UDN é a sigla correspondente a
União Democrática Nacional, um partido político brasileiro criado a 7 de abril de 1945 e extinto em 27 de outubro de 1965. Surgiu originalmente como uma frente, ou seja, um grupo arregimentado de políticos e cidadãos sem uma agenda política específica. A causa fundamental dos udenistas era fazer oposição ao regime do
Estado Novo de
Getúlio Vargas e toda e qualquer doutrina originária de seu governo. Participou de todas as eleições majoritárias e proporcionais até 1965. O partido que rivalizava com a UDN era o PSD (Partido Social Democrata), que possuía representação majoritária no congresso. Sua principal força era na região nordeste, onde tinha vários governadores. Desde sua fundação, perdeu três eleições presidenciais consecutivas (1945, 1950 e 1955, respectivamente), ganhando a eleição de 1960, onde apoiou
Jânio Quadros, e finalmente apoiou o
golpe (então denominado revolução) Militar de 1964.
A coesão não foi o forte do partido durante sua existência, pois ele basicamente sustentava-se em uma vaga idéia liberal conservadora, muitas vezes flertando com o autoritarismo, outras com a ideia progressista. O partido que votou a favor do monopólio estatal do petróleo é o mesmo que opôs-se à cassação dos integrantes do Partido Comunista em 1947. O partido ficou marcado pela ligação com os militares e o pensamento da classe média urbana da época.
O udenismo, expressão do modo de fazer política dos simpatizantes e filiados à UDN tem como característica básica a defesa de um liberalismo clássico, forte apego ao moralismo, sendo à época o mais conservador dos três partidos existentes (além de inúmeros outros partidos menores, sobressaindo-se, porém, a UDN, PTB e PSD).