Norueguês Anders Behring Breivik, acusado pelo massacre na Noruega, é visto dentro de veículo ao deixar corte onde teve sua primeira audiência em Oslo
Os ataques realizados na Noruega na sexta-feira atraíram nova atenção para os extremistas de direita não apenas no país, mas em toda a Europa, onde a oposição aos imigrantes muçulmanos, à globalização, ao poder da União Europeia e à união em prol do multiculturalismo tem se mostrado uma poderosa força política e, em alguns casos, um estímulo à violência.
O sucesso de partidos populistas que apelam a um sentimento de perda de identidade nacional levou as críticas contra minorias, imigrantes e muçulmanos das salas de bate-papo na internet para a política. Embora os partidos em geral não apoiem a violência, alguns especialistas dizem que um clima de ódio no discurso político tem incentivado indivíduos violentos.
"Não fico surpreso com atentados como o da Noruega porque sempre existirão pessoas para as quais atitudes mais radicais são necessárias", disse Joerg Forbrig, analista do German Marshall Fund, em Berlim, na Alemanha, que estudou as questões de extrema-direita na Europa. "Isso (o ataque) pode acontecer em muitos lugares e há problemas mais amplos por trás deste tipo de ação.”