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Surgiu no gerencialismo puro, na Inglaterra, no governo de Margareth Thatcher em 1979.
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Acrescentando ao comentário do colega (a experiência inglesa foi paradigmática para o modelo brasileiro):
(...) transforma o modelo gerencial inglês, que
per si já não é monolítico, em paradigma global de mudança, devendo ser
transportado assim à realidade brasileira. Porém, o que há hoje é um pluralismo
organizacional no setor público, adequando-se desta maneira às respostas
administrativas às especificidades das nações. (Luiz Fernando Abrucio - O impacto do modelo gerencial na Administração Pública)
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É interessante notar que a Administração Gerencial brasileira não pode ser classificada como autóctone, pois foi " importada" da Inglaterra e dos EUA
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Só para somar: O Pragmatismo adota como critério da verdade a utilidade prática. É a filosofia de resultados. Na administração Gerencial adota-se o
controle dos resultados diferente da Administração burocrática onde era adotado o controle dos procedimentos.
Resposta: Correta.
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A reforma do Estado brasileiro por meio do PDRAE se baseou na visão da nova gestão pública, amplamente discutida no Reino Unido, nos Estados Unidos e na Nova Zelândia, sendo uma visão mais pragmática da atuação do Estado, dada a crise de seu papel.
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Colegas de estudo, tentarei sintetizar em poucas palavras, o essencial para entender esse assunto.
Questão 1: O que é o Pragmatismo (definição histórica)?
O Pragmatismo pode ser considerado como um movimento filosófico, principalmente difundido nos EUA, surgido entre o final do século XIX e início do século XX. O pragmatismo prega a avaliação das ideias e ações a partir das suas consequências, de modo que apenas estas consequências seriam aptas a atribuir-lhes o seu efetivo significado.
Questão 2: Qual a relação do pragmatismo com o mundo jurídico?
A orientação filosófica pragmatista concorreu para a formação de corrente de pensamento jurídico voltada a obter a solução que, na visão do aplicador do direito, melhor corresponder às necessidades e expectativas humanas e sociais.
Questão 3: Então, o que seria o pragmatismo jurídico?
O Pragmatismo Jurídico é esta forma de pensamento que apresenta um teor essencialmente prático: volta-se para o futuro, analisa as necessidades humanas presentes e futuras, e é avesso a princípios fechados, característicos do racionalismo.
Questão 4: Como se configura essa relação do Pragmatismo com o Direito Brasileiro?
Configura-se com a preocupação que os juristas têm quanto ao impacto que as decisões (pontuadas na lei) refletem na sociedade. Logo, constata-se que a racionalidade que orienta a visão pragmatista é vetor utilizado pelos Tribunais Pátrios, os quais, em muito, assim o fazem alicerçados no espectro de liberdade conformadora-concretizadora que o direito positivo resta por deferir, em certa medida, aos órgãos jurisdicionais.
(Formulei essa explicação, em forma de perguntas, com base na leitura de um artigo de Silvio Lima - Mestre em Direito e Juiz Federal - ).
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Pragmatismo: Doutrina filosófica que adota como critério da verdade a útilidade prática, identificando o verdadeiro como útil; senso prático. (Dicionário informal) (
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com base na experiência brasileira de reforma gerencial iniciada em 1995, e na experiência britânica, que serviu como principal referência para a do Brasil. O modelo estrutural de gerência pública é um modelo histórico, porque existiu historicamente como tipo ideal, e porque em sua formulação usou-se um método histórico, derivado da experiência de países que empreenderam a reforma, e buscou-se generalizar a partir de suas principais características. Mas é também um modelo normativo, porque é impossível não ser normativo em questões que envolvem teoria política e políticas públicas — especificamente a reforma da organização do Estado. É um modelo de reforma da gestão pública que deve ser levado em conta por outros países em desenvolvimento como uma ferramenta para seu crescimento econômico. É um modelo estrutural porque, como veremos, não se limita a estratégias de gestão mas envolve mais do que mudanças organizacionais: implica mudanças na estrutura do Estado, porque envolve todo tipo de parcerias público-privadas, porque os serviços sociais e científicos que a sociedade exige que o Estado forneça são terceirizados para organizações não-estatais. É um modelo de gerência que é também um modelo de "governança" porque envolve outros atores, além do próprio governo, no processo de governar.
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Paz de Cristo a todos.
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Só complementando!! Relação entre a Administração Gerencial brasileira com a reforma britânica!
O modelo de administração gerencial teve uma evolução que podemos classificar em três momentos: inicia-se com o que chamamos de gerencialismo puro (ou managerialism), depois se volta para o “consumerism” e o PSO - “Public Service Orientation”. As reformas administrativas implantadas nos países anglo-saxões a partir dos anos 70 do século passado, e depois disseminadas para os outros países, ficaram conhecidas pelo nome de Nova Gestão Pública (ou New Public Management – NPM). O primeiro impulso da Nova Gestão Pública veio com o gerencialismo puro (ou managerialism – em inglês). De acordo com Abrucio (1997), a Inglaterra, no governo Thatcher em 1979, foi um dos primeiros países a adotar os conceitos do NPM. O contexto era de exaustão das finanças do Estado e de incapacidade do mesmo em atender a todas as demandas sociais que a sociedade cobrava. As primeiras ações buscaram reduzir custos e pessoal. O objetivo era devolver ao Estado a condição de investir através da redução de custos e do aumento da eficiência. Dentro deste prisma, estava toda uma estratégia de reposicionar o papel do Estado na sociedade, reduzindo o número de atividades que eram exercidas. O primeiro impulso deste modelo, portanto, foi na direção de melhorar as finanças e a produtividade dos órgãos públicos. A burocracia era vista como excessivamente rígida e centralizadora, tornando o Estado lento e pouco responsivo às demandas do meio externo. Além disso, acabou gerando uma mentalidade no setor público de busca do cumprimento de regras e regulamentos, e não dos resultados. Dentre as iniciativas de Thatcher estavam: a privatização, a desregulamentação, a redução de cargos públicos, a definição clara dos objetivos de cada setor e outras com o intuito de reduzir os gastos. O movimento ficou conhecido como “rolling back the state”, algo como “retração da máquina estatal”.
Então como diz na própria questão é deixado de lado a visão ilusória que tudo era perfeito para cair na realidade, na qual passava-se por tempos difíceis e a máquina estatal ainda piorava a situação devido ser extremamente pesada com seus altos custos e com toda esta situação era necessária uma forte redução de custos para chegar a eficiência,sendo este o grande motivador do gerencialismo puro, a busca pela eficiência. Trazendo estes fatos para o contexto brasileiro a passagem que se dá entre o modelo burocrático para o gerencial também foi com base na procura da eficiência, na redução de custos e melhoria na qualidade dos serviços públicos
Bons Estudos!!
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Só uma dica pros próximos colegas que forem postar...
A resposta da colega acima está ótima, mas só valendo muito a pena pra conseguirmos ler o texto até o fim com todas essas linhas amarelas.
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Ok! Espero que meu comentário ajude a tirar a dúvida que permanece. A questão gira em torno da interpretação de termos. É necessário ter afinidade com os termos para saber porque a banca os utilizou nesse contexto. Vejam:
A reforma do Estado brasileiro rumo à administração gerencial baseou-se no modelo britânico de reforma (de fato é o modelo europeu, da social democracia, que tenta conciliar o socialismo com o liberalismo econômico), em que as ilusões românticas do liberalismo foram deixadas de lado em favor do pragmatismo (o liberalismo prega que o mercado se autoregula através da relação produção-consumo. Portanto, no modelo social-democrata, prevalece uma compreensão pragmática, isto é, não se acredita nessa capacidade "ilusória romântica" da autoregulação do mercado. Portanto, a privatização é regulada pela interferência necessária no Estado).
Críticas à parte: Só o CESPE para fazer uma questão idiota desse tipo. A social-democracia é também uma forma ilusória de administrar a economia, mas por enquanto, rezemos nas cartilhas desse papa.
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Creio que a questão foi retirada da fonte abaixo:
" Se tomarmos a classificação de Pollitt & Bouckaert, a proposta do PDRAE não poderia ser considerada como uma aplicação pura do modelo New Public Management (NPM), aquele que, na visão desses autores, existiria apenas em teoria e que é a expressão do pensamento da modernização conservadora, ou seja, um modelo de liberalismo clássico que prevê o estado mínimo, apenas com as funções que o setor privado não tivesse capacidade para ou vontade de assumir.
As propostas contidas no PDRAE estariam mais próximas daquelas de certos países que adotaram um modelo próximo do NPM, como o Reino Unido, por exemplo. As propostas do PDRAE são assim sintetizadas:
Ajustamento fiscal duradouro;
Reformas econômicas orientadas para o mercado, que, acompanhadas de uma política
industrial e tecnológica, garantissem a concorrência interna e criassem condições para
o enfrentamento da competição internacional;
A Reforma da previdência Social;
A Inovação dos instrumentos de política social, proporcionando maior abrangência e
promovendo melhor qualidade para os serviços sociais;
A reforma do aparelho do Estado, com vistas a aumentar sua governança, ou seja, sua
capacidade de implementar de forma eficiente políticas públicas (MARE, 1995, p. 11).
Fonte: http://www.anpad.org.br/admin/pdf/2012_EnAPG396.pdf
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Modelo Margareth Tatcher. Descentralização, controle de resultados, eficiência.
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A reforma do Estado brasileiro por meio do PDRAE se baseou na visão da nova gestão pública, amplamente discutida no Reino Unido, nos Estados Unidos e na Nova Zelândia, sendo uma visão mais pragmática da atuação do Estado, dada a crise de seu papel.
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Samuel mandou bem demais!!!
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Excelente comentário o do Samuel. Mas tenho um questionamento.
Se o modelo Social-Democrata não funciona, como o Samuel mesmo falou, o que podemos dizer de países como Canadá, Austrália e Noruega?
Afinal, esses países possuem uma grande liberdade econômica, aos mesmo tempo que possui um Estado forte e organizado.
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Lucas, respondendo a sua pergunta, nestes países com grande produtividade e altas rendas, como os citados, o governo pode taxar mais e distribuir rendas a todos. Já num país de renda média ou baixa, é impossível distribuir riqueza como a pregada pela social-democracia porque os salários são baixos e há baixa produtividade na economia. O governo não pode taxar muito, então o caminho seria aumentar a dívida pública e o resto a gente é só ver a nossa economia.
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Pragmatismo = não importa os meios, e sim os fins (resultados).
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tipo filosofia
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Bem romântico.
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pragmatismo diz respeito aos fins justificarem os meios,ou seja,foco no resultado.
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bem viajado
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Ilusões românticas? Que viagem essa questão...
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Ufa, ainda bem que fomos salvos pelo liberalismo.
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“(...) o modelo gerencial não é um arcabouço conceitual fechado e está em plena construção. O desafio que se apresenta é a construção de um modelo de gestão pública que alie a busca da eficiência e da efetividade na prestação de serviços públicos às noções de democracia e accountability, ou seja, construir um modelo de gestão pública gerencial que seja eficiente e efetivo, mas também democrático e responsável perante a sociedade”.
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E sobre o PDRAE, no governo de FHC:
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"(...) a proposta buscou se distanciar do ideário neoliberal - que além de ser 'irrealista' se revelou 'utópico' - e objetivava separar a formulação das políticas públicas - entendida como definição de missão, objetivos, metas de desempenho e indicadores - de sua operação".
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"Além disso, FHC defendia a ideia de socialdemocracia, que não aceitava a tese do quanto menos governo, melhor, pois nem sempre as leis de mercado e da livre concorrência são capazes de harmonizar automaticamente os interesses particulares e o interesse geral da sociedade, como afirmam os liberais".
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MOREIRA, Elisabete de Abreu Moreira. Administração geral e pública. Salvador: Juspodivm, 2018.
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Essas questões de 2013 pra trás são um absurdo.
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Além do Escola sem partido, precisamos do Concurso sem partido.
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Favor desconsiderar tal questão
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CERTO
SURREAL RS
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PDRAE,1995 (de Bresser Pereira)
"A reação imediata à crise - ainda nos anos 80, logo após a transição democrática - foi ignorá-la. Uma segunda resposta igualmente inadequada foi a neoliberal, caracterizada pela ideologia do Estado mínimo. Ambas revelaram-se irrealistas: a primeira, porque subestimou tal desequilíbrio; a segunda, porque utópica. Só em meados dos anos 90 surge uma resposta consistente com o desafio de superação da crise: a ideia da reforma ou reconstrução do Estado, de forma a resgatar sua autonomia financeira e sua capacidade de implementar políticas públicas."
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A administração pública evoluiu por meio de três
modelos básicos: a administração pública patrimonialista, a burocrática e
a gerencial. Segundo Chiavenato (2018), essas três formas se
sucedem no tempo, sem que, no entanto, qualquer uma delas seja inteiramente
abandonada.
Destaca-se que na administração pública gerencial a
ideia foi a de importar ferramentas da iniciativa privada
para a gestão pública, sendo considerada como a última fronteira das Reformas
do Estado nos anos 1990.
Naquele momento, o modelo nacional baseou-se no
modelo britânico que destacava a chamada New Public Management (ou
Nova Gestão Pública), que visava saltos qualitativos nos serviços públicos e de
eficiência nos gastos governamentais.
As reformas advindas desse movimento buscaram
encorajar uma mentalidade competitiva e comercial dentro das organizações
públicas e na burocracia, sem a crença ilusória da auto regulação do mercado
presente no liberalismo. Tinha-se a ideia de que as mudanças seriam
naturalmente assimiladas pelo “cidadão-cliente", isto é, o indivíduo
supostamente guiado por instintos racionais e individualistas.
Gabarito do Professor: CERTO.