ESPOLETAS
Nos primórdios das espoletas, a mistura iniciadora utilizada era composta de fulminato de mercúrio, clorato de potássio e trisulfeto de antimônio. Apesar do grande efeito corrosivo do clorato de potássio, os resíduos de pólvora negra, usada naquela época, agiam como elementos de proteção. Porém, o fulminato de mercúrio atacava os estojos de latão e os copos das espoletas, o que ocasionou a sua retirada de cena. Com o uso disseminado das pólvoras sem fumaça, o problema da corrosão do clorato de potássio ressurgiu, trazendo consequencias danosas às armas que não eram bem limpas pelos seus donos, após o uso. Desta forma, uma nova fórmula passou a ser utilizada, composta de nitrato de bário, peróxido de chumbo e silicieto de cálcio. Os grandes fabricantes norte-americanos da época, como Remington e Winchester, lançaram então as suas marcas comerciais, denominadas de “Kleanbore” e “Stainless”, respectivamente. A CBC no Brasil adotou a marca “Antioxid”. Depois de várias outras mudanças, principalmente com o intuito de eliminar o chumbo da fórmula, hoje em dia o componente mais utilizado é o diazonitrofenol.
Fonte: https://armasonline.org/armas-on-line/cartuchos-polvoras-e-projeteis-nocoes-basicas/