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Errado.
As conseqüências deste panorama são contraditórias, próprias do sistema
capitalista e das regras neoliberais, pois se de um lado o Serviço Social sente-se
ameaçado pela precarização do Estado/Políticas Públicas, por outro lado, novos espaços
sócio-ocupacionais para o assistente social vão surgindo, seja pela transferência dos
serviços para o terceiro setor, seja pela regulamentação dos direitos constitucionais,
principalmente nas esferas da municipalização, descentralização e controle social das
políticas públicas e pela própria complexificação das expressões da questão social que
tem demandado novos serviços, criando novos espaços para o exercício profissional até
então desconhecidas e não ocupados por esta categoria.
O desenvolvimento do modo de produção capitalista e o consequente
aprofundamento da desigualdade social e das expressões da questão social se
configuram como a atual realidade que precisa ser apreendida pelo Serviço Social. Nesse
sentido, o assistente social, ao apreender a realidade, percebe novas possibilidades de
demanda e atuação, podendo transformá-las segundo sua intencionalidade e
instrumentalidade em novos espaços e perspectivas para o exercício profissional.
Fonte: SERVIÇO SOCIAL E O EXERCÍCIO PROFISSIONAL: desafios e perspectivas
contemporâneas. Maciela Rocha Souza, 2012.
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Nilza, por gentileza, qual o erro da questao?
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Eu quero saber o errooooo!!
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Creio que o erro esta em: ''condicionando-se o assistente social a atender às demandas do projeto neoliberal.''. O profissional deve atender aos interesse da classe trabalhadora !
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Pelo meu entendimento a questão está certa até "A conjuntura brasileira recente, marcada pela redução de direitos sociais, impõe limites à atuação do profissional do serviço social". Como vivemos em uma democracia, o assistente social pode engajar-se politicamente (sendo um direito). Acredito que a parte "condicionando-se o assistente social a atender às demandas do projeto neoliberal" encontra-se errada.
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O Assistente Social pode condicionar tantos aos interesses do capital como da classe trabalhadora.
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A conjuntura brasileira de adoção e aprofundamento das políticas neoliberais e da contrarreforma do Estado iniciados na década de 1990 e, consequentemente, de redução da atuação do Estado na área social - área esta que nunca foi de fato privilegiada no que concerne a atuação estatal visto que no Brasil não houve a efetivação do Estado de Bem Estar Social , como nos países centrais -, a transferência da responsabilidade de responder às sequelas da questão social do Estado para a sociedade civil, a privatização da coisa pública, a redução e eliminação de direitos sociais, a mercantilização de serviços como a educação, a saúde e a previdência social, ocasionam dificuldades para aqueles que atuam diretamente com as políticas sociais e nos serviços sociais e públicos. No tocante ao assistente social, este é impactado tanto quanto trabalhador, possuindo suas condições de vida e de trabalho aviltadas e precarizadas, bem como possuindo sua subjetividade afetada, o que ocorre com toda a classe trabalhadora durante essa ofensiva capitalista. Contudo, é justamente neste contexto que o profissional deve estar atento às essas transformações societárias e no mundo do trabalho para buscar construir novas estratégias e alternativas para a defesa de direitos buscando também fortalecer a luta dos trabalhadores. Ademais, como apresenta Marilda Villela Iamamoto (O Serviço Social na cena contemporânea. In: Serviço Social: Direitos Sociais e Competências Profissionais. Brasília, CFESS/ABEPSS, 2009), o assistente social sempre teve que lidar com a tensão entre o estatuto assalariado e seu projeto ético-político, visto que a direção social do seu trabalho, orientada pelo projeto profissional confronta com as exigências postas por seus empregadores e pelo capital. Desse modo, esse conflito entre o assistente social que é também um trabalhador assalariado e o direcionamento social e político que busca imprimir no seu exercício profissional torna imprescindível que os profissionais reconheçam essa condição e seus limites e possibilidades no cotidiano de trabalho. Somente reconhecendo essa condição é que os assistentes sociais não irão recair nem no fatalismo, em que o poder do capital é superdimensionado e que não é possível articular forças para inverter a situação, nem no messianismo, em que é evocada a condição militante e voluntarista, superdimensionando aqui o poder da profissão, não reconhecendo os impactos das relações capitalistas na profissão. Desta forma, o assistente social pode a partir de sua competência técnica e metodológica tecer alternativas ao contexto imposto, não condicionando sua atuação às exigências do projeto neoliberal, o que confrontaria com seu Projeto ético-político e com seu Código de Ética.
RESPOSTA: ERRADO
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A conjuntura brasileira de adoção e aprofundamento das políticas neoliberais e da contrarreforma do Estado iniciados na década de 1990 e, consequentemente, de redução da atuação do Estado na área social - área esta que nunca foi de fato privilegiada no que concerne a atuação estatal visto que no Brasil não houve a efetivação do Estado de Bem Estar Social , como nos países centrais -, a transferência da responsabilidade de responder às sequelas da questão social do Estado para a sociedade civil, a privatização da coisa pública, a redução e eliminação de direitos sociais, a mercantilização de serviços como a educação, a saúde e a previdência social, ocasionam dificuldades para aqueles que atuam diretamente com as políticas sociais e nos serviços sociais e públicos. No tocante ao assistente social, este é impactado tanto quanto trabalhador, possuindo suas condições de vida e de trabalho aviltadas e precarizadas, bem como possuindo sua subjetividade afetada, o que ocorre com toda a classe trabalhadora durante essa ofensiva capitalista. Contudo, é justamente neste contexto que o profissional deve estar atento às essas transformações societárias e no mundo do trabalho para buscar construir novas estratégias e alternativas para a defesa de direitos buscando também fortalecer a luta dos trabalhadores. O assistente social sempre teve que lidar com a tensão entre o estatuto assalariado e seu projeto ético-político, visto que a direção social do seu trabalho, orientada pelo projeto profissional confronta com as exigências postas por seus empregadores e pelo capital. Desse modo, esse conflito entre o assistente social que é também um trabalhador assalariado e o direcionamento social e político que busca imprimir no seu exercício profissional torna imprescindível que os profissionais reconheçam essa condição e seus limites e possibilidades no cotidiano de trabalho. Somente reconhecendo essa condição é que os assistentes sociais não irão recair nem no fatalismo, em que o poder do capital é superdimensionado e que não é possível articular forças para inverter a situação, nem no messianismo, em que é evocada a condição militante e voluntarista, superdimensionando aqui o poder da profissão, não reconhecendo os impactos das relações capitalistas na profissão. Desta forma, o assistente social pode a partir de sua competência técnica e metodológica tecer alternativas ao contexto imposto, não condicionando sua atuação às exigências do projeto neoliberal, o que confrontaria com seu Projeto ético-político e com seu Código de Ética.
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"Condicionando-se o assistente social a atender às demandas do projeto neoliberal". Acredito que esse seja o erro da questão, afinal o assistente social atende os interesses do capitalismo, como também da classe operária.