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Gabarito: C
Pessoal, eu não entendi o raciocínio da banca nessa questão. Se alguém puder explicar, agradeço muito!
Eu pensei que, ao menos em teoria, seria possível alguém gastar toda a renda em bens inferiores. Exemplo: uma criança recebe uma pequena mesada para lanchar na escola, e gasta tudo em salgadinhos e balas. Se recebesse mais dinheiro, escolheria sanduíches e chocolates, logo os salgadinhos e balas são bens inferiores para esse consumidor, e ele gasta toda a sua renda neles, contrariando o gabarito da questão.
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"Considere que um consumidor gaste toda a sua renda com a compra de bens e serviços."
O fato de o consumidor gastar toda a sua renda decorre de um pressuposto que os economistas chamam de monotonicidade. É a famosa premissa do "mais é melhor do que menos". Ou seja, o consumo adicional de um bem sempre vai gerar utilidade (ou seja, um bem nunca terá utilidade marginal negativa!). É um dos pressupostos que geram as chamadas "preferências bem-comportadas". Então, já sabemos que o consumidor tem que gastar toda a sua renda. Ora, se todos os bens são inferiores, um aumento da renda reduziria a demanda por todos os bens. Nessa situação, o consumidor com certeza ficaria com dinheiro sobrando, o que violaria a premissa de que ele gasta toda a sua renda!
Bem, acho que só isso já é suficiente para responder a sua questão, mas acho interessante fazer uma outra observação: perceba que a premissa de "mais é melhor do que menos" se aplica a todos os bens, mesmo os inferiores! Mas, se isso é verdade, então por que o consumo do bem inferior cai quando a renda aumenta?
Suponha que um consumidor possa escolher apenas entre carne e salsicha.
Carne é mais caro do que salsicha, então um consumidor pobre provavelmente vai consumir muito mais salsicha do que carne. Se ele tiver um aumento de renda, ele pode: (i) comprar mais salsichas, ou (ii) comprar um pouco menos de salsicha para, junto com a renda extra, comprar mais carne. Se a salsicha for um bem inferior, ele vai escolher (ii). Mas veja bem: o consumo adicional de salsicha geraria mais utilidade (digamos, mais 10 de utilidade). Só que o consumo menor de salsicha combinado com o consumo maior de carne geraainda mais utilidade (digamos, mais 12 de utilidade). Por isso, o consumidor substitui a salsicha pela carne.
Na questão, se todos os bens são inferiores, então quando a renda aumenta o consumidor vai trocar um pouco de todos os bens por... NADA! Ele iria simplesmente reduzir a sua utilidade, o que não faz sentido!
Fonte: http://www.forumconcurseiros.com/forum/showthread.php?t=312584
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Acho que o mais simples é pensar o seguinte: o bem inferior é aquele que tem elasticidade renda negativo. Logo, se a renda diminui, ele consome mais do bem. Ora, se todos os bens são inferiores, então se a renda dele diminuir, ele irá consumir mais de todos os bens. Porém, como ele pode consumir mais dos bens se a renda diminuiu? Portanto, é uma situação impossível.
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Então a classificação de um bem como "inferior" é relativa? Depende da renda do indivíduo?
Imeginemos uma situação simples. O índivíduo X gasta toda a sua renda comprando batatas (bem) e passagens de ônibus (serviço). Batatas e passagens de ônibus são bens inferiores, certo? Por que essa situação seria impossível?
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Sim, Rodrigo. A classificação depende da situação. Não é absoluta. Se ao aumentar a renda, o indivíduo compra mais baratas, nesse caso, barata não é um bem inferior, mas sim normal.
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Eu só consigo ver uma respota para o gabarito.
Imagine o consumo como: C = C0 + cYd; seria a mesma coisa que dizer que C = C0 - sYd, sendo s a propensão a poupar, s=1-c.
No momento em que o consumidor decide gastar toda sua renda, ele sai do momento inicial (C = C0 - sYd) e passa para um segundo momento, em que C = C0 (s=0); e a banca considerou essa passagem, da equação em que ele poupa, para a equação em que ele não poupa nada, como um aumento de renda, e dessa forma ele deixaria de consumir bens inferiores.
Em outras palavras: no momento em que o consumidor deixa de poupar, ele aumenta sua renda, e deixa de consumir bem inferiores.
Mesmo assim, também não concordo com a questão. Como já disseram, o consumidor pode ter uma renda tão baixa que, mesmo gastando-a toda, não consegue comprar bens que não sejam inferiores.
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A reta de restrição orçamentária é dada pela equação: P1 x Q1 + P2 x Q2 = R; onde R = Renda.
A hipótese de Q1 e Q2 serem bens inferiores faria com que uma redução da renda aumentasse a quantidade consumida dos dois bens, levando os gastos do consumidor para um ponto além da sua restrição orçamentária, o que teoricamente não é possível (salvo algumas situações que a questão não aborda).
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O consumidor gasta toda sua renda no bem 1 e no bem 2. Suponha que a renda aumente, se o bem 1 for inferior, sua quantidade demanda cairá e a do bem 2 aumentará, pois ele só consome esses dois bens. Então temos que o bem 1 é inferior ( a renda aumentou e a qtde demanda diminuiu) e o bem 2 é normal( A renda aumentou e a qtde demanda aumentou), logo é impossível ter 2 bens inferiores, já que um dos bens será um bem normal, dado a restrição que ele só poderá consumir estes dois bens.
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Em minha humilde opinião o raciocínio é simples: A questão se um bem é inferior ou normal depende do ponto de vista, nunca, jamais, uma pessoa gastando toda sua renda, pode-se dizer que os bens ou são somente normais ou somente inferior, portanto, questão certa, mas tem que prestar bastante atenção, pois, ela induz ao erro.
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Questão correta, mas descordo fielmente com o carinha ai em cima que tem mais curtidas, logo em suas primeiras linhas o mesmo diz que a ultilidade marginal não pode ser negativa, quanto a isso ele pecou fielmente, é possivel sim Umg NEGATIVA.
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A questão trata de demanda (procura). Para os economistas a demanda de um bem (X) depende de uma série de fatores. Os mais relevantes são:
1. O preço do bem
2. A renda do consumidor
3. O preço d doutros bens (substitutos)
4. Os hábitos e gostos dos consumidores.
Como regra geral (lei da procura) a quantidade demandada aumenta quando os preços diminuem (bens normais), a maioria dos bens obedece a essa regra. No entanto, há bens que não se comportam dessa forma e os economistas justificam tal comportamento em função de dois efeitos: efeito-renda (variação na renda) e efeito-substituição (variação nos preços). Para resolver esta questão é necessário apenas atentar-se ao efeito-renda.
Efeito-renda (variação na renda)
1. Bens normais: são aqueles cuja demanda aumenta quando a renda cresce.
Exemplo: o crescimento da renda dos trabalhadores provoca aumento da demanda por perfumes.
2. Bens inferiores: são aqueles cuja demanda diminui quando a renda cresce.Exemplo: Carne de segunda. Se o consumidor tiver sua renda aumentada, ele diminui a procura por carne de segunda, substituindo o seu consumo por carne de primeira, mais cara. Se a renda do consumidor diminui, ocorre o fenômeno inverso: ele reduz o consumo de carne de primeira e aumenta o da carne de segunda. Em geral, os bens de baixa qualidade possuem esse comportamento.
Considerando que o enunciado da questão afirma que o consumidor gasta toda sua renda, não é possível a cesta ser composta por apenas bens inferiores, pois caso haja um aumento de renda, o consumo dos bens inferiores irá diminuir e o consumidor passaria a poupar. Com o aumento de renda, para que toda a renda seja aplicada na compra de bens/serviços, necessariamente um bem deve ser normal e outro inferior. Assim, aumenta-se o consumo do bem normal e diminui-se o consumo do bem inferior.
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Não consigo entender essa questão. Supondo que minha renda seja R$ 3,00, que eu gaste R$ 1,00 para ir de ônibus a um açougue (serviço de transporte público), gaste R$ 1,00 com carne de segunda (bem inferior, pois se minha renda fosse maior eu compraria filé) e R$ 1,00 com cachaça (bem inferior, pois se tivesse grana beberia champagne). Pronto, gastei toda minha renda com bens inferiores. Onde está o erro desse raciocínio?
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Respaldados na
teoria econômica, podemos afirmar que o bem é inferior se sua demanda reduzir
quando a renda aumentar e se a demanda aumentar quando a renda reduzir, ou
seja, a demanda tem comportamento oposto às variações na renda. Contrariamente,
os bens normais são bens cuja demanda aumenta quando a renda aumenta e a
demanda diminui quando a renda diminui.
Os pressupostos
da teoria econômica postula que os consumidores são insaciáveis e racionais,
por isso gastam toda a sua renda no consumo de bens, consequentemente não
existe poupança nesta economia.
Se todos os bens
são inferiores, um aumento da renda produz uma redução do consumo, por
conseguinte sobrará renda, isto violaria a premissa de que o consumidor gasta
toda a sua renda.
Gabarito: Certo.
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A questão está incompleta por não apresentar a dimensão temporal. Não podemos inferir o que não está no enunciado: "e se a renda aumentar?", "e se os preços baixarem/aumentarem". Inferindo situações que não estão explícitas, o horizonte de eventos pode ser infinito (dentro das possibilidades de análise microeconômicas). Logo, a questão pode estar ERRADA e CERTA, dependendo do horizonte de eventos no qual ela está situada.
POLÍCIA FEDERAL!
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Consumidor sempre quer o melhor
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Somente com as informações disponíveis, eu tentei fazer uma provar e não tem conclusão. Ainda que os bens inferiores gerassem preferências lexicográficas seria possível gastar toda a renda com eles, mesmo que não formessem demanda. Pensei na curva de Engel no caminho de expansão da renda...Essa deveria ter sido anulada.
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A teoria do consumidor parte das premissas de que toda renda é gasta com bens e serviços (não existe poupança), bem como que todo aumento de renda causará aumento na quantidade demandada. Se toda a cesta contém bens inferiores (aqueles cujo aumento de renda provoca redução na quantidade demandada), quando houvesse um aumento da renda, o consumidor reduziria a demanda por bens (já que inferiores) - e isso contradiz a premissa de que aumento de renda acarreta aumento na quantidade demanda. Por isso, a afirmativa está correta. Não existe a possibilidade de tds os bens serem inferiores pq violaria a premissa da teoria do consumidor.
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Gabarito C
O professor Daniel Sousa, do Clio, deu a seguinte explicação:
A premissa da Teoria do Consumidor é que o consumidor gasta toda sua renda, não poupa nada. (vá entender, rs)
A cesta não pode ter só bens inferiores porque um aumento na renda levaria a diminuição na quantidade demandada de todos os bens, o que geraria poupança, porque "sobraria" dinheiro - situação que iria contrariar a "lei" acima.
Se na minha cesta tivesse só salsicha e passagem de ônibus, com o aumento da renda eu consumiria menos salsicha e passagem e pouparia o resto. (Mas ainda não consegui entender porque não posso migrar para a carne e gasolina, por exemplo. Alguém explica?)
Quem quiser ver a correção pode se cadastrar gratuitamente no portal do Damásio e ver as correções de economia do CACD de 2010 a 2016.
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Galera quanto complicação para responder a questão. Votem para ir para o comentário do Professor!
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Eu acredito que o fato dele não possuir renda que sobre ao final da compra, é o que diz ou não se todos os bens da sexta são inferiores ou não. A exemplo disso. Pensei o seguinte:
O salário mínimo paga: serviços de luz, água, comida, aluguel. No fim ele gastou tudo e não sobrou nada para outras coisas.
Agora se ele receber 2 salários mínimos ele pagaria os bens e serviços inferiores (ou fundamentais) e ainda teria renda extra para comprar outras coisas consideradas bens ou serviços não inferiores como por exemplo serviço de tv pago, ou roupas de marca.
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Certa, pois:
(i) Como a Teoria do Consumidor prevê que o consumidor gaste toda sua renda, o que aconteceria caso a renda do consumidor aumentasse e ele somente consumisse bens inferiores? Parte do seu dinheiro não seria gasta, gerando, assim, poupança, o que contraria a Teoria do Consumidor.
(ii) A Teoria do Consumidor prevê que são bens normais aqueles cujo preço cai quando a demanda cai e vice-versa. Logo, na hipótese de queda do preço de um bem normal não faria sentido o consumidor continuar consumindo um bem inferior tendo a oportunidade de consumir um bem normal pelo mesmo valor, pois o consumidor busca sempre a máxima satisfação.
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bem inferior:
é aquele bem que a demanda diminuirá conforme a renda aumenta.
bons estudos!
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Em que momento a afirmativa dá a entender que a renda do consumidor aumentou??
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Tendo a possibilidade de não gastar em um produto, ela escolherá um bem de maior luxo. A questão é "tricky" por que aí estamos falando de preferências individuais e essa parte da microeconomia acaba entrando em questões psicológicas.Para alguém que não tem dinheiro, uma camiseta simples pode ser bem de luxo.
Para mais detlahes resumidos de micro economia:
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AGORA DEU, vou gastar todo meu auxilio emergencial com OVO só pra provar que é possível sim.
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Para além das discussões teóricas (que eu não domino): o consumidor certamente deve comprar algum bem essencial, não é? Então a cesta de consumo não envolve somente bens inferiores.
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Não entendi pq a suposição " se a renda aumentar". Acho que vocês precisam tomar muito cuidado com esse "se". Em momento algum a questão fala "se a renda aumentar " ou "se a renda diminuir" a questão é clara, fala que o consumidor gastou toda a sua renda PONTO. Não fala...."ah e se a renda aumentar me conta oq vai acontecer"
Eu marquei certo partindo da seguinte lógica: existem produtos que são essenciais, ou seja são indispensáveis, como papel higiênico, creme dental, etc.... não tem lógica uma pessoa gastar toda sua renda com produtos inferiores e não comprar sequer um produto essencial.
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Certo
Bens normais: Efeito renda positivo reforça o efeito substituição (Substituição + Renda)
Bens inferiores: Efeito renda negativo atenua efeito substituição (Substituição > Renda)
Bens de Giffen: Efeito renda negativo supera efeito substituição (Substituição < Renda)
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tá parecendo conversa de bêbado isso aqui
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Ricardo foi quem melhor explicou de uma forma bem simples! eu vou recolocar o comentário dele só para vocês não terem que descer a discussão toda.
"o bem inferior é aquele que tem elasticidade renda negativo. Logo, se a renda diminui, ele consome mais do bem. Ora, se todos os bens são inferiores, então se a renda dele diminuir, ele irá consumir mais de todos os bens. Porém, como ele pode consumir mais dos bens se a renda diminuiu? Portanto, é uma situação impossível."
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"Em teoria do consumidor, só trabalhamos com a hipótese de dois bens e, no caso
desta questão, o consumidor gasta toda a sua renda com esses bens.
Assim, se um bem dos bens é inferior, o outro será, necessariamente, bem normal.
Imagine a seguinte situação: se ambos os bens forem inferiores e ocorrer um
aumento de renda, o consumidor reduzirá o consumo dos dois bens
simultaneamente. Nesta situação, ele faria poupança, o que não pode acontecer. A
hipótese da questão é a de que o consumidor gasta toda a sua renda.
Portanto, se a renda aumentar, e um bem for interior (o consumidor reduzirá gasto
com este bem), o outro bem deverá ser normal (para aumentar o gasto do
consumidor, de tal modo que ele consiga gastar toda a sua renda).
Gabarito:"
Certo
Prof. Heber Carvalho.