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ID
723790
Banca
FCC
Órgão
TRT - 6ª Região (PE)
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Na profilaxia da infecção vertical em mulher na 14a semana de gestação, infectada pelo vírus HIV, utiliza-se a terapia

Alternativas
Comentários
  • Mesmo que a mãe não tenha recebido anti-retrovirais,durante o pré-natal, deve ser iniciada a quimioprofilaxia do recém-nascido de puérpera portadora de HIV com a Zidovudina (AZT) imediatamente após o nascimento (ainda na sala de parto ou nas duas primeiras horas de vida), Não há comprovação de benefícios do início da quimioprofilaxia com a zidovudina após 48 horas do nascimento. A dose recomendada é de 2mg/kg/dose de AZT (0,2ml/kg/
    dose), VO, de seis em seis horas durante seis semanas (42 dias).
    A amamentação é contra-indicada e a criança deve ficar em alojamento conjunto com sua mãe, sendo alimentada com fórmula infantil.

    Fonte: MINISTÉRIO DA SAÚDE Protocolo para a prevenção de transmissão vertical de HIV e sífilis.
  • A profilaxia da transmissão vertical do HIV tem como objetivo apenas a prevenção da transmissão vertical e está recomendada para gestantes que não possuem indicação de tratar a infecção pelo HIV, já que são assintomáticas e o dano imunológico é pequeno ou ausente, havendo baixo risco de progressão para aids. A profilaxia deve ser suspensa após o parto. O início do esquema deve ser precoce, após o primeiro trimestre, entre a 14ª e a 28ª semana de gravidez.

    Todas as gestantes HIV+,  independentemente do tipo de parto, devem receber AZT intravenoso (IV) desde o início do trabalho de parto ou pelo menos 3 horas antes da cesárea eletiva, a ser mantido até o clampeamento do cordão umbilical.

    Durante o trabalho de parto, ou no dia da cesárea programada, manter os medicamentos antirretrovirais (ARV) orais utilizados pela gestante, nos seus horários habituais, independentemente do jejum, ingeridos com pequena quantidade de água, inclusive durante o período de infusão venosa da zidovudina (AZT). A única droga que deve ser suspensa até 12 horas antes do início do AZT intravenoso é a d4T (estavudina).

    Depois deve-se iniciar quimioprofilaxia da transmissão no recém-nascido. O recém-nascido deve receber zidovudina solução oral, preferencialmente ainda na sala de parto, logo após os cuidados imediatos, ou nas primeiras 2 horas após o nascimento, devendo ser mantido o tratamento durante as primeiras 6 semanas de vida (42 dias).

    Logo após o parto, deve ser evitado o início da lactação, o que pode ser conseguido com medida clínica ou farmacológica. A medida clínica, mais simples, consiste em realizar o enfaixamento das mamas, que consiste em realizar compressão das mamas com atadura, imediatamente após o parto, com o cuidado de não restringir os movimentos respiratórios ou causar desconforto materno. O enfaixamento é recomendado por um período de dez dias, evitando-se a manipulação e estimulação das mamas. Normalmente se utiliza a ação farmacológica para a cessação da lactação, a inibição farmacológica da lactação deve ser realizada imediatamente após o parto, utilizando-se cabergolina 1,0mg via oral, em dose única (dois comprimidos de 0,5mg por via oral).

    Enfim, na profilaxia da infecção vertical em mulher na 14a semana de gestação, infectada pelo vírus HIV, utiliza-se a terapia antirretroviral à gestante antes e durante o parto, ao bebê nas primeiras 6 semanas de vida e enfaixamento das mamas após o parto impedindo a amamentação. 

    Resposta B

    Bibliografia

    Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Recomendações para Profilaxia da Transmisão Vertical do HIV e Terapia Antirretroviral em Gestantes: manual de bolso/ Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e Aids. – Brasília : Ministério da Saúde, 2010.

    Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Gestação de alto risco: manual técnico / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – 5. ed. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2010.