Gabarito letra “D”
Ao tratar de modelos da pesquisa de avaliação Figueiredo & Figueiredo (1986) afirmam existirem dois tipos básicos: avaliação de processos e avaliação de impactos.
I.políticas com propósitos de produção de bens e serviços públicos, cujos objetivos se limitam à distribuição de bens e serviços, sem preocupação específica com qualquer mudança.
Encontram-se nesta vertente as políticas ou programas cujos objetivos não vão além da própria distribuição de bens e serviços, sem preocupação específica com mudanças. E óbvio que qualquer produto govenamental pode ser visto como pretendendo algum impacto. A própria reprodução rotineira de alguma coisa pode ser interpretada como um propósito efetivo de evitar a deterioração de prestação dos serviços públicos, o que não deixa de ser um impacto. [...] A avaliação de políticas dessa natureza enquadra-se perfeitamente no que se chama de avaliação de processo. O objetivo avaliativo aqui é acompanhar e aferir se os propósitos, estratégias e execução do programa estão sendo realizados segundo as definições previamente estabelecidas. Na linha de avaliação de processos, a literatura destaca os seguintes tipos de pesquisa: a) avaliação de metas ou resultados; b) avaliação de meios-metodologia de implantação; c) avaliação de relação custo/benefício e/ou custo/resultado.
II. Políticas com propósito de mudança e avaliação de impacto. Trata-se de mudança nas condições sociais, que deve evidenciar o que foi relevante para produzir a mudança.
Políticas com estes propósitos reservam a si a importância de causarem um efeito esperado, o que condiciona a avaliação ao uso de um-critério de aferição de mudanças e de modelos analíticos causais. Diz-se que essas políticas ou programas obtiveram sucesso quando se pode imputar a eles a condição de causa necessária, quando não suficiente, de uma mudança observada. Ou seja, a constatação de que ocorreram mudanças não é suficiente para concluir-se pelo sucesso do programa; é necessário demonstrar que elas não ocorreriam (total ou parcialmente) sem o programa. Em outros termos, é necessário demonstrar que a atuação do programa é empiricamente relevante na determinação da mudança observada (Bennett e Lumsdaine, 1975; Campbell, 1969, 1972).
Minha opinião: Avaliação, planejamento, gestão de politicas sociais têm sido temas recorrentes nos certames para os cargos de analista com formação em serviço social. Acredito que o cenário político, econômico e social em que se o encontra o nosso país seja oportuno para o fomento dessas abordagens. É importante um aprofundamento nos estudos sobre os temas, não só para aplicação na resolução das questões, mas, também, para compreender os impactos dessas relações na atuação profissional, pois estamos vivendo um momento de transição.
http://www.josenorberto.com.br/AC-2007-38.pdf