrorismo internacional. Acerca desse tópico, julgue (C ou E) os
itens subseqüentes.

Ao enfatizar a necessidade de se fortalecerem os mecanismos multilaterais globais e regionais para o enfrentamento do terrorismo global, o Brasil não se opôs aprioristicamente a intensificar e aprofundar a cooperação com os EUA.

Alternativas
Comentários
  • Jesus! Manda recolher a criatura!
  • Meu pai do céu....
    ô filhinho, eu ia recomendar que fosses estudar, mas realmente, vá se benzer porque parece que o negócio aí é grave mesmo...
  • Correta,

    O principal ponto que poderia sucitar dúvida seria em relação à palavra aprioristicamente.

    Aprioristicamente vem de apriorismo que seria: sistema de utiliza seus princípios antes da experiência.

  • Correta, lembrando que repúdio ao terrorismo consiste em objetivo fundamental da republica (CF).
  • Significado de Apriorístico

    adj. Relacionado com o apriorismo, com a doutrina que confere importância aos conhecimentos, conceitos ou pensamentos "a priori", os que independem da experiência ou da prática.
    (Etm. apriorista + ico)

  • Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:

    VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo.

     

    Não é objetivo como dito alhures e sim PRINCÍPIO NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS.


ID
31672
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A respeito da política externa argentina na primeira década do século XXI, julgue (C ou E) os itens seguintes.

Mesmo com o esgotamento do realismo periférico que orientou a política externa argentina durante o governo Menem, o objetivo primordial de manter relacionamento privilegiado com os EUA permanece inalterado na Argentina da atualidade.

Alternativas
Comentários
  • Vide comentário à questão Q10556.
  • O referido “realismo periférico”, como nomearam alguns analistas o paradigma da política extena argentina dos anos 90 até 2003 (já o professor Amado Cervo prefere chamar este de “paradigma normal”), privilegiava as relações com os países mais desenvolvidos (como os membros da OCDE) e especialmente com os EUA, além de procurar seguir com esmero as orientações dos organismos econômicos internacionais (principalmente as do FMI).


    Após a crise argentina de 2002 e a eleição de Néstor Kirshner em 2003, este país abandona o referido paradigma e procura firmar um chamado “novo pacto”, que seria “não com o capital financeiro internacional, mas com o setor produtivo nacional”. É importante extrair desse discurso a nova forma de comandar a política econômica argentina e que trouxe consigo uma relação mais conflituosa entre o país e os organismos econômicos mundiais.


    Na política externa, esse novo paradigma se reflete em abandono daquela relação de alinhamento inequívoco com os EUA e uma maior aproximação para com outros países – inclusive com seus vizinhos sul-americanos, em especial com a Venezuela.

  • Não, o PE argentina hoje é voltada para a América Latina.
  • ERRADO

     

    A presidência Kirchner (2003/2007) retomou a estabilidade interna, alcançando sucesso relativo na recuperação econômica, que garantiu a sucessão presidencial a Cristina Kirchner, esposa do então presidente, que tomou posse em 2007. Em termos de política externa, a era Kirchner representou uma quebra nos padrões de alinhamento de Menem e uma tentativa de recuperar a autonomia. Esta tentativa de reforma ocorre em condições adversas, o que leva a periódicas crises com o Brasil e a tentativas de aproximações com o eixo Chávez. A situação argentina permanece oscilante, devido a diversos pontos de estrangulamento estruturais na produção (declínio industrial e recuo ao modelo agroexportador) e nos setores estratégicos como energia.

  • Atualizando a questão, verifica-se que não há essa tendência mesmo agora no governo Macri. A Argentina mantém sua relação com o EUA e Brasil mas também visa uma relação mais estreia com outros membros do BRICS, particularmente com a China e Rússia. Também podemos inferir que ela visa desenvolver sua base hemisférica regional no Mercosul com o intuito de se aprimorar e aproximar-se da Apec.

    link sobre tendências da PI de Macri:

    https://www.ictsd.org/bridges-news/pontes/news/o-“novo”-e-o-“velho”-na-política-externa-argentina-do-governo-de-cambiemos

    P.S- Sou iniciante no assunto. Se falei bobagem, por favor, alguém dê um toque .  ;)

     


ID
31675
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A respeito da política externa argentina na primeira década do século XXI, julgue (C ou E) os itens seguintes.

No governo de Nestor Kirshner, a política externa argentina tem sido subordinada à necessidade de se restabelecerem condições para a retomada do equilíbrio econômico, o que explica a prioridade conferida às relações com os países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e o alinhamento com as políticas preconizadas pelos organismos econômicos multilaterais.

Alternativas
Comentários
  • A OCDE é o organismo que congrega os países ricos. A Argentina de Kirshner busca, na verdade, a aproximação com países do continente e países em desenvolvimento.
  • So para dizer que o primeiro nome da atual presidente da Argentina é Cristina.
  • O referido “realismo periférico”, como nomearam alguns analistas o paradigma da política extena argentina dos anos 90 e que dura até 2003 (outros, como o professor Amado Cervo prefere chamar este de “paradigma normal”), privilegiava as relações com os países mais desenvolvidos (como os membros da OCDE) e especialmente com os EUA, além de procurar seguir com esmero as orientações dos organismos econômicos internacionais (principalmente as do FMI).

    Após a crise argentina de 2002 e a eleição de Néstor Kirchner em 2003, este país abandona o referido paradigma e procura firmar um chamado “novo pacto”, que seria “não com o capital financeiro internacional, mas com o setor produtivo nacional”. É importante extrair desse discurso a nova forma de comandar a política econômica argentina e que trouxe consigo uma relação mais conflituosa entre o país e os organismos econômicos mundiais.

    Na política externa, esse novo paradigma se reflete em abandono daquela relação de alinhamento inequívoco com os EUA e numa maior aproximação para com outros países – inclusive com seus vizinhos sul-americanos, em especial com a Venezuela.

  • Parabéns pelo comentário, colega.

ID
31678
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A respeito da política externa argentina na primeira década do século XXI, julgue (C ou E) os itens seguintes.

No plano regional, é prioridade para a Argentina a consolidação do MERCOSUL. Isso se manifesta no decidido apoio argentino às iniciativas de se solucionarem os litígios mantidos com os demais membros do bloco.

Alternativas
Comentários
  • Segundo a banca: 
    "Houve erro material ao inserir-se na prova uma versão não-finalizada do item que, por essa razão, era passível de questionamentos. Assim, fez-se 
    necessária a anulação do item."

ID
31681
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A respeito da política externa argentina na primeira década do século XXI, julgue (C ou E) os itens seguintes.

Alinhados ideologicamente, Brasil e Argentina tratam, de forma convergente, de temas globais, como o enfrentamento do terrorismo internacional e a reforma do Conselho de Segurança da ONU.

Alternativas
Comentários
  • Brasil e Argentina possuem divergências acerca da reforma do CSNU, pois ambos querem um assento permanente.
  • Não é pleito da Argentina - não de forma sistemática - assento no CS.O principal é que a Argentina faz campanha contra a entrada do Brasil no CS:Paquistão, Itália, Coréia do Sul e Argentina formam um grupo conhecido com Coffee Club, por não apoiarem a entrada de seus vizinhos no conselho de Segurança da ONU.Outro nome para o grupo é Unidos Pelo Consenso - difícil imaginar um grupo chamado unidos pelo dissenso.Do site da BBC-Brasil:"Ao que tudo indica, o "Unidos pelo Consenso" não conta com apoio significativo entre os países da ONU.Porém, segundo um diplomata do G4, é possível que o grupo tente bombardear a proposta do G4 durante o debate – usando artifícios como a introdução de emendas que desfigurem a resolução ou pedidos de adiamento do processo decisório da Assembléia Geral."
  • Errada. Em relação a reforma do CSNU , o Brasil integra o G4 - BR,JP, IN, AL e  a Argentina está no Grupo do United for Consensus ou Coffe Club que é contra a proposta do G4.
  • ver os comentáios


ID
31690
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Nos últimos anos, a reforma da ONU ganhou lugar de destaque na agenda global, mobilizando esforços diplomáticos de toda a
comunidade internacional. No que concerne a esse processo de reforma, julgue (C ou E) os itens a seguir.

Com a eleição e a posse do novo Secretário-Geral da ONU, reabriram-se automaticamente as negociações relativas à reforma do Conselho de Segurança, que haviam sido suspensas com o término do mandato de Koffi Annan.

Alternativas
Comentários
  • A reabertura não foi automática.
  • Não haviam sido suspensas, pois Annan pressionou para uma reforma eficiente. Assim, apresentou sua própria proposta, “In Larger Freedom”, dividida em 02 planos

    Plano A defende a criação de seis novos membros permanentes e três novos membros não-permanentes, totalizando 24 membros no Conselho.

    Plano B defende a criação de oito novos membros em uma nova classe de membresia, com mandato de quatro anos e sujeitos à renovação, totalizando 24 membros no Conselho.

    ERRADA


ID
36781
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Assinale a opção correta, levando em conta a evolução e a agenda recente das relações entre Brasil e China.

Alternativas
Comentários
  • A) ERRADO - tais fatos (relação do Brasil com Taiwan e DH) não impedem a parceria progressiva entre Brasil e China.
    B) ERRADO - A China, apesar de ser integrante do BRIC, não apóia expressamente a entrada do Brasil no CS da ONU. Em relação à OMC, o Brasil foi um dos primieros países a reconhecer a China como uma economia de mercado e jamais utilizou as salvaguardas especiais, dando preferência ao VER (restrições voluntárias de exportações).
    C)ERRADO - Brasil e China atuam conjuntamente apenas na produção de tal tacnologia. O lançamento ainda fica sob responsabilidade exclusivamente chinesa.
    D)ERRADO - O comércio entre Brasil e China vem aumentando significativamente. Ao contrário do que diz a assertiva, o Brasil ainda é comercialmente superavitário, mesmo que em margens cada vez menores.
    E) CERTO
  • A China apoia sim a entrada do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança. E este apoio foi ratificado na recente visita da Presidente Dilma ao País. De acordo com o comunicado conjunto assinado pelos dois países:

    "A China atribui alta importância à influência e ao papel que o Brasil, como maior país em desenvolvimento do hemisfério ocidental, tem desempenhado nos assuntos regionais e internacionais, e compreende e apoia a aspiração brasileira de vir a desempenhar papel mais proeminente nas Nações Unidas".

    O que a China nunca fez foi, digamos, se esforçar muito para que o Brasil conseguisse a vaga. Isso porque o Brasil pleiteia sua entrada no CSNU através do G4, grupo que tem o Japão como um de seus membros. Aí, já viu....
  • Ótima questão. A questão B está errada pois ainda há divergências de interesses, como é o caso do CS/ONU. A C está errada, em primeiro lugar porque a dimensão mais importante da relação sino-brasileira ser a comercial, e em segundo porque o lançamento é feito pela China. Com exceção da E, que aborda i superavit brasileiro, ainda que consiga isso por meio de produtos primários, as demais são nitidamente incorretas.
  • Ótima questão!


ID
36790
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Considerando os interesses e as perspectivas brasileiras em
relação ao MERCOSUL e a evolução recente desse bloco, julgue
(C ou E) os itens a seguir.

Com o propósito de agilizar e desburocratizar o intercâmbio comercial no âmbito do MERCOSUL, o Brasil concebeu e implantou, em conjunto com a Argentina, mecanismo de pagamento em moeda local, o qual pode ser ampliado para os demais países do bloco.

Alternativas
Comentários
  • CORRETA.Se chama Sistema de Pagamento em Moeda Local (SML).O SML é um sistema informatizado que permite que as exportações e importações entre os dois países sejam realizadas em moeda local, sem a utilização do dólar.Mas atenção ainda não há moeda comum para o Mercosul do estilo do EURO
  • O Sistema de Pagamentos em Moeda Local (SML) foi criado em 3 de outubro de 2008, ele permite que as transações (ordens de pagamento) sejam efetuadas em moeda local. Inicialmente, o SML tem sido usado somente nas transações de comércio de bens envolvendo o Brasil e a Argentina, mas recentemente o sistema esta sendo expandido para outros países como Uruguai (já firmamos no dia 23 de outubro de 2009 uma Carta de Intenções) e Paraguai. Outros países como Rússia, Índia e China já demonstraram interesse em adotar o sistema no comércio bilateral com o Brasil. 
  • Atualizando,

    Em 2012, já foi firmado um Acordo de Mecanismo de Pagamento em Moeda Local com o Uruguai.
  • O Sistema de Pagamentos em Moeda Local-SML é um sistema de pagamentos informatizado que permite a remetentes e destinatários, nos países que integram o sistema, para operações de até 360 (trezentos e sessenta dias), fazerem e receberem pagamentos referentes a transações comerciais ou benefícios em suas respectivas moedas.

    Consequentemente, não há a necessidade de se realizar as operações de câmbio moeda local-dólar e dólar-moeda local nos pagamentos e recebimentos. A taxa SML será, teoricamente, mais favorável aos agentes, uma vez que é formada pelas taxas interbancárias, utilizadas em operações de alto valor. Também são simplificados os procedimentos realizados por remetentes e destinatários em relação a sua necessidade de operacionalização com o dólar americano. Dessa forma, espera-se a redução do custo das transações, tanto financeiros como administrativos. Finalmente, registra-se que, entre os objetivos do SML, também se encontra aumentar o nível de acesso dos pequenos e médios agentes ao comércio transfronteiriço.

    No momento, existem três convênios SML firmados pelo Banco Central do Brasil (BCB): o primeiro com o Banco Central da República da Argentina (BCRA), o segundo com o Banco Central do Uruguai (BCU) e o terceiro com o Banco Central do Paraguai (BCP) em fase de Regulamentação

    Características:

    -Utilização voluntária;

    -Inexistência de contrato de câmbio;

    -A documentação necessária é a mesma exigida para operações de comércio exterior;

    -Integração ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e aos sistemas de pagamentos dos países integrantes do SML.

    Responsáveis pela execução:

    -Bancos Centrais dos respectivos países;

    -Instituições Financeiras participantes do sistema.

  • Informando também que, conforme consta no site da CAMEX, a implantação do convênio com o Paraquai está em fase de implantação.

    Bons estudos!


ID
36817
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Julgue (C ou E) os itens seguintes, considerando as posições
assumidas pelo Governo brasileiro em relação ao desarmamento
e à não-proliferação de armas.

Durante o período da Guerra Fria, embora distanciado dos principais focos de tensão e da corrida armamentista, o Brasil prestou importante contribuição, no plano conceitual, à discussão multilateral sobre desarmamento no contexto da Comissão de Desarmamento das Nações Unidas, tendo também atuado ativamente em tal matéria no contexto do Conselho de Segurança, nas ocasiões em que o integrou na condição de membro não-permanente.

Alternativas
Comentários

  • Correto.

    Desde o Comitê de Desarmento das 18 Nações (1962-1968) o Brasil tem realizado grandes contriubições.

    A questão foi formulada especialmente no âmbito da nomeação do diplomata brasileiro Sérgio de Queiroz Duarte para Alto Representante do Secretário-Geral das Nações Unidas para Desarmamento em 2007

    Fonte:
    http://www.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/notas-a-imprensa/2007/02/nomeacao-do-embaixador-sergio-de-queiroz-duarte
  • Gabarito: CERTO

    "Durante o período da Guerra Fria, embora distanciado dos principais focos de tensão e da corrida armamentista, o Brasil prestou importante contribuição, no plano conceitual, à discussão multilateral sobre desarmamento no contexto da Comissão de Desarmamento das Nações Unidas..." pode ser citado, como exemplo, o discurso dos 3Ds proferido pelo chanceler brasileiro, Araújo Castro, na abertura da Assembleia Geral da ONU, em 1963.


ID
60316
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
INSS
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca de economias regionais e blocos econômicos, julgue os
itens de 134 a 143.

A União Européia, um dos blocos econômicos mais conhecidos, foi oficializada pelo Tratado de Maastricht.

Alternativas
Comentários
  • O Tratado de Maastricht, também conhecido como Tratado da União Europeia (TUE) foi assinado a 7 de Fevereiro de 1992 na cidade holandesa de Maastricht. Foi um marco significativo no processo de unificação europeia, fixando que à integração econômica até então existente entre diversos países europeus se somaria uma unificação política. O seu resultado mais evidente foi a substituição da denominação Comunidade Europeia pelo termo atual União Europeia.O Tratado de Maastricht, criou metas de livre movimento de produtos, pessoas, serviços e capital. Visava a estabilidade política do continente. Mas, a imigração continuou atuando com exigência de passaportesA estrutura do tratado da União é composta por 3 pilares:1º pilar: Assuntos relacionados com a agricultura, ambiente, saúde, educação, energia, investigação e desenvolvimento. A legislação neste pilar é adotada conjuntamente pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho.O Conselho delibera por maioria simples, por maioria qualificada ou por unanimidade. Em assuntos tais como fiscalidade, a indústria, fundos regionais, investigação exigem deliberação por unanimidade.2º pilar: Assuntos de política externa e segurança comum.3º pilar: Assuntos de cooperação policial e judiciária em matéria penal. No 2º e 3º pilares compete ao Conselho deliberar por unanimidade em matérias de maior relevância. Na maior parte dos assuntos é suficiente a maioria qualificada e em matérias de menor relevância é apenas a maioria simples. protocolo de kioto é um tratado com metas para redução de poluiçãoQuestão CORRETAFonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Maastricht
  • Apesar das dificuldades da integração e das posições contrárias a sua continuidade e aprofundamento, prevaleceu no pós-1989 a visão da Europa comum que, resultou no Tratado de Maastricht e o surgimento da União Européia (EU) como ator institucional. Inspirado no AUE, mas promovendo um significativo salto qualitativo na construção de uma Europa supranacional e com identidade própria, Maastricht entrou em vigor em Janeiro de 1993.

  • Apenas um acréscimo:

    Um dos pontos principais do TUE é o início do processo da união monetária que reúne todos os Estados-Membros que cumpriram os critérios econômicos estabelecidos para fazer parte da moeda única (Euro), e a criação do Banco Central Europeu. Acrescente-se que a atual crise grega expôs uma falha relevante do Tratado, que não deliberou sobre os meios e os trâmites legais para que um pais arrependido (ou por necessidade) deixe a zona do euro.
  • 1992 - TRATADO DE MAASTRICHT (07/02/1992)
    Criação da União Europeia

    1999 - INTRODUÇÃO DO EURO COMO MOEDA ESCRITURAL

    2002 - O EURO ENTRA EM CIRCULAÇÃO


ID
60325
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
INSS
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca de economias regionais e blocos econômicos, julgue os
itens de 134 a 143.

Existe grande interesse dos Estados Unidos da América em fazer parte da ALCA, união aduaneira que engloba todos os países da América Latina.

Alternativas
Comentários
  • A sigla ALCA significa Área de Livre Comércio das Américas. Em outras palavras, a Alca não é uma União Aduaneira, mas sim Área de Livre Comércio.
  • Há dois erros:Primeiro: a ALCA pretende ser uma Área de Livre Comércio (e não união aduaneira)Segundo: ela pretende englobar os países da América como um todo (e não apenas a América Latina)
  • Estou aberto a qualquer questao sobre os assuntos pertinentes ao concurso do INSS

    respondeconcursos@hotmail.com
  • ERRADO!
    A ALCA (Área de Livre Comércio das Américas) é um projeto de Bloco Econômico que reúne países da América, tanto do sul, central e do norte. Projeto porque, ao longo das reuniões que foram feitas pelos países participantes, surgiram discordâncias entre eles, sendo que, no fim de 2005, as negociações pararam. A criação desse Bloco não agrada a todos no continente, especialmente os latino-americanos. Os Estados Unidos foram os idealizadores da ALCA que, se estivesse em vigor, englobaria todos os países da América, com exceção de Cuba. A Alca consistiria numa área de livre comércio no espaço americano, cujas taxas alfandegárias caíram conforme fosse possível. Isso possibilitaria a passagem de mercadorias e a chance de um aumento significativo de comércio entre os países americanos. A proposta foi feita pelos Estados Unidos, no dia nove de dezembro de 1994, em Miami. A ALCA foi proposta no ano de 1994 e varias manifestações aconteceram até que no ano de 2005 a proposta foi”esquecida”. As manifestações aconteceram, em sua maioria, nos países latinos que consideravam a Alca como um “truque” dos Estados Unidos para controlar o mercado das Américas.
    Vale lembrar que os dois primeiros passos de um bloco econômico são os que formam:

    1º Zona de Livre Comércio: região em que as mercadorias provenientes dos países membros podem circular livremente. Nessa zona livre, as tarifas alfandegárias são eliminadas e há flexibilidade nos padrões de produção, controle sanitário e de fronteiras. O NAFTA (EUA, CANADÁ e MÉXICO) deu somente este passo no processo de integração e não deseja evoluir para uma União Aduaneira.
    2º União Aduaneira: além da zona de livre comércio, essa etapa envolve a negociação de tarifas alfandegárias comuns (TEC) para o comércio realizado com os outros países. O Mercosul se encontra nesse estágio do processo.


ID
83734
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

É a partir de 1968 (II U n c t ad ) q u e o Brasil passou a expressar
apoio mais denso aos foros multilaterais, movido pela convicção
de ser essa atitude o " meio de neutralizar ou reduzir o
considerável p o d er de coerção das superpotências e grandes
poderes nas relações i n t ernacionais", como assinalou Antonio
Augusto Cançado Trindade. Já para Clodoaldo Bueno, a
continuidade seria o elemento definidor da política multilateral
brasileira, a expressar o reconhecido grau de profissi onalismo do
I t amaraty. Para ele, a diplomacia brasileira teve tradicionalmente
na ONU uma participação constante e cooperativa, fazendo do
tema do desenvolvimento uma de suas preocupações cen trais.
A par t i r dessas informações, julgue os itens que se seguem,
relativos à inserção internacional do Brasil.

A aproximação en t re Argentina - governo Alfonsín - e Bras i l - governo Sarney -, em meados dos anos 80 do século XX, foi o passo i n icial para a constituição do futuro Mercado Comum d o Sul (MERCOSUL) e se deu em um contexto de crise econômica nos dois países, recém-saídos de ditaduras militares.

Alternativas
Comentários
  • O diálogo estabelecido pelos governos Sarney e Alfonsín materializou-se, em 1985, na assinatura da Declaração do Iguaçu, na qual se firmam as bases para o processo de integração que conduzirá ao Mercosul. A Declaração do Iguaçu expressa, entre outras coisas, a firme vontade política de Brasil e Argentina de acelerar o processo de integração bilateral, em harmonia com os esforços de cooperação e desenvolvimento regional, e a firme convicção de que esta tarefa deve ser aprofundada pelos Governos com a indispensável participação de todos os setores de suas comunidades nacionais, aos quais convocaram a unir-se a este esforço, já que lhes cabe também explorar novos caminhos na busca de espaço econômico regional latino- americano. 
  • certo


ID
83737
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

É a partir de 1968 (II U n c t ad ) q u e o Brasil passou a expressar
apoio mais denso aos foros multilaterais, movido pela convicção
de ser essa atitude o " meio de neutralizar ou reduzir o
considerável p o d er de coerção das superpotências e grandes
poderes nas relações i n t ernacionais", como assinalou Antonio
Augusto Cançado Trindade. Já para Clodoaldo Bueno, a
continuidade seria o elemento definidor da política multilateral
brasileira, a expressar o reconhecido grau de profissi onalismo do
I t amaraty. Para ele, a diplomacia brasileira teve tradicionalmente
na ONU uma participação constante e cooperativa, fazendo do
tema do desenvolvimento uma de suas preocupações cen trais.
A par t i r dessas informações, julgue os itens que se seguem,
relativos à inserção internacional do Brasil.

Ao se afastar, em 2003, das tratativas em torno da implantação da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) , ab r indo mão de co-presidir - com os EUA - a comissão negociadora do megabloco contin en t al, o Brasil emitiu sinais claro s d e repulsa às práticas norte-americanas de subsídios, nomeadamente aquelas em vigor n a área agrícola.

Alternativas
Comentários
  • O Brasil não se afastou em 2003 das negociações da ALCA. Tal fato ocorreu em 2005 ou 2006 (a confirmar). O Brasil aceitou co-presidir com os EUA a comissão negociadora da ALCA, embora não tenha aceitado a criação do megabloco.


ID
83740
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

É a partir de 1968 (II U n c t ad ) q u e o Brasil passou a expressar
apoio mais denso aos foros multilaterais, movido pela convicção
de ser essa atitude o " meio de neutralizar ou reduzir o
considerável p o d er de coerção das superpotências e grandes
poderes nas relações i n t ernacionais", como assinalou Antonio
Augusto Cançado Trindade. Já para Clodoaldo Bueno, a
continuidade seria o elemento definidor da política multilateral
brasileira, a expressar o reconhecido grau de profissi onalismo do
I t amaraty. Para ele, a diplomacia brasileira teve tradicionalmente
na ONU uma participação constante e cooperativa, fazendo do
tema do desenvolvimento uma de suas preocupações cen trais.
A par t i r dessas informações, julgue os itens que se seguem,
relativos à inserção internacional do Brasil.

A criação da Comunidade dos P aíses de Língua Portuguesa, que contou com ativa participação d o Brasil, ocorreu em um co n t exto histórico amplamente favorável. Com efeito, é na décad a d e 90 do século XX que a política brasileira para a África mais se robustece, com o sensível incremento das relações comerciais, diplomáticas e estratégicas en t r e o Brasil e os Estados africanos.

Alternativas
Comentários
  • Esta questão está errada porque a política externa brasileira para a África MAIS SE ROBUSTECE no Governo Lula, ou seja, só a partir 2003.
  • A chamada “política africana” que marcou as relações exteriores do Brasil na década de 70 deram lugar ao distanciamento Brasil-África dos anos 80 e 90, o qual teve início com a crise dos anos 80 e a concomitante reformulação da postura econômico-comercial brasileira em que se privilegiou o contato com os países do norte.


    Aproximações pontuais como no caso da criação da CPLP não retiram o caráter de distanciamento nas relações deste período.


    Apenas ao fim do governo Cardoso é que se evidencia um processo de reaproximação para com a África – processo intensificado na gestão Lula da Silva.

  • Não dá para afirmar, como fez o colega acima, que o erro está em "mais se robustece" por conta da maior aproximação do Governo Lula, já que esta questão é de 2004. Mas é claro que, na década de 90, o Brasil focava nas relações com as potências hegemônicas, tanto que Amado Cervo enquadra esse período no paradigma do  "Estado Normal".
  • A afirmação "mais se robustece" é desmentida pela política externa brasileira praticada nos anos 1970, quando houve, sim, uma política externa vigorosa para o continente africano. Nos anos 1980 e 1990, como dito pelos colegas, houve um distanciamento, principalmente nas administrações Collor e FHC. Portanto, para responder à questão não é necessário incluir o primeiro ano do governo Lula.
  • Batata podre: "é na década de 90 do século XX que a política brasileira para a África mais se robustece"
  • ERRADO.

    É justamente nos anos da década de 1990 há um retrocesso evolutivo na relação com a África.

    As exportações brasileiras para os países da África subsaariana pouco cresceram na década de 1990, tendo passado de US$ +1,01 bilhão em 1990, para US$ +1,33 bilhão em 1999. Em 1983, por exemplo, o comércio foi de US$ +3 bilhões.

    A exportação (dados de 1989 em diante) brasileira foi crescente até 2008 (+10,16bi) , em 2009 , por conta da crise econômica mundial reduziu para +8,62bi. Em 2011 alcançou +12.24bi e 2012 leve redução para +12.21bi.

    Atenção, resultado da Balança Comercial é deficitário desde 1996 (exceto pelo ano de 2009). Atualmente, até junho deste ano (2013) está em - 2,61bi podendo ultrapassar o recorde do déficit de 2009 que alcançou - 5,59 bi.

    FONTE: MDIC
  • Só para complementar a excelente resposta do Atualidades Revisão, um dos grandes fatores para a balança comercial ser deficitária é a importação de petróleo.
  • Parei de ler no "amplamente favorável"


ID
83743
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

É a partir de 1968 (II U n c t ad ) q u e o Brasil passou a expressar
apoio mais denso aos foros multilaterais, movido pela convicção
de ser essa atitude o " meio de neutralizar ou reduzir o
considerável p o d er de coerção das superpotências e grandes
poderes nas relações i n t ernacionais", como assinalou Antonio
Augusto Cançado Trindade. Já para Clodoaldo Bueno, a
continuidade seria o elemento definidor da política multilateral
brasileira, a expressar o reconhecido grau de profissi onalismo do
I t amaraty. Para ele, a diplomacia brasileira teve tradicionalmente
na ONU uma participação constante e cooperativa, fazendo do
tema do desenvolvimento uma de suas preocupações cen trais.
A par t i r dessas informações, julgue os itens que se seguem,
relativos à inserção internacional do Brasil.

Enquanto o binômio segurança-desenvolvimento pautou, em linhas gerais, a política internacional implementada pelo regime militar, co n ferindo-lhe caráter mais defensivo, com a redemocratização do país, em meio ao novo cenário mundial surgido a partir de fins da década de 80 do século XX, o Brasil tratou de ampliar sua presença multilateral. Exemplos d essa estratégia seriam, entre outros, a realização da Eco-92 - no Rio de Janeiro - e a candidatura a um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.

Alternativas
Comentários
  •  A política exterior brasileira durante o regime militar caracteriza-se por postura mais defensiva, alcunhada “autonomia pela distância”. Nesse contexto o Brasil era alvo de críticas nas áreas do meio-ambiente, dos direitos humanos, das políticas comerciais, entre outras.


    Com a redemocratização, a participação brasileira na política internacional ganhou confiança e prestígio através de uma atuação reformulada que mereceu a alcunha de “autonomia pela participação”, postura consolidada principalmente durante a gestão Cardoso. Essa postura possibilitou a transformação do Brasil de basicamente um “rule-taker” em um “rule-maker” no que se refere aos regimes internacionais.

  • Muito bom o comentário do colega acima.

ID
83746
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

É a partir de 1968 (II U n c t ad ) q u e o Brasil passou a expressar
apoio mais denso aos foros multilaterais, movido pela convicção
de ser essa atitude o " meio de neutralizar ou reduzir o
considerável p o d er de coerção das superpotências e grandes
poderes nas relações i n t ernacionais", como assinalou Antonio
Augusto Cançado Trindade. Já para Clodoaldo Bueno, a
continuidade seria o elemento definidor da política multilateral
brasileira, a expressar o reconhecido grau de profissi onalismo do
I t amaraty. Para ele, a diplomacia brasileira teve tradicionalmente
na ONU uma participação constante e cooperativa, fazendo do
tema do desenvolvimento uma de suas preocupações cen trais.
A par t i r dessas informações, julgue os itens que se seguem,
relativos à inserção internacional do Brasil.

Retraída no combate às práticas protecionistas dos países e blocos economicamente mais fortes, a atuação brasileira na OMC é dura na oposição às medidas unilaterais. Já no âmbito da ONU, defende um Conselho de Segurança mais democrático, embora ainda não demonstre desconforto quanto à forma pela qual ele foi organizado, quando da criação das Nações Unidas, refletindo a realp o litik do sistema bipolar.

Alternativas
Comentários
  • Importante lembrar também que o Brasil não tem também uma posiçao retraída diante do combate ao protecionismo no âmbito da OMC. O Brasil, relativamente a sua participação no mercado global, é um dos países que mais utiliza o Órgão de Solução de Controvérsias da OMC para combater subsídios ilegais, políticas anti-dumpings e outros mecanismos que ferem a política do "fair trade".
  • Entendi que a questão tem uma casca de banana quando informa que

    "Já no âmbito da ONU, defende um Conselho de Segurança mais democrático, embora ainda não demonstre desconforto quanto à forma pela qual ele foi organizado, quando da criação das Nações Unidas, refletindo a realpolitik do sistema bipolar."

    A ONU não foi organizada refletindo a realpolitik do sistema bipolar.


ID
86800
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Nas últimas décadas do século XX e até a crise financeira
de 1977, o leste asiático foi o espaço mais dinâmico da economia
capitalista, aumentando de forma geométrica sua participação na
riqueza mundial. Naquela região do mundo, entretanto, a maior
parte dos Estados nasceu no século XX, sobre bases territoriais,
sociais e culturais milenares.

Na Europa, a unificação é, sem dúvida, o fenômeno
contemporâneo que mais instiga o imaginário e estimula a crença
no fim dos Estados nacionais. Afinal, foi ali que eles nasceram,
nos séculos XV e XVI, junto com a própria idéia de soberania,
mas não há nada que corrobore essa crença, no processo de
unificação européia, porque ninguém ali está se propondo
dissolver em uma globalidade abstrata e cosmopolita. Se há
algum lugar no mundo - além da dramática decomposição de
alguns quase-países africanos - onde se pode falar de Estados
fracos ou fragilizados pelo processo de globalização financeira é
no território dos chamados mercados emergentes, em particular
na América Latina.

José Luís Fiori. 60 lições dos 90: uma década de liberalismo.
Rio de Janeiro: Record, 2001, p. 39-40 (com adaptações).

A partir da análise contida no texto acima e também considerando
os múltiplos aspectos da ordem política e econômica do mundo
contemporâneo, julgue os itens seguintes.

O último parágrafo do texto permite supor que o autor acredita que o modelo de inserção internacional praticado por vários países latino-americanos, a partir das duas décadas finais do século XX, tenha exposto suas economias a uma situação de acentuada vulnerabilidade externa, por desregulá-las e abrir suas fronteiras sem os indispensáveis mecanismos de proteção.

Alternativas
Comentários
  • Acho que não sei ler. Quem explica a questão...
  • Marquei falso por acreditar que o trecho final do item, "por desregulá-las e abrir suas fronteiras sem os indispensáveis mecanismos de proteção", extrapola o raciocínio do autor do texto. Maaaaaas, considerando que não é uma questão de Português, faz sentido marcar verdadeiro.

  • No trecho “Se há algum lugar no mundo onde se pode falar de estados fracos ou fragilizados pelo processo de globalização financeira é em particular na América Latina”, explica-se que a "globalização financeira" foi a causa do enfraquecimento/fragilização de países emergentes, em particular os da América Latina. E a globalização financeira enfraqueceu/fragilizou tais países justamente por ter "exposto suas economias a uma situação de acentuada vulnerabilidade externa, por desregulá-las e abrir suas fronteiras sem os indispensáveis mecanismos de proteção". 

  • Veja bem, essa questão é de 2003 e o autor publicou o referido texto em 2001. O comando da questão pede para analisarmos confome o texto e o conjuntura atual - MAS daquela época. E na primeira década do séc. XXI, as pessoas e provavelmente os "especialistas" achavam que o protecionismo era necessário sob o pretexto de proteger as indústrias nacionais.

     


ID
86803
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Nas últimas décadas do século XX e até a crise financeira
de 1977, o leste asiático foi o espaço mais dinâmico da economia
capitalista, aumentando de forma geométrica sua participação na
riqueza mundial. Naquela região do mundo, entretanto, a maior
parte dos Estados nasceu no século XX, sobre bases territoriais,
sociais e culturais milenares.

Na Europa, a unificação é, sem dúvida, o fenômeno
contemporâneo que mais instiga o imaginário e estimula a crença
no fim dos Estados nacionais. Afinal, foi ali que eles nasceram,
nos séculos XV e XVI, junto com a própria idéia de soberania,
mas não há nada que corrobore essa crença, no processo de
unificação européia, porque ninguém ali está se propondo
dissolver em uma globalidade abstrata e cosmopolita. Se há
algum lugar no mundo - além da dramática decomposição de
alguns quase-países africanos - onde se pode falar de Estados
fracos ou fragilizados pelo processo de globalização financeira é
no território dos chamados mercados emergentes, em particular
na América Latina.

José Luís Fiori. 60 lições dos 90: uma década de liberalismo.
Rio de Janeiro: Record, 2001, p. 39-40 (com adaptações).

A partir da análise contida no texto acima e também considerando
os múltiplos aspectos da ordem política e econômica do mundo
contemporâneo, julgue os itens seguintes.

No Cone Sul, o processo de integração que levaria ao Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) teve sua origem na aproximação argentino-brasileira, em meados da década de 80 do século XX, conduzida pelos presidentes Raúl Alfonsín e José Sarney. Naquela conjuntura de crise econômica, ambos os Estados viviam os primeiros passos da experiência de recomposição da democracia após cerca de duas décadas de regime autoritário, sob o comando de militares.

Alternativas
Comentários
  • Essa questao deveria ter sido anulada. A Argentina nao teve cerca de duas decadas de regime militar. Tanto é verdade que Peron foi eleito na decada de 1970, tendo sido Isabelita derrubada em 1976. 
  • No entanto, a Argentina teve regime militar também nos anos 1960. O período 1973-76 foi apenas um interregno democrático entre dois períodos militares (a ditadura militar anterior foi de 1966 a 1973, isso sem contar as instabilidades e golpes desde o derrocamento de Frondizi, em 1962), que juntos. Ou seja, embora não contínuos, os anos de regime autocrático na Argentina duraram cerca de duas décadas também. Portanto, tudo certo com a questão.
  • O embrião do  MERCOSUL foi a Declaração de Iguaçu, assinado em 1985 entre Brasil e Argentina.

    Declaração do Iguaçu

    Declaração do Iguaçu foi um tratado celebrado em 30 de novembro de 1985[1] em Foz do Iguaçu, Brasil, pelos presidentes de Argentina e Brasil, respectivamente, Raúl Alfonsín e José Sarney, com o qual se lançou a ideia da integração econômica e política do Cone Sul. Ambos os países acabavam de sair de um período ditadorial e enfrentavam a necessidade de reorientar suas economias.


ID
86818
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Em contraste com a crise do multilateralismo dos anos 80,
a última década do século XX constituiu um período de intensa
mobilização dos foros diplomáticos parlamentares, fosse para
enfrentar ameaças iminentes e localizadas à paz, fosse para
apontar soluções para problemas de longo prazo que se vinham
agravando no mundo desde o início da Idade Moderna. Uma das
vertentes dessa mobilização, de escopo amplo e caráter
não-imediatista, foi impulsionado pelo fortalecimento das
sociedades civis e produziu uma série de grandes conferências
sob os auspícios da Organização das Nações Unidas (ONU) no
campo social. Com características inéditas, essas conferências
multilaterais legitimaram a presença na agenda internacional dos
temas globais, antes reputadas matérias da alçada exclusiva das
jurisdições nacionais.

Em 1990, os temas globais ainda eram chamados de novos
temas na agenda internacional. A expressão se aplicava a algumas
questões que não eram novas, mas vinham recebendo atenção
renovada desde o início da distensão Leste-Oeste, na segunda
metade dos anos 80, como o controle de armamentos, o
narcotráfico, o meio ambiente e os direitos humanos. Envolvia,
por outro lado, assuntos de definição imprecisa, como a
democracia e o terrorismo, ou de natureza polêmica, como a
prestação de auxílio humanitário externo às vítimas de conflitos
civis contra a vontade do governo dominante.

José Augusto Lindgren Alves. Relações Internacionais e temas sociais: a
década das conferências. Brasília: IBRI, 2001, p. 31 e 43 (com adaptações).

Tendo como referência inicial o texto anterior, de José Augusto
Lindgren Alves, e levando em conta as novas configurações do
cenário mundial, julgue os itens que se seguem.

De 1948, quando foi aprovada a Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU, aos dias de hoje, a política exterior do Brasil portou-se de forma distinta em relação ao tema. À época do regime militar, assumiu posições defensivas e isolacionistas nos foros multilaterais. Com a redemocratização, o país avança e, ao lado de outras medidas, adere às convenções internacionais contra as distintas formas de discriminação e de tortura, além das que salvaguardam os direitos da criança e do refugiado.

Alternativas
Comentários
  • Quais foram as posições isolacionistas do Brasil nos foros multilaterais? Desconheço.
  • CORRETA.

    O Sr. PZS tem razão em questionar sobre uma postura isolacionistas nos foros multilaterais pois esta afirmação fica bem subjetiva. Um exemplo seria uma participação não relevante - tímida - na Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (I UNCTAD em 1964). Além disso, o Brasil somente ficou como observador do Movimento dos Não Alinhados

    No período de redemocratização, no gov. Sarney foi realizado Adesão à Convenção contra Tortura e iniciado a ratificação dos PActos de Direitos Humanos da ONU. A Convenção sobre Direitos da Criança (NY)
  • Questão correta. No que se refere à questão da tortura e aos direitos humanos, a postura do Brasil foi isolacionista durante o regime  militar por razões óbvias.

  • Achei a questão tão bonita que marquei CERTO!! 

  • É a partir de 1968 (II U n c t ad ) q u e o Brasil passou a expressar apoio mais denso aos foros multilaterais, movido pela convicção de ser essa atitude o " meio de neutralizar ou reduzir o considerável p o d er de coerção das superpotências e grandes poderes nas relações internacionais", como assinalou Antonio Augusto Cançado Trindade. Já para Clodoaldo Bueno, a continuidade seria o elemento definidor da política multilateral brasileira, a expressar o reconhecido grau de profissionalismo do Itamaraty. Para ele, a diplomacia brasileira teve tradicionalmente na ONU uma participação constante e cooperativa, fazendo do tema do desenvolvimento uma de suas preocupações centrais.
     

  • CERTO.

     

    (i) "À época do regime militar, assumiu posições defensivas e isolacionistas nos foros multilaterais." Afirmação correta, pois em certos momentos o Brasil adotou essa postura (Cateslo Branco e o alinhamento e a bipolaridade mundial).

     

    (ii) "Com a redemocratização [o país] adere às convenções internacionais contra as distintas formas de discriminação e de tortura, além das que salvaguardam os direitos da criança e do refugiado." Afirmativa também correta, durante o regime militar prevalacia a tortura e a politica ditatorial. Só com a redemocratização isso acabou.

  • Postura isolacionista durante o período militar quando da não adesão aos pactos internacionais sobre direitos civis e políticos e sobre direitos econômicos, sociais e culturais (restrições a liberdades civis e cassação de direitos políticos, Castelo Branco). Instrução para participação de "natureza técnica" na conferência interamericana de direitos humanos, sem comprometer-se a aderir àquele instrumento.

  • "De 1948, quando foi aprovada a Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU, aos dias de hoje, a política exterior do Brasil portou-se de forma distinta em relação ao tema. À época do regime militar, assumiu posições defensivas e isolacionistas nos foros multilaterais. Com a redemocratização, o país avança e, ao lado de outras medidas, adere às convenções internacionais contra as distintas formas de discriminação e de tortura, além das que salvaguardam os direitos da criança e do refugiado."

    Ressalvado o gabarito oficial, julgo o item errado. O Brasil aderiu à Convenção de Genebra sobre o Estatuto dos Refugiados em 1960 e a Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial em 1968. Em ambos os casos (discriminação e refugiados), a adesão do país se deu em período anterior ao aludido no enunciado (redemocratização: décadas de 1980 e 90).


ID
86821
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Em contraste com a crise do multilateralismo dos anos 80,
a última década do século XX constituiu um período de intensa
mobilização dos foros diplomáticos parlamentares, fosse para
enfrentar ameaças iminentes e localizadas à paz, fosse para
apontar soluções para problemas de longo prazo que se vinham
agravando no mundo desde o início da Idade Moderna. Uma das
vertentes dessa mobilização, de escopo amplo e caráter
não-imediatista, foi impulsionado pelo fortalecimento das
sociedades civis e produziu uma série de grandes conferências
sob os auspícios da Organização das Nações Unidas (ONU) no
campo social. Com características inéditas, essas conferências
multilaterais legitimaram a presença na agenda internacional dos
temas globais, antes reputadas matérias da alçada exclusiva das
jurisdições nacionais.

Em 1990, os temas globais ainda eram chamados de novos
temas na agenda internacional. A expressão se aplicava a algumas
questões que não eram novas, mas vinham recebendo atenção
renovada desde o início da distensão Leste-Oeste, na segunda
metade dos anos 80, como o controle de armamentos, o
narcotráfico, o meio ambiente e os direitos humanos. Envolvia,
por outro lado, assuntos de definição imprecisa, como a
democracia e o terrorismo, ou de natureza polêmica, como a
prestação de auxílio humanitário externo às vítimas de conflitos
civis contra a vontade do governo dominante.

José Augusto Lindgren Alves. Relações Internacionais e temas sociais: a
década das conferências. Brasília: IBRI, 2001, p. 31 e 43 (com adaptações).

Tendo como referência inicial o texto anterior, de José Augusto
Lindgren Alves, e levando em conta as novas configurações do
cenário mundial, julgue os itens que se seguem.

Em aparente rota de colisão com a Carta de 1988, reconhecidamente voltada para a defesa dos direitos e das garantias individuais e coletivas, o Estado brasileiro tomou duas atitudes que foram alvo de protestos no país e no exterior. A primeira, menos de um ano após a promulgação da nova Constituição, foi não reconhecer a jurisdição da Corte Interamericana de Direitos Humanos relativamente a atos praticados por brasileiros. A segunda, mais recente, foi a extinção da Secretaria de Estado de Direitos Humanos.

Alternativas
Comentários
  • Isto ta muito desatualizado, mas deve ter acontecido mesmo, mas não recentemente.
  • Olá, pessoal!

    O gabarito foi corrigido para "E"

    Bons estudos!
  • Incorreta.
    Brasil ratificou a Convenção Interamericana de Direitos Humanos em 1992 e reconheceu a competência da Corte Interamericana em 1998   A Secretaria de Estado de Direitos Humanos foi criada em 1977 dentro do Ministério da Justiça, foi alçada ao status de ministério em 2003. Em 2010 recebeu o nome de: Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR)

ID
86824
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A adesão da China à Organização Mundial do Comércio
(OMC) em 2001 consolida a crescente abertura do país de maior
população do mundo. Tal fato foi marcado por vários anos de
difíceis negociações com os principais parceiros internacionais,
EUA e União Européia, com os quais teve que concluir prévios
acordos sobre as modalidades concretas da mútua abertura das
economias. Foi celebrada, portanto, mesmo que de maneira
superficial, como uma forma de triunfo final da economia de
mercado. Os pragmáticos chineses parecem nutrir a idéia básica
que permitiu no passado os êxitos do Japão e dos tigres asiáticos:
integrar-se ao mundo ainda dominado pelo Ocidente de maneira
dinâmica, mas prudente, negociada e não imposta, sem deixar-se
dominar.

Viktor Sukup. A China frente à globalização: desafios e oportunidades. In: Revista
Brasileira de Política Internacional. Brasília, ano 45, n.o 2, 2002, p. 82 (com adaptações).

Julgue os itens subseqüentes, com relação ao tema focalizado no
texto acima.

A atual experiência de abertura posta em prática pela China teve seu início na década de 80 do século passado e, nos seus aspectos essenciais, está calcada na tentativa de reformas da extinta União Soviética, sob o comando de Gorbachev. Em ambos os casos, o ritmo de flexibilização política do regime, provavelmente por sua celeridade, interpôs obstáculos ao crescimento da economia, o que, no caso soviético, foi fatal e abreviou a existência do socialismo real.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: ERRADO

    A atual experiência de abertura posta em prática pela China teve seu início na década de 80 do século passado e, nos seus aspectos essenciais, está calcada na tentativa de reformas da extinta União Soviética, sob o comando de Gorbachev. Em ambos os casos, o ritmo de flexibilização política do regime, provavelmente por sua celeridade, interpôs obstáculos ao crescimento da economia, o que, no caso soviético, foi fatal e abreviou a existência do socialismo real.

    A China foi o Estado que mais cresceu economicamente nos últimos tempos.

  • Não houve flexibilização política do regime chinês.


ID
86827
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A adesão da China à Organização Mundial do Comércio
(OMC) em 2001 consolida a crescente abertura do país de maior
população do mundo. Tal fato foi marcado por vários anos de
difíceis negociações com os principais parceiros internacionais,
EUA e União Européia, com os quais teve que concluir prévios
acordos sobre as modalidades concretas da mútua abertura das
economias. Foi celebrada, portanto, mesmo que de maneira
superficial, como uma forma de triunfo final da economia de
mercado. Os pragmáticos chineses parecem nutrir a idéia básica
que permitiu no passado os êxitos do Japão e dos tigres asiáticos:
integrar-se ao mundo ainda dominado pelo Ocidente de maneira
dinâmica, mas prudente, negociada e não imposta, sem deixar-se
dominar.

Viktor Sukup. A China frente à globalização: desafios e oportunidades. In: Revista
Brasileira de Política Internacional. Brasília, ano 45, n.o 2, 2002, p. 82 (com adaptações).

Julgue os itens subseqüentes, com relação ao tema focalizado no
texto acima.

Embora gigantesca, a população chinesa apresenta uma bem reduzida capacidade de consumo, devido à diminuta média salarial. Entrar na OMC, depois de exaustivas negociações que redundaram no tratamento preferencial ao país, que pôde praticamente manter cerradas suas fronteiras aos produtos estrangeiros, foi a saída perseguida pela China para escoar sua produção pelos mercados mundiais.

Alternativas
Comentários
  • De fato a média salarial chinesa ainda é bastante reduzida, apesar do vigoroso crescimento que esta vem experimentando nos últimos 30 anos. No entanto, isso não faz com que a população chinesa, em conjunto, apresente capacidade de consumo reduzida, pelo contrário: apresenta sim uma capacidade de consumo alta e crescente, uma decorrência da própria dimensão da população – com seus mais de 1 bilhão de habitantes – e do ritmo de crescimento de sua economia – com média acima dos 10% ao ano.


    A China também não obteve “tratamento preferencial” ao entrar para a OMC, pelo contrário: teve de formular acordos prévios com alguns países que temiam a concorrência chinesa.


    Outro ponto incorreto é a afirmação de que a China manteve suas “fronteiras cerradas aos produtos estrangeiros”. Basta conhecer a importância das importações chinesas de soja e minério de ferro para as exportações brasileiras para perceber esse defeito no item.

  • BATATA PODRE: "que pôde manter praticamente cerradas suas fronteiras aos produtos estrangeiros"
  • Daniel Gonçalves, mais conhecido como "BATATA PODRE"

  • Só complementando: A China é hoje (2022) o maior exportador do mundo e o segundo maior importador, atrás apenas dos EUA.


ID
86836
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A adesão da China à Organização Mundial do Comércio
(OMC) em 2001 consolida a crescente abertura do país de maior
população do mundo. Tal fato foi marcado por vários anos de
difíceis negociações com os principais parceiros internacionais,
EUA e União Européia, com os quais teve que concluir prévios
acordos sobre as modalidades concretas da mútua abertura das
economias. Foi celebrada, portanto, mesmo que de maneira
superficial, como uma forma de triunfo final da economia de
mercado. Os pragmáticos chineses parecem nutrir a idéia básica
que permitiu no passado os êxitos do Japão e dos tigres asiáticos:
integrar-se ao mundo ainda dominado pelo Ocidente de maneira
dinâmica, mas prudente, negociada e não imposta, sem deixar-se
dominar.

Viktor Sukup. A China frente à globalização: desafios e oportunidades. In: Revista
Brasileira de Política Internacional. Brasília, ano 45, n.o 2, 2002, p. 82 (com adaptações).

Julgue os itens subseqüentes, com relação ao tema focalizado no
texto acima.

O Brasil teve destacada atuação na última grande reunião da OMC, realizada em Cancún, no México. Para muitos, ao chegar ao fim de seus trabalhos, tendo cumprido a extensa agenda previamente acertada, a reunião de Cancún, em vez de ter sido o fracasso que alguns apregoaram, foi plenamente proveitosa por ter levado às últimas conseqüências o debate em torno dos subsídios agrícolas que os países mais ricos teimam em continuar praticando.

Alternativas
Comentários
  • Questão bem simples, um relativo conhecimento sobre atualidades seria suficiente para respondê-la. Ademais: "...ter levado às últimas conseqüências o debate..." a reunião foi um fracasso...
  • CASCA DE BANANA: "ter levado às últimas consequências o debate"
  • ERRADO.

    Nesta 5ª Ministerial houve grande discussões acerca das áreas-chve tais como; comércio de serviços e subsídios à exportações de produtos agrícolas (PAC da UE). Na ocasião, o Brasil articula o G20 COMERCIAL  que é composto por países periférios que busca a democratização das negociações agrícolas. Agora é um grupo mais robusto contra o denominado QUAD (UE, Japão, EUA, Canadá).

  • "ter levado até as últimas consequências" quase uma chamada de Sessão da Tarde


ID
86839
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O Estado desenvolvimentista, de características tradicionais,
reforça o aspecto nacional e autônomo da política exterior. Trata-se do
Estado empresário que arrasta a sociedade no caminho do
desenvolvimento nacional mediante a superação de dependências
econômicas estruturais e a autonomia de segurança. O Estado normal,
invenção latino-americana dos anos noventa, foi assim denominado pelo
expoente da comunidade epistêmica argentina, Domingo Cavallo, em
1991, quando era ministro das Relações Exteriores do governo de
Menem. Aspiram a ser normais os governos latino-americanos que se
instalaram em 1989-90 na Argentina, Brasil, Peru, Venezuela, México
e outros países menores. O terceiro é o paradigma do Estado logístico,
que fortalece o núcleo nacional, transferindo à sociedade
responsabilidades empreendedoras e ajudando-a a operar no exterior,
de modo a equilibrar os benefícios da interdependência mediante um
tipo de inserção madura no mundo globalizado.

Amado Luiz Cervo. Relações internacionais do Brasil: um balanço da era Cardoso.
In: Revista Brasileira de Política Internacional, ano 45, n.o. 1, 2002, p. 6-7 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a
abrangência do tema nele focalizado, julgue os itens seguintes.

Da Era Vargas ao fim do regime militar, o paradigma do Estado desenvolvimentista foi a tônica da política externa brasileira, ainda que tenha havido variações em sua execução ao longo desse período. Esse "Estado empresário", como o classifica o autor do texto, deixou marcas profundas na construção da moderna indústria de base do país, a exemplo, entre tantos, da Companhia Siderúrgica Nacional, da Companhia Vale do Rio Doce, da PETROBRAS, de hidrelétricas, de rodovias, da ELETROBRAS, da EMBRAER e da EMBRATEL, muitas das quais privatizadas no passado recente.

Alternativas
Comentários
  • Correta!

    Muitos são os exemplos de presidentes com esse perfil desenvolvimentista, entre os anos 30 e 85: Vargas e a formação da indústria de base; JK e o plano de metas "50 anos em 5"; Médici e o milagre econômico...todos com foco no crescimento do país por meio da suficiência industrial.

  • Corretíssima

    Período de Getúlio Vargas

    Companhia Siderúrgica Nacional em Volta Redonda onde  Brasil recebeu 20 milhões de USD dos EUA. 1941. Companhia  Vale do Rio Doce, que herda a rica jazida de ferro de Itabira  em 1942. Plano Nacional do Carvão (1951) Petrobrás (1951), monopólio estatal em 1953 Eletrobrás - Plano Nacional de Eletrificação, porém só se concretizou em 1962 no Governo de Jânio Goulart Juscelino Kubitschek Companhia de Furnas (1957) Rodobrás (1958)

ID
86842
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O Estado desenvolvimentista, de características tradicionais,
reforça o aspecto nacional e autônomo da política exterior. Trata-se do
Estado empresário que arrasta a sociedade no caminho do
desenvolvimento nacional mediante a superação de dependências
econômicas estruturais e a autonomia de segurança. O Estado normal,
invenção latino-americana dos anos noventa, foi assim denominado pelo
expoente da comunidade epistêmica argentina, Domingo Cavallo, em
1991, quando era ministro das Relações Exteriores do governo de
Menem. Aspiram a ser normais os governos latino-americanos que se
instalaram em 1989-90 na Argentina, Brasil, Peru, Venezuela, México
e outros países menores. O terceiro é o paradigma do Estado logístico,
que fortalece o núcleo nacional, transferindo à sociedade
responsabilidades empreendedoras e ajudando-a a operar no exterior,
de modo a equilibrar os benefícios da interdependência mediante um
tipo de inserção madura no mundo globalizado.

Amado Luiz Cervo. Relações internacionais do Brasil: um balanço da era Cardoso.
In: Revista Brasileira de Política Internacional, ano 45, n.o. 1, 2002, p. 6-7 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a
abrangência do tema nele focalizado, julgue os itens seguintes.

Um caso típico de clara identificação entre política interna e política externa, na história republicana do Brasil, foi o ocorrido na Era Vargas. O projeto de modernização do país buscou na política exterior importante ponto de apoio, tanto na tentativa de equilíbrio em face de Berlim e Washington com vistas à obtenção de vantagens, quanto na negociação com os EUA, que culminou na entrada do país na Segunda Guerra Mundial.

Alternativas
Comentários
  • A questão apresenta fatos bastantes conhecidos;apenas na frase seguinte, entre vírgulas, existe motivo para a dúvida:", tanto na tentativa de equilíbrio em face de Berlim e Washington com vistas à obtenção de vantagens, ". Sendo apenas uma questão semântica. Típica questão CESPE,jogando com a tensão originada pela prova e a expectativa, da Banca, de que o candidato perca tempo precioso na sua resolução.
  • O Trecho entre vírgulas observado pelo colega  pode ser compreendido pela chamada política de equidistância pragmática.
  • O governo Vargas de 1930-1945 pode ser dividido em 2 momentos:
     

     equidistância pragmática: Brasil mantém relações pragmáticas com os EUA e com a Alemanha. alinhamento negociado: Brasil alinha-se aos EUA em troca de concessões.

ID
86845
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O Estado desenvolvimentista, de características tradicionais,
reforça o aspecto nacional e autônomo da política exterior. Trata-se do
Estado empresário que arrasta a sociedade no caminho do
desenvolvimento nacional mediante a superação de dependências
econômicas estruturais e a autonomia de segurança. O Estado normal,
invenção latino-americana dos anos noventa, foi assim denominado pelo
expoente da comunidade epistêmica argentina, Domingo Cavallo, em
1991, quando era ministro das Relações Exteriores do governo de
Menem. Aspiram a ser normais os governos latino-americanos que se
instalaram em 1989-90 na Argentina, Brasil, Peru, Venezuela, México
e outros países menores. O terceiro é o paradigma do Estado logístico,
que fortalece o núcleo nacional, transferindo à sociedade
responsabilidades empreendedoras e ajudando-a a operar no exterior,
de modo a equilibrar os benefícios da interdependência mediante um
tipo de inserção madura no mundo globalizado.

Amado Luiz Cervo. Relações internacionais do Brasil: um balanço da era Cardoso.
In: Revista Brasileira de Política Internacional, ano 45, n.o. 1, 2002, p. 6-7 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a
abrangência do tema nele focalizado, julgue os itens seguintes.

Descompasso entre as políticas externa e interna, conquanto não seja a norma, pode ocorrer. No Brasil da primeira metade da década de 60 do século passado, enquanto a Política Externa Independente cumpria um papel inovador, propugnando por uma ordem internacional menos assimétrica e francamente anticolonial, no campo interno, o Estado assumia posições cada vez mais inflexíveis na defesa da ordem estabelecida e refratário a qualquer política reformista.

Alternativas
Comentários
  • A política externa independente (PEI) tem seu auge nos governos Quadros e Goulart. Durante este último, ela foi contemporânea de um contexto político interno reformista representado principalmente pelas chamadas Reformas de Base.


    O referido Estado que “assumia posições cada vez mais inflexíveis na defesa da ordem estabelecida e refratário a qualquer política reformista” vem com a ascensão dos militares ao poder em 1964, o que se refletiu em um abandono temporário dos princípios da PEI e na adoção de posição de alinhamento para com os EUA que marcaram a política exterior de Castelo Branco.


    Princípios da PEI foram sendo gradualmente resgatados a partir do governo Costa e Silva.

  • Também há erro em dizer francamante anticolonial, já que isso não passava de uma retórica em seu início. 
  • Política Externa Independente é a política do período JAN-JAN (Jânio Quadros e Jango).  Houve intensas alterações da ordem interna estabelecida, como o período de parlamentarismo, a retomada do presidencialismo e mesmo o golpe militar.

    Além disso - e ainda mais evidente - o governo Jango era extremamente reformista internamente, bastaria lembrarmos das suas propostas de base, reforma agrária, etc.




  • Discordo  do gabarito com um trecho do HPEB (Cervo e Bueno)

    página 349

    "A administração Jânio Quadros assumia duplo caráter, cujos elementos eram aparentemente conflitantes. No plano interno, a ortodoxia adotada para estabilizar a economia, bem como outras medidas administrativas, eram de natureza conservadora. No externo, por tudo que foi exporsto até qui, a administração mostrava-se avançada, o que agradava às esquerdas e aos nacionalistas"

  • Gabarito: ERRADO

    Complementando o que o Prof. Borges disse... 

    Durante a PEI, o Brasil não era francamente anticolonialista (ex.: caso das colônias portuguesas). Além disso, o Estado não assumia posições cada vez mais inflexíveis na defesa da ordem estabelecida e refratário a qualquer política reformista, ao contrário, João Goulart, por exemplo, tentou implementar as reformas de base e o governo era tão reformista e tão pró-social que houve o golpe de 1964. 

     

  • Muita coisa aconteceu na primeira metade da década dos anos 1960. Difícil caracterizar uma única tendência no período inteiro, mas ok...

ID
92197
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
BRB
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Em seu quarto pronunciamento após o atentado frustrado
da Al-Qaeda a um avião americano no Natal, o presidente dos
Estados Unidos da América (EUA), Barack Obama, lançou a linha
mestra para a reforma do sistema de inteligência americano, que
incluirá a revisão dos processos de concessão de visto para os EUA
e maior cooperação com outros países para reforçar a revista de
passageiros no exterior. Os temores de novos ataques terroristas
contra aviões comerciais racharam os 27 países da União Europeia
(UE). A proposta de adotar nos aeroportos novos aparelhos de
scanner capazes de penetrar no tecido das roupas e visualizar o
corpo dos passageiros foi rechaçada pela Bélgica.

O Globo, 6/1/2010, p. 29 (com adaptações

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando as
múltiplas implicações do tema por ele tratado, julgue os itens
seguintes.

A UE é considerada a mais avançada experiência de bloco econômico na atualidade, resultante de um esforço que atravessou décadas, iniciado nos anos que se seguiram ao fim da Segunda Guerra Mundial.

Alternativas
Comentários
  • A UE começou a ganhar uma realidade concreta a partir do discurso de Winston Churchill (1946) e Schuman – ministro das relações exteriores em 1950. Este último recebeu aceitação de Konrad Adenauer chanceler da Alemanha.A iniciativa franco-alemã juntaram a Itália e países do Benelux, se instituiu a Comunidade Européia do Carvão e do Aço (Ceca) em 1951.
  • .Correto. Iniciado pouco após o final da Segunda Guerra Mundial, com a instituição da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço – CECA, da Comunidade Econômica Europeia – CEE, e da Agência Europeia de Energia Atômica – EURATOM, o processo de integração que resultou na União Europeia mostrou-se o mais bem sucedido da atualidade, sendo base para o progresso e desenvolvimento de seus Estados-Membros. Como características distintivas do bloco, podem ser citadas a existência de uma moeda única, o Euro, e a delegação dos Estados-Membros à comunidade de competências envolvendo certas áreas econômicas sensíveis.

ID
92200
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
BRB
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Em seu quarto pronunciamento após o atentado frustrado
da Al-Qaeda a um avião americano no Natal, o presidente dos
Estados Unidos da América (EUA), Barack Obama, lançou a linha
mestra para a reforma do sistema de inteligência americano, que
incluirá a revisão dos processos de concessão de visto para os EUA
e maior cooperação com outros países para reforçar a revista de
passageiros no exterior. Os temores de novos ataques terroristas
contra aviões comerciais racharam os 27 países da União Europeia
(UE). A proposta de adotar nos aeroportos novos aparelhos de
scanner capazes de penetrar no tecido das roupas e visualizar o
corpo dos passageiros foi rechaçada pela Bélgica.

O Globo, 6/1/2010, p. 29 (com adaptações

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando as
múltiplas implicações do tema por ele tratado, julgue os itens
seguintes.

O êxito da UE deve-se ao consenso obtido pelos integrantes do bloco em agir de modo uniforme e unânime em áreas vitais como política externa, legislação sobre imigrações e fixação de tributos diversos.

Alternativas
Comentários
  • Quanto a politica externa temos, basicamente, dois eixos de atuação ; o continentalista e o atlanticista. No primeiro é ênfase maiior é dada às relsações intraeuropeias, o segundo às relacoes com Washington. Países como a frança,por exemplo, praticam uma política continentalista, a Inglaterra até recentemente praticou o atlanticismo,
  • . O sucesso da União Europeia depende, dentre outros aspectos, da integração e uniformização das legislações nacionais. Entretanto, a fixação de tributos e a legislação sobre imigrações não são áreas regulamentadas pela União, sendo mantidas as competências nacionais.
  • GABARITO: ERRADO

     

    O próprio artigo do jornal O Globo, usado como referência para a afirmativa, dava algumas dicas de que não existe unanimidade no Bloco:

    "Os temores de novos ataques terroristas
    contra aviões comerciais racharam os 27 países da União Europeia"

    "A proposta de adotar nos aeroportos novos aparelhos de
    scanner capazes de penetrar no tecido das roupas e visualizar o
    corpo dos passageiros foi rechaçada pela Bélgica"

     

    Bons Estudos!!


ID
92899
Banca
ACEP
Órgão
BNB
Ano
2004
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O Governo brasileiro vem tratando com especial interesse a intensificação das relações comerciais com a China. Identifique e marque a alternativa com características que NÃO dizem respeito à economia da China:

Alternativas
Comentários
  • Na verdade um dos pilares da competitividade chinesa no mercado internacional são os baixos salários.
  • Gab A. Baixo salário e mão de obra mais barata ainda!


ID
99946
Banca
FCC
Órgão
DPE-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Brasil e Bolívia, em dezembro deste ano, chegaram a um acordo para aumentar a receita boliviana com a exportação de gás natural. No início das negociações, os bolivianos exigiam um reajuste de US$ 4,20 para US$ 5 por milhão de BTU importado pelo Brasil. Porém, esse aumento era considerado, pelos negociadores brasileiros, pouco factível e sem base técnica e econômica. Contudo, a Bolívia queria de qualquer forma aumentar a receita com a exportação de gás.

(Adaptado de http://ueba.com.br/forum/index.php?showtopic=85030) A solução encontrada pelos dois países foi

Alternativas

ID
100054
Banca
FCC
Órgão
DPE-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Brasil e Bolívia, em dezembro deste ano, chegaram a um acordo para aumentar a receita boliviana com a expor- tação de gás natural. No início das negociações, os bo- livianos exigiam um reajuste de US$ 4,20 para US$ 5 por milhão de BTU importado pelo Brasil. Porém, esse au- mento era considerado, pelos negociadores brasileiros, pouco factível e sem base técnica e econômica. Contudo, a Bolívia queria de qualquer forma aumentar a receita com a exportação de gás.
(Adaptado de http://ueba.com.br/forum/index.php?showtopic=85030)

A solução encontrada pelos dois países foi

Alternativas
Comentários
  • Questão para psicólogo da Defensoria Pública? 

    Então tô doido...

  • atualidades kkkk


ID
102991
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Em maio de 2008, foi realizada, em Brasília, a Reunião
Extraordinária de Cúpula de Chefes de Estado e de Governo que
resultou na criação da União de Nações Sul-Americanas
(UNASUL). Sobre esse tema, julgue C ou E.

Constitui meta da UNASUL gerar condições políticas propícias para que os países sul-americanos atuem de forma uníssona em foros multilaterais, tais como a Assembléia-Geral, o Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) e a Organização Mundial do Comércio (OMC).

Alternativas
Comentários
  • Incorreta pelo fato do Conselho de Segurança da ONU. Já há o grupo G4 que é Alemanha, Japão, Brasil e India que é exclusivamente para reforma do CSNU. O United for Consensus que são países regiões aos supracitados são contra ao tipo de reforma que estes sugerem.
  • Inclusive a Argentina não apoioa a candidatura do Brasil a membro permanente do Conselho de Segurança.
  • Não entendi... O fato de BRA e ARG não compartilharem atualmente a mesma posição em relação ao CS não quer dizer que não seja meta da UNASUL criar condições políticas para que isso, futuramente, aconteça. Alguém poderia explicar melhor???
    Um abraço a todos!
  • Apenas como complemento:  o "United for Consensus", também conhecido como "Unidos pelo Consenso" e "Coffee Club" é formado pelos seguintes países (oponentes à candidatura do G-4):
    Argentina (em oposição direta ao Brasil);
    Coréia do Sul (em oposição ao Japão);
    Espanha (opondo-se à candidatura da Alemanha);
    Paquistão (à candidatura da Indía);
    e Itália (também contra a Alemanha).
  • a minha opiniao sobre a questao é que o csnu nao e foro multilateral que reuna condicoes para que os membros da unasul possam harmonizar opinioes. nenhum é parte do p5 , o brasil é membro não permanente. tal foro contrasta com os outros dois citados - omc e agnu - que reunem condicoes para uma conceeretacao

  • Não há meta nesse sentido e com esse nível de especificidade; há, sim, o objetivo de fortalecimento do diálogo político entre os Estados Membros  que assegure um espaço de concertação para reforçar a integração sul-americana e a participação da UNASUL no cenário internacional.
  • Critério de Curiosidade. 

    A promulgação do Tratado de Constitutivo da UNASUL só ocorreu, recentemente, em 11 de janeiro de 2012.
    • N° 7.667, de 11 de janeiro de 2012, que promulga o Tratado Constitutivo da União de Nações Sul-Americanas, firmado em Brasília, em 23 de maio de 2008.

  • TRATADO CONSTITUTIVO DA UNASUL
    A República Argentina, a República da Bolívia, a República Federativa do Brasil, a República do Chile, a República da Colômbia, a República do Equador, a República Cooperativista da Guiana, a República do Paraguai, a República do Peru, a República do Suriname, a República Oriental do Uruguai e a República Bolivariana da Venezuela,
     
    PREÂMBULO
    APOIADAS na história compartilhada e solidária de nossas nações, multiétnicas, plurilíngües e multiculturais, que lutaram pela emancipação e unidade sul-americanas, honrando o pensamento daqueles que forjaram nossa independência e liberdade em favor dessa união e da construção de um futuro comum;
     
    INSPIRADAS nas Declarações de Cusco (8 de dezembro de 2004), Brasília (30 de setembro de 2005) e Cochabamba (9 de dezembro de 2006);
     
    AFIRMANDO sua determinação de construir uma identidade e cidadania sul-americanas e desenvolver um espaço regional integrado no âmbito político, econômico, social, cultural, ambiental, energético e de infra-estrutura, para contribuir para o fortalecimento da unidade da América Latina e Caribe;
     
    CONVENCIDAS de que a integração e a união sulamericanas são necessárias para avançar rumo ao desenvolvimento sustentável e o bem-estar de nossos povos, assim como para contribuir para resolver os problemas que ainda afetam a região, como a pobreza, a exclusão e a desigualdade social persistentes;  
     
    SEGURAS de que a integração é um passo decisivo rumo ao fortalecimento do multilateralismo e à vigência do direito nas relações internacionais para alcançar um mundo multipolar, equilibrado e justo no qual prevaleça a igualdade soberana dos Estados e uma cultura de paz em um mundo livre de armas nucleares e de destruição em massa;
     
    RATIFICANDO que ... continue lendo  
    http://araoalves.blogspot.com.br/2012/07/tratado-constitutivo-da-unasul.html
  • Gabarito: errado.

    Temos que pensar na diversidade entre os países da UNASUL e nas divergências políticas, sociais e econômicas entre eles.

    Não há possibilidade de países com opiniões políticas e econômicas tão distintas, como a Venezuela e o Brasil, sustentarem a mesma bandeira em foros multilaterais. Não há convergência neste sentido, de modo que é impossível afirmar que "atuar de forma uníssona em foros multilaterais" seja objetivo da UNASUL.


ID
103006
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca da atual crise econômica internacional, julgue C ou E.

Apesar de discordar da resistência de países ricos em realizar reformas nos organismos multilaterais, como o FMI e o Banco Mundial, o Brasil comprou títulos emitidos pelo Fundo em 2009.

Alternativas
Comentários
  • Complementando: O Brasil tem apresentado propostas para reformas nos organismos multilaterais, inclusive não podemos esquecer da formação do G4 que demonstra que tais  organizações fundadas no  pós 2º guerra estão anacrônicas.

  • Brasil quitou a dívida com o FMI em 2005.

    Frase emblemática do ex-Presidente Lula que mostrou o grande otimismo brasileiro na época.

    "Você não acha chique emprestar dinheiro ao FMI" ?   http://www.youtube.com/watch?v=mc1bwA7aNac

     A partir de 1:45
  • Questão complicada para responder fora de seu contexto.

    A reforma foi feita em abril de 2010 (a prova é de fevereiro de 2010), portanto não há mais resistência de países ricos em realizá-las. A reforma, no entanto, apenas foi implementada em 2016, após o Congresso americano aprovar, no final de 2015, o rearranjo das cotas do FMI.

     

  • Aos não assinantes,

    GABARITO: CERTO


ID
103012
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A respeito de temas importantes para o Brasil no que se refere a
relações internacionais, julgue C ou E.

A reunião de Cúpula dos Países da América Latina e do Caribe (CALC), ocorrida em Salvador em dezembro de 2008, foi a primeira reunião de mandatários de toda a América Latina e Caribe sem o envolvimento de atores extrarregionais.

Alternativas
Comentários
  • Atenção!!!! Foram 33 participantes da região. O erro da questão está no lugar do encontro. Foi na Bahia, mas não foi em Salvador.

  • Costa do Sauipe, não foi??
  • Foi em Salvador sim, que por sinal fica na BAHIA!

    "Termina neste domingo (30) o credenciamento para os profissionais de imprensa interessados em cobrir a Cúpula de Salvador/Costa do Sauípe, que acontecerá nos dias 16 e 17 de dezembro de 2008. O credenciamento pode ser feito nos sites www.comunicacao.ba.gov.br e www.mre.gov.br.

    O evento contará com a participação de 33 chefes de Estado, que irão discutir a Integração e o Desete:nvolvimento e os diversos problemas comuns entre esses países. A Cúpula da América Latina e do Caribe (CALC) é um evento inédito. Pela primeira vez, governantes da América Latina e do Caribe se reúnem para discutir as crises econômica, energética, alimentar e climática.

    Além da CALC, acontecerão reuniões das Cúpulas do Mercosul, Unasul e uma reunião extraordinária do Grupo do Rio."

    fonte:

    http://www.comunicacao.ba.gov.br/noticias/2008/11/26/credenciamento-para-calc-termina-neste-domingo

  • Não foi em Salvador, foi em Costa do Sauipe/BA. E é exatamente esse o erro da questão.
  • A I CALC, também conhecida como Cúpula do Sauipe, com todos os chefes de Estados da América Latina e do Caribe (33), sem interferência dos Estados Unidos e Canadá. Momento histórico porque foi a primeira vez que as nações latinas-americanas e caribenhas se reuniram em torno de uma agenda própria. O erro da questão está em afirmar que ocorreu em Salvador, embora essa cúpula tenha emitido a Declaração de Salvador.
  • Só para esclarecer: essa questão foi divulgada originalmente com o gabarito correto. No entanto, devido à imprecisão da assertiva no que concerne ao local da conferência (Salvador, ao invés de Costa do Sauípe), o CESPE resolveu pela alteração do gabarito.

    O erro, como já afirmaram os colegas acima, é apenas esse.
  • A título de curiosidade, a primeira reunião com todos mandatários, porém só da América do Sul, foi a Cúpula Sul-Americana em 2000 ocorrido em Brasília (ela gerou  a IIRSA). 
  • A confusão da CESPE ao formular a questão foi a seguinte:

    A CALC realizou-se na Costa do Sauípe, e no final foi emitido a Declaração de Salvador. Ao mesmo tempo, na própria declaração, cita de errônea que a reunião foi em Salvador.

    Declaração de Salvador, Bahia
    Os Chefes de Estado e de Governo dos países da América Latina e do Caribe, conscientes do significado histórico destaprimeira Cúpula para a unidade da região, reuniram-se em Salvador, Bahia,Brasil, nos dias 16 e 17 de dezembro de 2008, com o propósito de aprofundar a integração regional e estabelecer compromissos efetivos de ação conjunt a para a promoção do desenvolvimento sustentável de seus povos. "

    http://www.itamaraty.gov.br/temas/america-do-sul-e-integracao-regional/calc/calc-declaracao-de-salvador

    Já no texto do Itamaraty acerca da CALC já há correção do local

    "Com vistas a fortalecer as relações entre os países da região, o Brasil propôs, em 2008, a realização da I Cúpula da América Latina e do Caribe sobre Integração e Desenvolvimento (CALC), na Costa do Sauípe, Bahia"

    http://www.itamaraty.gov.br/temas/america-do-sul-e-integracao-regional/calc

ID
103015
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A respeito de temas importantes para o Brasil no que se refere a
relações internacionais, julgue C ou E.

Firmado no início da década de 90 do século XX, o Acordo 4+1, ou Acordo do Jardim de Rosas, representa o primeiro compromisso entre os EUA e os países do MERCOSUL, que participaram das negociações individualmente, e não como um bloco.

Alternativas
Comentários
  • Foi estabelecido nas Américas um novo relacionamento econômico com a criação de uma zona de livre comércio do Alasca à Patagônia conhecido como Iniciativa para as Américas, apresentada pelo presidente George Bush em junho de 1990. E nesse sentido que foi firmado, em junho de 1991, o acordo conhecido como Jardim das Rosas, entre os Estados Unidos e os países integrantes do Mercosul. Pela primeira vez na história das relações comerciais interamericanas, os Estados Unidos se dispuseram a firmar acordo com um órgão multilateral latino-americano. Foi criado nessa oportunidade um Conselho Consultivo sobre Comércio e Investimentos, objetivando aumentar o grau de abertura dos mercados entre os signatários e incrementar os fluxos de comércio e investimentos.

  • Acordo 4+1 (1991) (Acordo do Jardim das Rosas). Acordo de comércio e investimentos entre Mercosul e EUA.
  • Na verdade o presidente era o Bush pai. Apesar de promissor, o Acordo 4+1 foi ofuscado e praticamente deixado de lado devido à criação do NAFTA.
  • "Sem resultados práticos palpáveis, o Acordo 4+1 (o chamado Acordo do Jardim das Rosas) foi importante sobretudo por demonstrar que os quatro países estavam realmente determinados em prosseguir com o seu próprio processo de integração e liberalização e, de forma até surpreendente, à luz do histórico de desunião entre latino-americanos em face dos Estados Unidos, a atuarem disciplinadamente como um bloco, pelo menos enquanto se discutiam conceitos gerais."

    http://www2.mre.gov.br/missoes_paz/port/capitulo10.html
  • Justificativa para a alteração do gabarito da questão:

    Questão: 28

    Item: item 3 (caderno A), item 2 (caderno B)

    Parecer: ALTERAR de C para E

    Justificativa: a participação dos países no Acordo do Jardim de Rosas se deu em bloco, e não de forma individual, conforme afirma o item.
  • O Acordo 4+1 (ou Jardim de Rosas), de fato, foi o primeiro compromisso entre os EUA e os países do MERCOSUL. Muito mais do que isso, foi o primeiro acordo realizado pelos EUA com um órgão multilateral americano. Portanto, o erro da questão está em afirmar que o acordo foi realizado individualmente pelos países.
  • Eu havia marcado certo, mas entendo que seja errado pois as NEGOCIAÇÕES ocorrerem como um bloco. Já a ASSINATURA só pode ter sido feita pelos estados individualmente, pois o Mercosul só passa a ter personalidade jurídica de Direito Internacional Público em 1994, com o Protocolo de Ouro Preto.
  • Acordo 4+1: objetivo é ampliar o comércio entre as duas partes e acelerar a negociação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca)

  • Após a constituição do Mercosul, o fato de Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai apresentarem posições conjuntas diante de outros países ou organizações é razoavelmente inédito. A coordenação de ações produziu resultados, como se verificou no tocante à posição do bloco perante a Iniciativa para as Américas, inicialmente proposta pelo presidente George Bush em junho de 1990. Naquela ocasião, o Acordo 4+1, ou Acordo do Jardim das Rosas assentou o princípio de que o bloco regional negociaria como tal diante dos Estados Unidos. A partir de 1994, com o Protocolo de Ouro Preto, estrutura-se a União Alfandegária entre os países do Mercosul, fato que traz a obrigatoriedade legal de posições conjuntas entre os países-membros em negociações comerciais internacionais.


ID
103018
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A respeito de temas importantes para o Brasil no que se refere a
relações internacionais, julgue C ou E.

O Brasil e outros países em desenvolvimento pleiteiam ocupar um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. A esse respeito, há, entre os países, amplo consenso de que os candidatos naturais a representantes da América Latina, África e Ásia são, respectivamente, Brasil, Nigéria, Japão e Índia.

Alternativas
Comentários
  • O G-4 (grupo de países que apresentou uma proposta comum de reforma do CSNU) é composto por: BRASIL, ÍNDIA, JAPÃO e ALEMANHA.

    O projeto de resolução apresentado pelo Grupo à Assembléia Geral da ONU no último dia 11 de julho propõe a expansão do Conselho de Segurança de quinze para 25 membros, com a inclusão de seis novos membros permanentes (dois da África, dois da Ásia, um da América Latina e do Caribe e outro da Europa Ocidental e outros) e quatro não-permanentes (um para a África, um para a Ásia, um para a América Latina e Caribe e um para a Europa Oriental). Os entendimentos mantidos no final de julho com países africanos indicaram que a inclusão de um assento não-permanente adicional, a ser ocupado alternadamente pelas regiões do mundo em desenvolvimento, permitiria alcançar a maioria necessária. A visão básica dos africanos, que fizeram grandes esforços para buscar uma posição regional, apresentava muitos pontos em comum com a proposta do G-4, tornando possível a busca de tal convergência. 

    Fonte: Artigo do Embaixador Celso Amorim, Ministro das Relações Exteriores, publicado na "Revista Política Externa", vol. 14


    * O G-4 foi formado em 2004 e a referida proposta foi apresentada em 2005.
  • Quanto a um possível assento no CSONU destinado a uma nação latino-americana, Argentina e México concorrem com o Brasil.
  • Não há amplo consenso. Muito oelo contrário, na África, por exemplo, Egito e Tunísia já se manifestaram interesse na vaga, assim como a África do Sul. De outro norte, o G4 (Brasil, Índia, Alemanha e Japão) pleiteia a criação de 6 novas vagas, sem contudo adentrar na questão do veto por falta de consenso. Dentro do BRICS também há divergência, tanto pela posição ambígua da China, quanto pela África do Sul que ainda não assumiu de fato seu interesse, temendo divergências os demais candidatos africanos.
  • ERRADA.

    Em relação ao candidato da África, pelo documento Consenso de Ezulwini (União Africana) reivindica ao menos dois assenstos permanentes com direito a veto no CSNU, cujo ocupantes deverão ser escolhidos pela própria UA.

ID
103033
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O Brasil considera prioritários a estabilidade política e o
fortalecimento institucional da integração na América do Sul.
Acerca desse assunto, julgue C ou E.

Após a aprovação, pelo Senado Federal, em dezembro de 2009, do protocolo de adesão da Venezuela ao MERCOSUL, resta apenas a ratificação por parte do Paraguai para que o processo de incorporação daquele país à União Aduaneira seja concluído, ratificação essa que tende a ser facilitada pelo fato de o Paraguai fazer parte da chamada aliança bolivariana, dado o perfil político de esquerda do Presidente Fernando Lugo.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    A Aliança Bolivariana é composta pelos seguintes países (num total de 08):

     - Venezuela - Cuba - Bolívia - Nicarágua - Dominica - Equador - Antigua e Barbuda - São Vicente e Granadinas.

    Portanto, a resposta está errada, o Paraguai não faz parte dessa Aliança.

  • Além de o Paraguai não fazer parte da Aliança Bolivariana, a ratificação é dificultada por conta de o Paraguai usar isso como instrumento de barganha perantes os demais membros do MERCOSUL. Lugo foi o primeiro presidente de esquerda do Paraguai.
  • Interessante reler esta questão em 2019 depois de ter visto os acontecimentos envolvendo o Paraguai e a Venezuela no MERCOSUL. As relações internacionais realmente são muito dinâmicas.


ID
103036
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O Brasil considera prioritários a estabilidade política e o
fortalecimento institucional da integração na América do Sul.
Acerca desse assunto, julgue C ou E.

O Estado Plurinacional da Bolívia, novo nome oficial da Bolívia, constitui o reconhecimento do pluralismo étnico no país e da necessidade de sua afirmação por meio de políticas públicas em matérias como educação e saúde, resultado da valorização do patrimônio cultural tradicional indígena, uma das prioridades do governo do presidente boliviano Evo Morales.

Alternativas
Comentários
  • Aos não assinantes,

    GABARITO: CERTO

  • Entenda os pontos polêmicos da nova Constituição da Bolívia:

     

    Mais de 80 dos 411 artigos da nova Constituição proposta pelo governo tratam da questão indígena no país.

    Pelo texto, os 36 "povos originários" (aqueles que viviam na Bolívia antes da chegada dos europeus), passam a ter participação ampla efetiva em todos os níveis do poder estatal e na economia.

    Se a nova Carta for aprovada, a Bolívia passará a ter uma cota para parlamentares oriundos de povos indígenas, que também passarão a ter propriedade exclusiva sobre os recursos florestais e direitos sobre a terra e os recursos hídricos de suas comunidades.

    ...

    Divisão territorial

    O texto constitucional que passará pelo referendo também muda o mapa político da Bolívia.

    Embora a atual Constituição do país já estabeleça níveis de descentralização política, o novo texto prevê a divisão em quatro níveis de autonomia: o departamental (equivalente aos Estados brasileiros), o regional, o municipal e o indígena.

    Pelo projeto, cada uma dessas regiões autônomas poderia promover eleições diretas de seus governantes e administrar seus recursos econômicos.

     

    FONTE: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2009/01/090123_bolivia_entenda_const_tc2

  •  Em cumprimento ao estabelecido pela Constituição, deverá ser utilizada em todos os atos públicos e privados, nas relações diplomáticas internacionais, assim como a correspondência oficial a nível nacional e internacional, a denominação Estado Plurinacional de Bolivia, a partir de 18 de março de 2009.


ID
103039
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O Brasil considera prioritários a estabilidade política e o
fortalecimento institucional da integração na América do Sul.
Acerca desse assunto, julgue C ou E.

A polêmica questão da instalação de bases norte-americanas na Colômbia tem sido discutida em reuniões do MERCOSUL, instância regional de escopo não apenas econômico-comercial, mas também estratégico-militar.

Alternativas
Comentários
  • Foi aprovada pela  UNASUL a criação do Conselho Sul-Americano de Defesa,  para tratar de questões estratégico-militares que digam respeito à segurança na região. Além das bases militares estadunidenses na Colômbia, vinculadas ao combate ao narcotráfico, há também a questão da reativação da Quarta Frota da Marinha dos Estados Unnidos no Oceano Atlântico.

  • Colômbia não faz parte do MERCOSUL, motivo pelo qual não faria sentido tais discussões, tendo em vista a existência da UNASUL, que é composta pelos 12 países sul-americanos e tem se revelado um instrumento útil para a solução de controvérsias regionais. ALém disso, o MERCOSUL tem caráter predominantemente comercial. 

    A UNASUL, por meio da decisão de Bariloche se manifestou sobre a questão das bases militares na Colômbia.
  • A Cúpula da UNASUL realizada em agosto de 2009 em QUITO foi palco acerca do acordo firmado entre COL e EUA. A Venezuela propôs a expulsão da Colômbia da UNASUL.
  • GABARITO: ERRADO

    O MERCOSUL não abrange o escopo estratégico-militar. A UNASUL é que tem um conselho de Defesa

  • Encontrei um artigo sobre a Unasul que cita este acontecimento:

    "Já em julho de 2009, temos o aumento da tensão entre Colômbia e Venezuela após o anúncio da cooperação militar colombiana com os EUA através do uso privilegiado de sete bases militares para fins de combate a guerrilha e narcotráfico. Deu-se em seguida uma escalada de acusações entre o governo Uribe e Chavéz que leva o último a tirar os embaixadores venezuelanos de Bogotá. Uma vez mais o Conselho Sul-Americano de Defesa entrou em cena como apaziguador das tensões que leva o restabelecimento das relações entre os vizinhos em 2010 já durante o governo do mandatário colombiano Juan Manuel Santos ."

    Fonte: https://redepcecs.com/2018/05/02/a-crise-da-unasul-e-seus-impactos-no-seu-historico-de-promotor-da-paz-regional/

     

  • Cuidado com o comentário do PZS. A Colômbia é Estado Associado do Mercosul.

    https://www.mercosur.int/pt-br/quem-somos/paises-do-mercosul/


ID
103042
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O Brasil considera prioritários a estabilidade política e o
fortalecimento institucional da integração na América do Sul.
Acerca desse assunto, julgue C ou E.

Tradicionalmente, os peronistas são favoráveis à integração da Argentina com o Brasil, tema que constitui uma das prioridades de Estado na Argentina, mantendo sua continuidade apesar das diferenças de ênfase e de estilo dos governos de Carlos Menem, Eduardo Duhalde, Néstor Kirchner e Cristina Kirchner, presidentes que se incluem na tradição peronista.

Alternativas
Comentários
  • O Movimento Nacional Justicialista, também conhecido como Peronismo, é o movimento político argentino criado e liderado a partir do pensamento de Juan Domingo Perón, militar e estadista argentino, presidente daquele país, eleito em 1946, 1951 e 1973.

    Em 1951, Perón, então presidente da Argentina, tenta reeditar o Pacto ABC (Argentina, Brasil e Chile). Tal tentativa foi frustrada por desinteresse brasileiro, além de ter gerado desconfianças no Brasil, que suspeitava das tendências expansionistas e proselitistas de Perón. No entanto, continuou como um dos fundamentos do peronismo a busca de uma integração Brasil-Argentina.

    Durante os períodos democráticos, o peronismo esteve fora da presidência na Argentina apenas em raras ocasiões. Uma delas foi a eleição de De la Rúa em 1999, que representa uma derrota do peronismo. No entanto, os quatro presidentes citados no item (Carlos Menem, Eduardo Duhalde, Néstor Kirchner e Cristina Kirchner) fazem parte da tradição política peronista.

  • Sim, Menem foi Justicialista.
  • Menn, Duhalde, e os Kirchners são peronistas e, por isso, são a favor da integração Brasil e Argentina.
  • Questão realmente complicada. Realmente cada um tem um esilo. Mas o Menem, apesar de neoliberal, assinou junto com o Collor (outro neoliberal) o Tratado de Assunção, que originouo Mercosul. E realmente, o PJ, ou partido peronista argentino é um tanto contraditório (lembra muito nossso PMDB, muito grande e com muitas correntes e contradições).
  • Adicionalmente, o período militar argentino não favoreceu a aproximação para com o governo militar brasileiro.  Videla, Viola e Galtieri baseava na lógica do jogo de soma zero. 
    • 1946-1952:
    • 1952-1955:
    • 1973:
    • 1973-1974:
    • 1974-1976:
    • 1989-1995:
    • 1995-1999:
    • 2002-2003:
    • 2003-2007:
    • 2007-2011:
    • 2011-2015:
    • 2019-atualmente:

    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Peronismo#Presid%C3%AAncias_do_peronismo


ID
103060
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com referência à política externa brasileira, julgue C ou E.

A Política Externa Independente foi idealizada pelo Presidente Juscelino Kubitschek, que enfatizou a autonomia da diplomacia do Brasil ao romper relações com o FMI.

Alternativas
Comentários
  • Não nos esqueçamos de Clementino San Tiago Dantas!!

  • Mas no governo de Juscelino ele rompeu com o FMI, pq o FMI queria uma desaceleração da economia.
  • A PEI foi instituída no Governo Jânio Quadros, contudo é preciso ficar claro que ela se apresentava muito mais como uma intenção, um discurso. A PEI só veio atingir sua maior capacidade de ação e implementação no governo Geisel, na metade da década de 70.
  • Os ensaios para a PEI começaram no segundo mandato de Vargas e no governo de JK.

     

    Seu surgimento de fato ocorreu no governo de Janio (1961) e continuada por Goulart (1961/1964).

     

    No governo de Castelo Branco (1964/67) voltou-se às relações bilaterais (alinhamento automático) com os EUA.

     

    1969/74, no governos de Costa e Silva e Médice ressurge a PEI

     

    No governo de Geisel (1974/79) a PEI atinge seu auge. Pragmatismo responsável.

  • A principal contribuição de JK com a Política Externa Brasileira foi o lançamento da Operação Pan-Americana (OPA) em 1958 em carta enviada ao presidente estadunidense Dwight Eisenhower. Muitos autores consideram a OPA como uma "ante-sala" da PEI. (MELLO e SILVA, 1992)

  • JK de fato rompe relações com o FMI em 1959, retomando-as em 1960, após visita do presidente norte-americano Dwight Eisenhower. O rompimento se deu pelo fato de o fundo internacional ter imposto uma série de medidas de austeridade fiscal à liberação de um empréstimo solicitado por JK, o que inviabilizaria seu Plano de Metas e, em especial, Brasília. Ainda que a OPA tenha tido alguma importância em projetar o Brasil como player importante no continente, não dá pra dizer que JK apresentou uma PEB autônoma como a PEI de Jânio e Jango. Nem mesmo a continuidade da autonomia da PEB durante o período militar se compara ao grau de independência da PEI, nem mesmo no pragmatismo ecumênico e responsável de Geisel. A PEI vai de 61 a 64 e só.

  • Errado.

    A expressão Política Externa Independente (PEI) surge em artigo publicado, na revista Foreign Policy, por Jânio Quadros, que enfatizava o não alinhamento às potências da Guerra Fria, a autonomia da política externa brasileira, a autodeterminação dos povos e o desenvolvimento dos países do sul. Consoante José Humberto Brito Cruz, a PEI teria uma fase voluntarista, sob Arinos, uma fase institucionalizada, sob San Tiago Dantas, e uma face moderada,sob Hermes Lima e Araújo de Castro. No que concerna à política

    externa de Juscelino Kubitschek, Amado Cervo e Clodoaldo Bueno nomeiam-na “rumo à política externa contemporânea”, demarcando-a no fulcro de um alinhamento e de um desenvolvimento associado.

    fonte : 7000 questões do cespe

  • o Presidente Juscelino Kubitschek que também era cirurgião ,ele pegou muito foi dinheiro com FM, para construir Brasília, é o que ele dizia 50 anos em 5.


ID
103063
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com referência à política externa brasileira, julgue C ou E.

O Brasil tem-se notabilizado, cada vez mais, como prestador de cooperação técnica, que passou a ser direcionada, sobretudo, para os países do Oriente Médio, em respeito aos compromissos assumidos na Cúpula América do Sul - Países Árabes.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    - a Cúpula América do Sul-Países Árabes (ASPA) foi proposta pelo Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva em 2003 e criada formalmente em maio de 2005.

    Objetivos:

    · promover maior aproximação, confiança, diálogo político, entendimento e cooperação entre os Estados-Membros;

     - explorar as potencialidades de cooperação técnica;

    · articular posições comuns sobre questões políticas e econômicas de relevância mundial, com vistas ao trabalho conjunto em diferentes foros internacionais, em prol dos interesses mútuos.

  • Errada. A cooperação técnica é sobretudo (geralmente, principalmente, na maior parte das vezes, mormente) no continente Africano. O fundo IBAS investe ativamente nestes projetos.
  • O erro da questão está na afirmação de a cooperação técnica se dá sobretudo para os países ao Oriente Médio. Isto não é verdade, pois esta cooperação ocorre muito mais com os paises Africanos ou, até mesmo, asiáticos. Importante ressaltar que Ao propor a criação do Mecanismo, o Presidente Lula tinha por objetivo aproximar os líderes políticos das duas regiões, desenvolvendo no âmbito da ASPA tanto ações de coordenação política quanto de cooperação técnica e cultural.


ID
103066
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com referência à política externa brasileira, julgue C ou E.

O Brasil tem como política reconhecer como terrorista qualquer organização que seja assim considerada por países com os quais o Brasil mantém relações diplomáticas.

Alternativas
Comentários
  • O Brasil só reconhece como organização terrorista se uma Organização Internacional em que o Brasil faz parte e está vinculada as suas decisões o faz também. Ex: CSNU pelas várias resoluções, como a resolução 1455 (2003). Veja o texto...

    "Underlining the obligation placed upon all Member States to implement, in full, resolution 1373 (2001), including with regard to any member of the Taliban and the Al-Qaida organization, and any individuals, groups, undertakings and entities associated with the Taliban and the Al-Qaida organization, who have participated in the financing, planning, facilitating and preparation or perpetration of terrorist acts or in supporting terrorist acts, as well as to facilitate the implementation of counter terrorism obligations in accordance with relevant Security Council resolutions,"
  • isso seria, inclusive, inviável, já que o terrorista de um é o freedom fighter de outro... o Brasil tradicionalmente adota a lista da ONU - leia-se CSNU - de organizações terroristas

  • Errado.

    O reconhecimento de grupos terroristas pelo Brasil é decisão discricionária do Executivo, não havendo alinhamento automático no que diz respeito ao terrorismo com os Estados com os quais o Brasil mantém relações diplomáticas.

    fonte : 7000 questões do cespe

  • O reconhecimento de grupos terroristas pelo Brasil é decisão discricionária do Poder Executivo.


ID
103069
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com base em razões históricas conhecidas, pode-se dizer que o
perfil diplomático brasileiro apresenta características próprias.
Entre essas características, inclui-se

legitimidade do aparelho de Estado na condução da política externa.

Alternativas
Comentários
  • Aparelho de GOVERNO deixaria a questão errada. Diplomacia feita pelo Estado brasileiro.
  • a PEB é política de Estado, assim como a de defesa

  • Certo.

    A condução da política externa brasileira pauta-se pelo respeito aos princípios democráticos e à legitimidade do aparelho de Estado resguardado pelo princípio da soberania popular.

    fonte :: 7000 questões do cespe


ID
103072
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com base em razões históricas conhecidas, pode-se dizer que o
perfil diplomático brasileiro apresenta características próprias.
Entre essas características, inclui-se

desconfiança precoce dos foros multilaterais, demonstrada pela retirada da Liga das Nações em 1926.

Alternativas
Comentários
  • O Assunto da questão é tratado na "bíblia vermelha" - Amadeu Cervo - Historia da Política Externa - pp 224-225

  • A retirada da LdN se deu por questões políticas do governo de Arthur Bernardes, em flagrante descompasso com a representação brasileira junto ao órgão do embaixador Afrânio de Melo Franco. Arthur pressionou além da medida o órgão por um assento permanente no Conselho - verdadeira obsessão do presidente e de seu chanceler, Félix Pacheco (e que parece continuar sendo objetivo cego do Brasil até os dias de hoje, em especial durante a recente chancelaria de Celso Amorim) -, alegando ser o único representante político das Américas na Liga após a saída dos EUA da organização... após o ingresso da Alemanha na LdN e sua imediata escolha para assento permanente, o Brasil veta o ingresso do país, é ignorado, sai batendo a porta a fim de evitar mais humilhações... contudo, seguiu participando financeiramente e comparecendo a eventos da organização

  • Aos não assinantes,

    GABARITO: ERRADO

  • ERRADO

    O fato do Brasil ter se retirado da Liga das Nações não se deve a uma característica própria nacional relacionada à desconfiança precoce dos foros multilaterais. Ao contrário, o país possui uma forte tradição de aposta no multilateralismo e nas Organizações Internacionais.

    Sobre a saída do Brasil da Liga, vale lembrar que o Brasil foi um dos membros fundadores da Liga em 1919. Como bem observou o Ministro Eugênio Vargas Garcia em seu artigo Retirada do Brasil da Liga das Nações, "as origens da questão remontam à Conferência da Paz de Paris, que levou à assinatura do Tratado de Versalhes. O chefe da delegação brasileira, o então senador pela Paraíba Epitácio Pessoa, participou da comissão encarregada de redigir o texto do Pacto da Liga, aprovado por decisão unânime da Conferência. Com o apoio decisivo do presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson, o Brasil foi designado pelo artigo 4 do Pacto como um dos membros não permanentes do Conselho, juntamente com Bélgica, Espanha e Grécia, aos quais deveriam somar-se as principais potências aliadas e associadas (EUA, Grã-Bretanha, França, Itália e Japão) como membros permanentes."

    Como os EUA no final não aderiram à Liga, o Brasil acabou ficando como único representante das Américas na organização, fato este que o motivou a pleitear com o passar dos anos um assento permanente no conselho. Como a colega Renata comentou, o presidente Arthur Bernardes transformou este pleito em meta, apesar da rejeição das potências europeias de ceder à pressão brasileira, considerando outros pleitos de países como Polônia e Espanha.

    Eugênio Vargas Garcia ressalta que os assuntos discutidos na Liga eram de pouco interesse para o Brasil. Mesmo assim, a saída do país da Liga não seria bem vista. Porém a governo brasileiro não parecia estar muito interessado em manter-se como Membro não permanente, especialmente depois do anúncio da assinatura dos acordos de Locarno em 1925, "que buscavam reintegrar a Alemanha no conjunto europeu e, ao mesmo tempo, fortalecer o sistema da Liga das Nações com o ingresso alemão no Conselho como membro permanente".

    Em 1926, comunicando que vetaria a entrada da Alemanha no conselho (um dos problemas vistos na Liga era justamente a necessidade de unanimidade entre os membros permanentes e não permanentes nas decisões do Conselho), a Liga, com seus membros permanentes visivelmente irritados com a obstrução brasileira, buscou eleger novos membros não permanentes e retirar o assento do Brasil naquele ano. Não necessitou, o Brasil solicitou sua saída sob a alegação de que a Liga havia abandonados seus ideais americanos iniciais.

    O tema é bem interessante, e vale a pena ler o artigo citado, que apresenta mais detalhes deste importante episódio de nossa política externa.

  • Errado.

    O Brasil tem apreço pelos foros multilaterais desde o surgimento desses. Exemplo notório é a participação de Rui Barbosa na II Conferência de Haia, em 1907, na qual o Brasil defendeu o principio de igualdade soberana dos Estados. A preferência por entidades multilaterais advém do caráter inclusivo dessas instituições, o que garante representativa extraordinária e, portanto, legitimidade maior às decisões tomadas. Membro fundador da Ligas das Nações, o desligamento do Brasil, em 1926, é exceção na longa tradição multilateralista do Brasil. O arrefecimento da participação nos foros multilaterais, nos anos 1920, está mais vinculado à preferência pela busca de alternativas ao poder dos Estados centrais do que ao menoscabo pelo conceito de multilateralismo;

    fonte : 7000 questões do cespe


ID
103075
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com base em razões históricas conhecidas, pode-se dizer que o
perfil diplomático brasileiro apresenta características próprias.
Entre essas características, inclui-se

tendência à hegemonia mais do que à cooperação, à luz da experiência histórica.

Alternativas
Comentários
  • Em vários momentos fomos acusados disso, principalmente ao nos aproximarmos dos EUA no início do século XX, mas a cooperação sempre foi tônica na política externa brasileira.

  • Errado.

    O Brasil, consoante Gelson Fonseca Júnior, empenha a garantia de legitimidade internacional de seus pleitos e a coerência de suas ações. Para tanto, evita possuir excedentes de poder, na expressão do chanceler Ramiro Saraiva Guerreiro. O Brasil prefere a cooperação internacional e a inserção pacifica na ordem mundial.

    fonte : 7000 questões do cespe


ID
103078
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com base em razões históricas conhecidas, pode-se dizer que o
perfil diplomático brasileiro apresenta características próprias.
Entre essas características, inclui-se

continuidade em detrimento de eventuais rupturas, o que contribui para um perfil de estabilidade.

Alternativas
Comentários
  • Esses rompimentos só ocorreram, de forma mais acentuada, no Governo Dutra, Café Filho e Castelo Branco
  • alguem pode explicar melhor?

  • Definição característica do Amado Cervo no livro "História da Política Exterior do Brasil", quando fala do acumulado histórico da PEB, da prevalência da continuidade e da racionalidade da ação externa brasileira.  A PEB é uma verdadeira política de Estado, que segue alheia às mudanças internas governo e troca dos decision makers, procurando sempre o desenvolvimento econômico, o multilateralismo, e a não-intervenção.

  • Certo.

    A continuidade da política externa brasileira torna-a uma política de Estado, e não de governo. Garante, assim, confiabilidade no longo prazo, ressaltando seu legado histórico. Raros são os momentos de ruptura, como foi o caso da política externa de Castelo Branco, sob a chancelaria de Vasco Leitão da Cunha e Juracy Magalhães, que constituíram, na expressão de Amado Cervo e Clodoaldo Bueno, um passo fora da cadência na condução dos negócios externos. A regra, consoante os autores, seria a política externa de Quadros, de Goulart, de Costa e Silva, de Médici, de Geisel e de Figueiredo. A heterogeneidade desses governos evidencia a característica autônoma do Itamaraty, confirmando sua identificação a uma política permanente de Estado.

    fonte : 7000 questões do cespe


ID
160627
Banca
FCC
Órgão
TRE-AP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

No início do mês de novembro de 2005, a Cúpula das Américas reuniu os dirigentes de 34 países americanos em Mar Del Plata (Argentina). Na pauta do presidente George W. Bush, constou o apelo para que

Alternativas
Comentários
  • CORRETA LETRA B
  •  5.  Quinta Reunião de Cúpula das Américas – abril de 2009, Port of Spain, Trinidad e Tobago.A V Cúpula das Américas foi realizada em Port of Spain, Trinidad e Tobago, de 17 a 19 de abril de 2009, com o tema “Promoção da Prosperidade Humana, da Segurança Energética e da Sustentabilidade Ambiental”.

    • Os documentos finais do encontro foram a Declaração de Compromisso de Port of Spain e a Declaração do Presidente da V Cúpula.

    • Na ocasião, os Chefes de Estado e de Governo presentes trataram dos seguintes temas: prosperidade humana, segurança energética, sustentabilidade ambiental, governabilidade democrática e seguimento do processo de cúpulas.

      Tratou-se, ainda, da presente crise econômico-financeira e de seus impactos sociais, bem como das formas de garantir financiamento aos organismos internacionais de crédito, sobretudo o BID.

    • Em setembro de 2009, a Colômbia acedeu à Presidência do Processo de Cúpulas, assumindo as funções de organizar e sediar a próxima Cúpula das Américas. A VI Cúpula deverá ser realizada em Cartagena das Índias, em 2012.

  • 4.  Quarta Reunião de Cúpula das Américas – novembro de 2005, Mar del Plata, Argentina.

    • A 4ª Cúpula das Américas realizada em Mar del Plata, na Argentina, recolocou na pauta do continente a discussão sobre a criação da Alca (Área de Livre Comércio das Américas).

      A apresentação da Alca começou formalmente em dezembro de 1994, na Cúpula das Américas em Miami. Na ocasião, 34 países assinaram uma carta de intenções visando à criação de uma área de livre comércio que comportaria uma população de cerca de 830 milhões de habitantes e um PIB estimado em US$ 13 trilhões.

      Em abril de 2001, na Cúpula das Américas em Quebec (Canadá), ficou mantido o calendário original: negociações até o final de 2004, ratificação do acordo pelos parlamentos em 2005 e implantação a partir de 2006.

      Mas, na Cúpula de Miami em 2003, desentendimentos entre EUA e Brasil resultaram na aprovação de regras mais flexíveis para as futuras negociações. A nova versão da Alca autorizava cada país a negociar à parte acordos bilaterais sobre a liberalização de mercado.

      Frustrado o projeto de uma Alca que abarcasse a totalidade das nações do continente, a Casa Branca apostou suas fichas na criação de blocos regionais. Dessa estratégia surgiu o Acordo de Livre Comércio da América Central e República Dominicana (Cafta-RD). O novo bloco comercial que conta com a participação dos EUA, Costa Rica, El Salvador, Nicarágua, Honduras, Guatemala e República Dominicana entrará em vigor a partir de 2006.

      Brasil e Argentina defenderam na Cúpula das Américas de Mar Del Plata que é inoportuna a discussão sobre a Alca. Pelo visto, continuam convencidos de que a melhor alternativa é o fortalecimento do Mercosul.

  •  

    1. Primeira Reunião de Cúpula das Américas – dezembro de 1994, Miami, Estados Unidos da América.

      Marcou o início de uma nova era no Hemisfério, e a comunidade interamericana decidiu estabelecer encontros periódicos para discutir uma agenda comum. Um dos principais acordos foi reunir esforços para a criação da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA).

    • Cúpula Extraordinária: Cúpula das Américas para o Desenvolvimento Sustentável – dezembro de 1996,Santa Cruz de la Sierra, Bolívia.

      Dando prosseguimento aos temas discutidos durante a “Rio 92”, esse forum especializado definiu metas para o desenvolvimento sustentável, debatendo temas sociais, econômicos e referentes ao meio ambiente.

    1. Segunda Reunião de Cúpula das Américas – abril 1998, Santiago, Chile.

      Educação foi o tema central do evento, mas os líderes também definiram metas no que diz respeito ao fortalecimento da democracia, justiça e direitos humanos, promoção, integração e livre comércio, erradicação da pobreza e da discriminação.

    2. Terceira Reunião de Cúpula das Américas – abril de 2001, Quebec, Canadá.

      Um dos assuntos principais foi a criação da Carta Democrática Interamericana para o fortalecimento e proteção da democracia. A Carta Democrática foi adotada em 11 de setembro de 2001.

    • Cúpula Extraordinária: Reunião Especial de Cúpula das Américas – Janeiro de 2004, Monterrey. A Cúpula Interina foi convocada para a inclusão de novos líderes no processo, assim como para a definição de objetivos concretos em grandes grandes áreas: crescimento econômico para redução da pobreza, promoção do desenvolvimento social e fortalecimento dos governos democráticos.

  •  

    O Processo de Cúpulas inscreve-se no espírito de reuniões interamericanas inaugurado, ainda em fins do século XIX, com a realização da Primeira Conferência Internacional Americana, que levou ao Escritório Comercial das Repúblicas Americanas, e, posteriormente, da União Panamericana e da Organização dos Estados Americanos (OEA), em 1948.

    As profundas transformações políticas e econômicas ocorridas no mundo desde o fim da Segunda Grande Guerra tiveram reflexos importantes no diálogo interamericano. Após o fim da Guerra Fria, o Governo dos EUA propôs a realização, em Miami, em 1994, de reunião de Chefes de Estado e de Governo das Américas, com o objetivo de reorganizar as relações interamericanas, a partir da definição de nova agenda, com conteúdo e mecanismos adequados às novas condições do cenário mundial e regional.

    As Cúpulas das Américas reúnem, desde 1994, Chefes de Estado e de Governo dos países americanos para discutir temas de relevância para o continente, buscar a definição de políticas comuns para seu encaminhamento e delinear uma visão compartilhada para a região nas áreas econômica, social e política.

    Na Cúpula de Miami, foi definida a realização de reuniões periódicas, onde seriam definidas e atualizadas as orientações fundamentais de uma Agenda para as Américas, edificada com base em Planos de Ação a serem negociados a cada reunião.

  • Declaração oficial do Presidente Venezuelano em respeito a ALCA, após realizar atavismo atráves da Doutrina Monroe e Iniciativa para as Américas, proferiu  o destino que ela teria em seu discurso público em 2006 sobre a proposta ALCA:

    "Alca... Alca... Al Carajo"
    http://www.youtube.com/watch?v=Z8oT4BTGQTU

    Ou seja, demostrou que seu país não tem interesse na prosta que corrobara com a maioria dos países latino-americanos.

    Não podemos esquecer que a Cúpula das Américas permanece, a última foi a IV em Cartagena Colômbia. Mas a Cúpula não obteve consenso das Malvinas e Cuba. Equador (de Correa) e Nicarágua (de Noriega) não participaram. Além disso, no mesmo âmbito de insatisfação a Bolivia, Equador, Nicarágua e Venezuela denunciaram o TIAR. 

ID
226456
Banca
FCC
Órgão
AL-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Em 1989, no bojo do reaganismo e do tatcherismo, diversos economistas latino-americanos de perfil liberal, funcionários de agências financeiras internacionais e representantes do governo norte-americano reuniram-se em Washington para avaliar as reformas econômicas em curso na América Latina. As conclusões do encontro, resumidas em dez regras gerais, ficaram conhecidas como Consenso de Washington. Embora tivessem, em princípio, caráter acadêmico, as conclusões do Consenso converteram- se em receituário imposto por agências internacionais para concessão de créditos: os países que quisessem empréstimos do FMI, por exemplo, deveriam adequar suas economias às novas regras.

(Adaptado de João José Negrão. Para conhecer o Neoliberalismo. Publisher Brasil, 1998)

Indique a alternativa que expõe corretamente algumas das regras do Consenso de Washington:

Alternativas
Comentários
  • As dez regras básicas

    * Disciplina fiscal
    * Redução dos gastos públicos
    * Reforma tributária
    * Juros de mercado
    * Câmbio de mercado
    * Abertura comercial
    * Investimento estrangeiro direto, com eliminação de restrições
    * Privatização das estatais
    * Desregulamentação (afrouxamento das leis econômicas e trabalhistas)
    * Direito à propriedade intelectual
     

  • Comentário Adicional.

    Regras sugeridas exatamente para aumentar o Produto Nacional Bruto de empresas multinacionais com sede em países de desenvolvimento superior.


ID
234886
Banca
INSTITUTO CIDADES
Órgão
AGECOM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Pela primeira vez na história, uma copa do mundo de futebol será realizada no continente africano. Devido a esse fato, o continente mais "pobre" do planeta está ainda mais em evidência nos meios de comunicação do Brasil e do mundo. Há séculos explorada pelas potências mundiais, a África é o continente menos desenvolvido do mundo, apesar de possuir enormes riquezas minerais e energéticas, fato que contribui para justificar o uso das aspas no termo pobre citado neste enunciado. Acerca das relações atuais entre o Brasil e o continente africano, analise as afirmativas abaixo:

I. As várias viagens feitas pelo presidente Lula, à África, durante o seu mandato, reflete o crescente interesse brasileiro pelo continente africano.
II. O continente africano vem se tornando nos últimos anos um grande parceiro comercial do Brasil. A estimativa para o ano de 2010 é que as exportações brasileiras para aquele continente ultrapassem o recorde histórico do ano passado que foi de um bilhão de dólares.
III. Nigéria, África do Sul e Angola são considerados três dos países que concentram o maior volume de exportações brasileiras para o continente africano.

Podemos afirmar corretamente que:

Alternativas
Comentários
  • Correta alternativa B.

    Assertiva II está errada pois, na verdade, segundo a APEX (agência brasileira de exportações e investimentos), a corrente comercial foi de cerca de 17,2bi USD sendo que 8,7bi USD foi de exportações. Dados de 2009.

  • Atualizando

    Brasil exportou 12.212.624.157 no ano de 2012 para o Continente Africano (Exclusive Oriente Médio). Porém o Comércio é deficitário, com resultados de  -2.053.461.987

ID
234892
Banca
INSTITUTO CIDADES
Órgão
AGECOM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca dos quase oito anos de mandato do presidente Luís Inácio Lula da Silva no Brasil, assinale a única alternativa incorreta:

Alternativas
Comentários
  • O Brasil não faz parte da Aliança Bolivariana.

     

    Atualmente a ALBA-TCP é composta por oito países, sendo que quatro deles possuem governos de cunho socialista. Além de Venezuela, Cuba, Bolívia, aderiram ao bloco: Nicarágua, Dominica, Equador, Antigua e Barbuda e São Vicente e Granadinas.

     

    "é uma plataforma de cooperação internacional baseada na ideia da integração social, política e econômica entre os países da América Latina e do Caribe.

    Fortemente influênciada por doutrinas de esquerda, e ao contrário de acordos de comércio livre como a Área de Livre Comércio das Américas (ou ALCA, uma proposta de mercado comum para as Américas que foi defendida pelos Estados Unidos durante a década de 1990), a ALBA-TCP representa uma tentativa de integração económica regional que não se baseia essencialmente na liberalização comercial, mas em uma visão de bem-estar social, troca e de mútuo auxílio econômico. Os países membros da ALBA-TCP discutem a introdução de uma nova moeda regional, o SUCRE.[2] Em 24 de junho de 2009, o bloco foi rebatizado para Aliança Bolivariana para as Américas, em substituição ao Alternativa original."

     

     

    fonte: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Aliança_Bolivariana_para_os_Povos_da_Nossa_América

     


ID
258547
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MMA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Julgue os itens a seguir, que versam sobre cooperação técnica
internacional e cooperação financeira internacional.

No Brasil, a cooperação financeira internacional é coordenada pelo Ministério da Fazenda, e a cooperação técnica internacional é coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores.

Alternativas
Comentários
  • No Brasil, a cooperação financeira é supervisionada pela Secretaria de Assuntos Internacionais (SEAIN) do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP)
    No Brasil, a Cooperação Técnica é supervisionada pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
    Fonte: http://www.abc.gov.br/ct/diferencas.asp

ID
258556
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MMA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com relação à cooperação técnica internacional, julgue o próximo
item.

As diretrizes que norteiam a cooperação técnica prestada pelo Brasil incluem a preferência por projetos em que esteja claramente definida a contrapartida de recursos mobilizados pelo país parceiro.

Alternativas
Comentários
  • As diretrizes são:
    • priorizar programas de cooperação técnica que favoreçam a intensificação das relações do Brasil com seus parceiros em desenvolvimento, principalmente com os países de interesse prioritário para a política exterior brasileira;
    • apoiar projetos vinculados, sobretudo a programas e prioridades nacionais de desenvolvimento dos países recipiendários;
    • canalizar os esforços de CGPD para projetos de maior repercussão e âmbito de influência, com efeito multiplicador mais intenso;
    • privilegiar projetos com maior alcance de resultados;
    • apoiar, sempre que possível, projetos com contrapartida nacional e/ou com participação efetiva de instituições parceiras;
    • estabelecer parcerias preferencialmente com instituições genuinamente nacionais.

    Fonte: http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/cooperacao-internacional/cooperacao-tecnica/
     

ID
258559
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MMA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com relação à cooperação técnica internacional, julgue o próximo
item.

Como país emergente, o Brasil presta cooperação técnica internacional a países em desenvolvimento e não mais aceita receber cooperação técnica dos países denominados desenvolvidos.

Alternativas
Comentários
  • Há vários convênios com os países ditos desenvolvidos. Vide a última visita do Obama (Março 11) ao Brasil
  • Questão comédia kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk



ID
258562
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MMA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com relação à cooperação técnica internacional, julgue o próximo
item.

A cooperação técnica horizontal é a cooperação técnica entre o Brasil e outros países em desenvolvimento.

Alternativas
Comentários

ID
275530
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A integração política e econômica da América do Sul consiste em
uma das prioridades da política externa brasileira, o que pode ser
evidenciado pela

convergência política, técnica e macroeconômica entre o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), a Aliança Bolivariana para os Povos da América (ALBA) e a Comunidade Andina (CAN).

Alternativas
Comentários
  • União de Nações Sul-Americanas (UNASUL). Mercado Comum do Sul

    (MERCOSUL). Integração sul-americana. OTCA. Grupo do Rio. Relações

    com países sul-americanos (eixos temáticos): fluxos de comércio e

    investimento, saúde, educação, formação profissional, agricultura, pesca e

    aqüicultura, energia, ciência, tecnologia e inovação, cooperação esportiva,

    transportes, infra-estrutura, defesa)

    Resposta: ERRADO

  • O Brasil não faz parte da ALBA, que é composta por Bolívia, Cuba, Equador, Nicaragua, Venezuela, São Vicente e Granadinas, Dominica, Antígua e Barbuyda. Quanto a CAN, esta é composta apenas por Bolívia, Colômbia, Equador e Peru.
  • a ALBA não tem convergência econômica com o Mercosul e com a CAN, que defendem a liberalização do mercado.

  • O item está incorreto porque não há convergência macroeconômica entre esses blocos.


ID
275533
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A integração política e econômica da América do Sul consiste em
uma das prioridades da política externa brasileira, o que pode ser
evidenciado pela

convocação, em agosto e setembro de 2000, da primeira reunião de presidentes da América do Sul, em Brasília.

Alternativas
Comentários
  • Correto. A I Reunião de Presidentes da AS ocorreu em 31 de agosto e 1 de setembro de 2000 em Brasília. Nessa reunião foi criada a Iniciativa para  Integração da Infra-estrutura Regional  Sul-Americana (IIRSA), que tem como objetivo a integração física da região.  
    A II Reunião foi em Guaiaquil, Equador, nos dias 26 e 27 de julho de 2002. Nela foi reafirmada a importância da IIRSA e foi firmado o Consenso de Guaiaquil que renovou o compromisso dos países da região com os princípios democráticos e de direitos humanos.
     
    A III Reunião aconteceu em Cuzco, Peru, nos dias 7 e 9 de dezembro de 2005. Nesta iniciativa lancou-se a Comunidade Sul-Americana de Nações (CASA).

ID
275536
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A integração política e econômica da América do Sul consiste em
uma das prioridades da política externa brasileira, o que pode ser
evidenciado pela

indicação, no artigo 4.º, parágrafo único, da Constituição Federal (CF), de que o Brasil deve buscar a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América do Sul.

Alternativas
Comentários
  • De acordo com o oarágrafo único, do artigo 4o, da CF, a República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

ID
275539
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A integração política e econômica da América do Sul consiste em
uma das prioridades da política externa brasileira, o que pode ser
evidenciado pela

criação do Programa de Substituição Competitiva de Exportações, por meio do qual se buscou impulsionar o comércio entre o Brasil e os países sul-americanos, substituindo, quando possível e de forma competitiva, importações brasileiras de terceiros mercados por importações provenientes de países da América do Sul.

Alternativas
Comentários
  • O referido programa é denominado PSCI - Programa de Substituição Competitiva de Importações, não de Exportações.
  • "O Programa de Substituição Competitiva de Importações (PSCI) foi criado em 2003, pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), seguindo a diretriz do Presidente Luiz  Inácio Lula da Silva, que elegeu a América do Sul como prioridade de sua política externa. 
    O PSCI busca impulsionar o comércio entre o Brasil  e os países sul-americanos, substituindo, quando possível e de forma competitiva, importações brasileiras de terceiros mercados por importações provenientes de países da região."

    Fonte:

    http://www.itamaraty.gov.br/temas/balanco-de-politica-externa-2003-2010/8.1.1-promocao-comercial-programa-de-substituicoes-competitiva-de-importacoes
  • O gabarito está como correto, embora o nome do Programa esteja errado, já que o correto seria Programa de Substiuição Competitiva de Importações.
  • Fiz recurso por esse motivo, mas não foi aceito!
  • É simplesmente um abuso que esse gabarito não tenha sido anulado, sendo que, no nome do programa, trocaram uma palavra por seu *antônimo*. 

  • Absurdamente absurda! E o erro é reforçado pelas palavras seguintes à troca do termo... 

  • CERTO.

     

    O Programa de Substituição Competitiva de Importações (PSCI), que foi criado em 2003 pelo Governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tinha a premissa de fortalecer a integração política e socioeconômica da América do Sul. O objetivo do PSCI é impulsionar o comércio entre os países da região e o Brasil, substituindo, quando possível, as importações brasileiras de terceiros mercados por importações provenientes de países da região. Entre as principais ações já tomadas estão: assinatura de memorando que cria um grupo de trabalho (GET) com o objetivo de discutir os impasses, monitorar o comércio e facilitar as importações de produtos provenientes de outros países sul-americanos; o lançamento do guia “Como Exportar para o Brasil”; financiamento de pesquisa de mercado para produtos exportáveis dos países sul-americanos para o Brasil; Publicação da revista “América do Sul: Integração Competitiva”, Rodadas de negócio bilaterais e multilaterais; entre outros.

     

    "Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho."


ID
275545
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Entre as características da política externa brasileira
contemporânea, inclui-se

a menor participação em organismos multilaterais, em prol de uma atuação diplomática mais unilateral, com o Brasil buscando atuar no cenário internacional de maneira mais autônoma, especialmente em temas como segurança coletiva, meio ambiente e direitos humanos.

Alternativas
Comentários
  • É justamente o contrário.
  • ERRADO.

     

    A política externa brasileira, ao contrário do que afirma o item, tem forte histórico de participação em organismos multilaterais. Segundo Flávia Campos Mello, desde o final do século XIX, a política externa brasileira tem participação ativa em instituições e foros multilaterais. O Brasil esteve presente durante a segunda Conferência Internacional da Paz, realizada em Haia em 1907, além da Conferência de Paz de Versalhes em 1919, o que lhe garantiu presença na Liga das Nações. No pós-Segunda Guerra Mundial, o Brasil também marcou presença ativa durante a Conferência de Bretton Woods de 1944 e como membro fundador da ONU na reunião em São Francisco em 1945. Sobre as características da política externa brasileira contemporânea, em relação ao multilateralismo, vale destacar o papel protagonista brasileiro em diversos foros multilaterais como a Organização Mundial do Comércio, nas diversas instâncias da Organização das Nações Unidas (ONU), no Mercosul, na UNASUL, entre outras. Além disso, a aspiração brasileira a um papel protagonista nos foros multilaterais é particularmente expressa na candidatura do país a um assento permanente no Conselho de Segurança no contexto de Reforma da ONU.

     

     

    "Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho."


ID
275548
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Entre as características da política externa brasileira
contemporânea, inclui-se

a intensificação da denominada diplomacia presidencial.

Alternativas
Comentários
  • De 2003 a 2010, o país fez uso de sua diplomacia presidencial de forma intensa, demonstrando que a ação dos governantes é essencial para combater "a desordem que se instalou nas finanças internacionais, com efeitos perversos na vida cotidiana de milhões de pessoas (in resumo executivo da PEB)
  • Diplomacia presidencial: momento no qual o presidente representa os interesses do Estado, presencialmente, em eventos de âmbito internacional.

     

  • A doplomacia presidencial continua com o presidente Temer, nos seus dois anos de mandato o presidente realizou um total de 13 visitas oficiais a países da america do sul, europa, oriente, além dos EUA. Curiosamente temes não visitou paises da africa.
    https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_viagens_presidenciais_de_Michel_Temer

  • Certo.

    A diplomacia presidencial caracteriza a participação ativa de presidentes na condução, execução e formulação da política externa. A diplomacia presidencial ganhou ênfase nos últimos anos dada à frequência que se recorre aos chefes de Estado e governo em áreas que eram comuns a atuação de chanceleres. Segundo o cientista político Guilhon de Albuquerque, no Brasil, a diplomacia presidencial iniciou-se no governo de Fernando Henrique Cardoso, no qual a participação desse Chefe de Estado em assuntos de política externa foi muito ativa.O governo Luiz Inácio Lula da Silva também foi referenciado pela forte atuação presidencial em assuntos de política externa, tendo alguns temas de prevalência como a política Sul-Sul e as relações regionais.

    Fonte: 7000 questões do cespe

  • sdds lula