Leia com bastante atenção a “Fórmula de Tours”, relativa ao séc. VIII d.C., que expressa um juramento pelo qual um homem livre se encomendava a um senhor.
“Ao magnífico Senhor [...], eu [...]. Sendo bem sabido por todos quão pouco tenho para me alimentar e vestir, apelei por esta razão para a vossa piedade, tendo vós decidido permitir-me que eu me entregue e encomende ao vosso mundoburdus; o que fiz nas seguintes condições: devereis ajudar-me e sustentar-me tanto em víveres como em vestuário, enquanto vos puder servir e merecer; e eu, enquanto for vivo, deverei prestar-vos serviço e obediência como um homem livre, sem que me seja permitido em toda a minha vida, subtrair-me ao vosso poder e mundoburdus, mas antes deverei permanecer, para todos os dias da minha vida, sob o vosso poder e defesa. Logo, fica combinado que, se um de nós quiser deixar esta convenção, pagará [...] soldos à outra parte e o acordo permanecerá firme. Parece-nos pois conveniente que as duas partes interessadas façam entre si e confirmem dois documentos do mesmo teor, o que assim fizeram.”
Esse juramento era proferido em um ritual que fundamentava o sistema feudal. Após proferi-lo, um homem passava a ser