SóProvas


ID
778330
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRE-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

O Conselho Federal de Contabilidade e o Comitê de Pronunciamentos Contábeis são responsáveis pela elaboração das normas contábeis comumente aceitas.

Sobre essas normas, julgue os itens que se seguem.

O princípio do registro pelo valor original deve ser determinante, quando houver dúvida entre a sua aplicação e a aplicação do princípio da prudência.

Alternativas
Comentários
  • De acordo com o artigo 7o da Resolução CFC no 750/93:
     
    Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os
    componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos
    valores originais das transações, expressos em moeda nacional.
  • Pessoal,

    Como diz o comentário anterior "Deve"....Cuidado com palavras chaves: devem, podem etc...

  • O principio do registro pelo valor original sempre é determinante em relação ao príncípio da prudência.
    O princípio da prudência só se aplica quando são feitas estimativas, tais como os passivos contingentes que representam obrigações possíveis, ou ativos contingentes que são possíveis ativos, cuja existência depende de fatores imprevisíveis, tais como resultados dos julgamentos de processos judiciais.
  • Conforme a lição do professor Gabriel Rabelo: "Nos termos da Resolução n. 750/93, o princípio da prudência determina a adoção do menor valor para componentes do ativo e maior para o passivo. Todavia, quando há condições para se aplicar o princípio do registro pelo valor original, desnecessária resta a aplicação do princípio da prudência."
  • A questão está correta! O princípio da prudência é uma orientação cautelar que se aplica nos casos onde há incerteza, motivo pelo qual há de serem feitas previsões, estimativas (das Provisões ou Contigências.por exemplo!)

  • E no que se refere às "ALTERNATIVAS IGUALMENTE VÁLIDAS" referente ao Princípio da Prudência?!?!

    Me gerou dúvidas quanto a isso! Alguém poderia explicar?!

    Grato

  • Heitor Liuth, sua dúvida deve estar na possibilidade de um ativo perder valor,mas o princípio do registro pelo valor original nos esclarece:

    Art. 7º. O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional. 

    § 1º. As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas: 

    I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; e 

    II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores: 

    a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis; 

    b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade; 

    c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade; 

    d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; e 

    e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. 

  • Heitor Liuth, 

    O Princípio da Prudência determina que adotemos sempre o menor valor para componentes do Ativo e do maior para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 

    As "alternativas igualmente válidas" significam que existe a possibilidade de quantificar o elemento patrimonial por mais de uma forma, pelo que devemos, com base no princípio da prudência, adotar o menor para o Ativo e maior para o Passivo. 

    A título de exemplo: Na aquisição de mercadorias (elemento patrimonial do Ativo), podemos adotar o valor de custo da mercadoria ou valor de mercado, ou seja, temos alternativas igualmente válidas. Nesse caso, por se tratar de elemento do Ativo,  e com base no que determina o princípio da prudência, adotaremos o que tiver menor valor.   


    Espero ter ajudado! Bons estudos!

  • Além de todos os comentários dos colegas, vale lembrar que o princípio da Prudência deve respeitar os demais.

  • Em uma acepção por etapas, pode-se perceber que o princípio da Prudência é ANTERIOR ao do Registro pelo valor original, uma vez que, aplicando aquele.. resultará, invariavelmente, neste.

  • Vou te contar viu os comentários aqui tá melhor que o do professor.

  • Se eu sei o valor (valor original), não preciso estimar (prudência).

    Correta!