O monóxido de carbono impede que a hemoglobina adquira oxigênio (carboxhemoglobina, o monóxido de carbono “gruda” na hemoglobina, impedido que o oxigênio entre). Quando a concentração de monóxido de carbono no sangue (carboxhemoglobina, é o monóxido de carbono com hemoglobina) ultrapassa 50%, o perigo de morte é iminente, por isso é que as mortes em incêndio se dão, na grande maioria das vezes, por intoxicação com monóxido de carbono e não por queimaduras. As vísceras e o sangue da vítima, na intoxicação pelo monóxido de carbono, terão aspecto carminado (cor de cereja).
Outros sinais encontrados em vítimas de incêndio: Montalti e Devergi
Sinal de Montalti
O fogo faz fuligem, logo, quando uma pessoa morre em decorrência de um incêndio, em sua via respiratória é possível encontrar essa fuligem impregnada na mucosa, o que determina que a pessoa estava viva no incêndio – em incêndios, a causa da morte é, na grande maioria das vezes, por intoxicação com a fumaça e não por queimaduras.
Se não houver fuligem, a pessoa já estava morta antes do incêndio – mesmo nos casos de corpos carbonizados é necessária a necropsia, pois o normal é que os órgãos internos estão intactos.
Sinal de Devergi
Não se confunde coma rigidez cadavérica. Em qualquer cadáver, qualquer que tenha sido a causa da morte, se colocado dentro de um incêndio aparecerá o sinal de Devergi, que é uma alteração pós-morte (a posição do cadáver deixa parecer que ele estava a se defender do fogo, em posição de lutador, posição de boxer).