Segundo Castro (1988), essa abertura do conceito de documento conduziu a sua classificação em duas formas distintas: o documento em sentido restrito e o documento em sentido amplo. No sentido restrito o documento é o livro, folheto, revista, relatório, entre outros exemplos. Acredita-se que este sentido é o mais disseminado, em razão da materialidade concedida ao documento convencional. No sentido amplo o documento pode ser visto como bem cultural, ou seja, um monumento, um sítio paisagístico. Nessa mesma perspectiva dicotômica, Rendón Rojas (2009) esclarece que, apesar da variedade conceitual no âmbito da Arquivologia, a palavra arquivo, de algum modo, conserva duas dimensões, uma tradicional, que entende o arquivo como um lugar onde se guardam documentos, e outra que corresponde a um conjunto orgânico de documentos, o que contribui para a visão da Arquivologia como disciplina integrante do sistema informativo documental.
[...]. Havia necessidade de uma nova tecnologia, de um novo conjunto de técnicas para organizar, analisar os documentos, descrevê-los, resumi-los, técnicas distintas das técnicas biblioteconômicas tradicionais. Essa tecnologia era a documentação. Ao contrário da biblioteconomia e da arquivística, a documentação adota técnicas não-convencionais de organização e análise, não mais apenas livros, mas de qualquer tipo de documento.
(LE COADIC, 2004, p. 15).
Gab. Certo