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Essa questão foi elaborada baseada na referência abaixo:
Revista Virtual Textos & Contextos, nº 3, dez. 2004, Trabalho com Famílias: um desafio para os Assistentes Sociais, Regina Célia Tamaso Mioto. Disponível versão on-line
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A lógica de atendimento dos serviços, geralmente, está orientada para as famílias que
por falimento ou pobreza falharam na responsabilidade de cuidado e proteção de seus
membros. Nesta perspectiva os interesses, tanto de natureza política como sócio-cultural,
recaem sobre as formas diagnosticadas como marginais ou patológicas.
Fonte: Trabalho com Famílias: um desafio para os Assistentes Sociais
Regina Célia Tamaso Mioto.
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Contudo, a história social das crianças, dos adolescentes e das famílias revela que estas encontraram e ainda encontram inúmeras dificuldades para proteger e educar seus filhos. Tais dificuldades fora traduzidas pelo Estado em um discurso sobre uma pretensa “incapacidade” da família de orientar os seus filhos.
Ao longo de muitas décadas, este foi o argumento ideológico que possibilitou Poder Público o desenvolvimento de políticas paternalistas voltadas para o controle e a contenção social, principalmente para a população mais pobre, com total descaso pela preservação de seus vínculos familiares. Essa desqualificação das famílias em situação de pobreza, tratadas como incapazes, deu sustentação ideológica à prática recorrente da suspensão provisória do poder familiar ou da destituição dos pais e de seus deveres em relação aos filhos.
http://www.sdh.gov.br/assuntos/criancas-e-adolescentes/programas/pdf/plano-nacional-de-convivencia-familiar-e.pdf
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b)
Nas relações estabelecidas ao longo dos anos entre família e Estado, a família, independentemente de suas condições de vida, é reconhecida como capaz quando protege e cuida de seus membros, e incapaz, quando falha, tanto nos aspectos materiais quanto nos socioafetivos.