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ID
723733
Banca
FCC
Órgão
TRT - 6ª Região (PE)
Ano
2012
Provas
Disciplina
Fisioterapia
Assuntos

Jimy, 60 anos, com diagnóstico de enfisema pulmonar há cinco anos, apresenta respiração rápida e superficial, com certa dificuldade em realizar expiração forçada. Sua mecânica pulmonar é alterada em virtude do aumento da complacência pulmonar. Em relação à mecânica respiratória considere:

I. O músculo diafragma é fundamental na inspiração, quando ele se contrai o conteúdo abdominal é forçado para baixo e para a frente, e a dimensão vertical da cavidade torácica é aumentada.
II. Quando o diafragma está paralisado, ele se move para cima, ao invés de para baixo, com a inspiração, porque a pressão intratorácica aumenta.
III. Os músculos mais importantes da expiração ativa são os da parede abdominal, incluindo o reto abdominal, músculos oblíquo externo e interno, e o transverso abdominal.
IV. Os músculos acessórios da inspiração incluem os escalenos, que elevam as duas primeiras costelas, e os esternocleido- mastoideos que elevam o esterno. Durante a respiração tranquila estes músculos praticamente não apresentam nenhuma atividade.

Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Resposta: letra A

    II) Se o diafragma encontra-se paralisado, simplesmente não acontece a inspiração!
  • Ocorre, sim, Camila, mas uma inspiração paradoxal. Há expansão da caixa torácica com a retração da parede abdominal - o que funcionalmente é uma inspiração pouco útil, pois aumenta-se o diametro AP e LL, mas aumenta-se a zona de aposição diafragmática.

    A resposta seria correta se estivesse escrito
    II. Quando o diafragma está paralisado, ele se move para cima, ao invés de para baixo, com a inspiração, porque a pressão intratorácica DIMINUI.
  • Perante uma falha da estimulação nervosa, as fibras musculares diafragmáticas têm tendência para se relaxarem, o que provoca uma intensa deslocação do músculo para cima. De facto, a paralisia do diafragma provoca sempre a subida do músculo e as suas consequentes manifestações, nomeadamente uma dor torácica e dificuldade em respirar. Por conseguinte, em caso de paralisia, o diafragma perde a sua alternada capacidade de contracção e relaxamento ao longo da inspiração e expiração, deixando de arrastar consigo a cavidade torácica, o que desencadeia um processo contrário, ou seja, é a cavidade torácica que arrasta o diafragma durante estes movimentos, menos potentes e eficazes, agravando a dificuldade respiratória. Assim, excepção feita aos casos em que a paralisia apenas afecta metade deste músculo, a dificuldade respiratória costuma ser muito incómoda, de tal forma que impede frequentemente o paciente de desfrutar de uma qualidade de vida minimamente aceitável, podendo evoluir para uma notória insuficiência respiratória. Nestes casos, apenas um tratamento intensivo, com a utilização de ventilação mecânica, pode manter o paciente com vida.

  • Por exclusão, "A". Porém os escalenos, segundo Margarida de Mello Aires, em "FISIOLOGIA DA RESPIRAÇÃO", estão sempre ativos na inspiração basal.

  • De acordo com Scanlan; Wilkins e Stoller (2000) embora o diafragma seja o principal músculo respiratório, ele não é essencial para a sobrevivência, uma vez que a ventilação adequada é possível com a utilização dos músculos acessórios da respiração mesmo se houver a paralisia diafragmática. Caso ambos os diafragmas estejam paralisados, os componentes afetados permanecem em posição de repouso, porém, durante a inspiração profunda, o diafragma paralisado eleva a pressão intratorácica enquanto os outros músculos ventilatórios a reduzem, de fato as pressões que atuam sobre o diafragma paralisado tendem a fazê-lo subir durante a inspiração.

    Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/fisioterapia-no-comprometimento-da-funcao-respiratoria-em-decorrencia-da-lesao-do-nervo-frenico/34718/#ixzz4QQHdHjN8