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No Brasil, os hospitais gerais passaram a contar com enfermarias psiquiátricas na década de 50, mas sua real valorização só foi possível a partir da reforma psiquiátrica que, através da Lei n° 10216 de 06 de abril de 2001, recomenda a criação de unidades psiquiátricas em hospitais gerais, fazendo com que a relação já existente entre a psiquiatria e outras especialidades médicas se tornasse norma. Com a entrada da psiquiatria nos hospitais gerais foi possível constituir um novo campo de atuação, a interconsulta, que começou a ter destaque na década de 80 (Schmitt & Gomes, 2005).
Schmitt e Gomes (2005) consideram a interconsulta uma atividade interprofissional e interdisciplinar. De acordo com os autores, a interconsulta pode ser definida como a presença de um médico psiquiatra em uma unidade ou serviço médico geral atendendo à solicitação de um médico de outra especialidade. Os objetivos desta forma de atuação seriam (Schmitt & Gomes, 2005, p.72):
- Atuar na interface com a Medicina em geral (difundir o conhecimento psiquiátrico entre outras áreas da Medicina, auxiliar e instrumentalizar o médico não psiquiatra a reconhecer e tratar situações de natureza psiquiátrica);
- Auxiliar na assistência ao paciente de hospital geral, ajudando no diagnóstico e no tratamento de pacientes com comorbidade entre doença clínica e doença psiquiátrica;
- Colaborar na abordagem psicossocial do paciente;
- Auxiliar na tarefa de ensino e pesquisa.
Uma definição também ampla do conceito de interconsulta que compreende não só a assistência ao paciente e à equipe, mas também inclui a pesquisa e o ensino que beneficiem estes e também a instituição de saúde, é verificada por Scherer, Scherer e Labate (2002), Smaira, Kerr-Corrêa e Contel (2003) e Craig e Pham (2006).
Zavaschi, Lima e Palma (2000) definem a interconsulta como as ações desempenhadas pelos profissionais de saúde mental junto a outros profissionais no hospital geral. Os autores dão ênfase ao emprego genérico do termo interconsulta psiquiátrica em lugar de consultation-liason psychiatry. Desmembram tal termo de forma a dar-lhe seus significados originais. A consultoria (consultation) diz respeito à atuação do interconsultor na avaliação do paciente e na formação de hipóteses e de recomendações oferecidas às equipes solicitantes. Já no trabalho de ligação (liason) o interconsultor atua de forma mais direta no atendimento ao paciente, ainda como membro da equipe.
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1. coleta de informações com o médico, paciente, enfermagem, familiares e outros informantes;
2. elaboração de diagnósticos situacionais;
3. devolução e assessoramento;
4. acompanhamento diário da evolução da situação.
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GAB. B
Na prática profissional, ao receber um pedido de consulta, o interconsultor habitualmente tem que percorrer um caminho cujas etapas são:
- Coleta de informações com o médico, paciente, enfermagem, familiares e outros informantes;
- Elaboração de diagnósticos situacionais;
- Devolução e assessoramento;
- Acompanhamento diário da evolução da situação
Fonte: https://books.google.com.br/books?id=PbzbEvTN1BoC&...,+paciente,+enfermagem,+familiares&source=bl&ots=27igO77SMt&sig=cvgwAdblHPBdUrVO9lU8Ufxx3bk&hl=pt-BR&sa=X&ei=clzNVO3qBYyngwSigYOwDw&ved=0CEUQ6AEwBw#v=onepage&q=coleta%20de%20informa%C3%A7%C3%B5es%20com%20o%20m%C3%A9dico%2C%20paciente%2C%20enfermagem%2C%20familiares&f=false
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Rebeca Araújo, faltou vc citar a fonte: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-08582008000100004
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Segundo Rossi (2008), a interconsulta psicológica tem como objetivos auxiliar profissionais de outras áreas no diagnóstico e tratamento de pacientes com problemas psiquiátricos ou psicossociais (situações emocionais emergentes) e intermediar a rela- ção entre os envolvidos na situação (equipe de saúde, pacientes e familiares), facilitando a comunicação, a cooperação e a elaboração de conflitos.
Nogueira-Martins (1995) descreve assim os passos da interconsulta psicológica: 1. coleta de informações com médicos, enfermeiros, paciente, familiares e outros; 2. elabora- ção de diagnósticos situacionais; 3. devolução e assessoramento; e 4. acompanhamento diário da evolução da situação. Considerando as reais necessidades dos pacientes, incluindo atenção ao contexto em que estão inseridos e a relação com a equipe que o atende, é importante que o psicólogo interconsultor possa, inicialmente, realizar uma análise funcional do ambiente e das demandas impostas por paciente e equipe (Gorayeb, 2001)