Complementando...
Gostei dessa definição que Freud (1915) faz do inconsciente:
A topografia psíquica nada tem a ver com anatomia; não se refere a localidades anatônicas, mas a regiões do mecanismo mental, onde
quer que estejam localizados no corpo. Ele diz que a subdivisão em inconsciente e consciente/pré-consciente faz parte de uma tentativa de
retratar o aparelho mental como sendo constituído de grande número de instâncias ou sistemas, cujas relações mutuas são expressas em
termos espaciais, sem contudo implicarem na verdadeira anatomia do cérebro.
O inconsciente possui uma sintaxe (relação, subordinação, ordem) própria, ele é uma forma e não uma coisa ou um lugar. É uma lei de
articulação. A consciência e o inconsciente têm formas diferentes, gramáticas (normas) diferentes para submeter seus conteúdos. O que
define inconsciente e consciente não são seus conteúdos, mas o modo segundo o qual cada um dos dois sistema opera, impondo a seus
conteúdos determinadas formas.
Outro detalhe importante, a meu ver, a representação consciente é a representação da coisa, mais a representação da palavra a ela
pertencente. Já a representação inconsciente é apenas a representação da coisa.
https://psicologado.com/abordagens/psicanalise/o-inconsciente