A sociedade civil exige do Estado brasileiro mais do que ele pode oferecer. A causa dessa lacuna não é somente fiscal ou política, mas, também administrativa.
Questão tranquila, somente cobrou interpretação de texto. Seja no Brasil, na Noruega ou na Dinamarca (ou qualquer outro Welfare state), a sociedade sempre exige mais do que o Estado pode oferecer. Temos necessidades ilimitadas para recursos limitados. E a causa dessa lacuna não é somente fiscal ou política, mas - sobretudo no caso brasileiro - administrativa.
Esse tema normalmente é abordado pelas bancas como "Fatores determinantes do crescimento da despesa pública"
Os economistas MARTIN e LEWIS (não confundir com os comediantes Dean Martin e Jerry Lewis) disseram que a demanda por serviços do Estado é a mesma tanto em países ricos como pobres. Ou seja, não importa o país onde se viva, todos querem acesso à educação de qualidade, saúde, segurança pública etc. Porém, em países mais pobres, a renda per capita é menor e menor é a contribuição em termos de impostos, para financiar estas atividades (esse é um exemplo de lacuna fiscal).
Outro ponto é que mesmo com o avanço da tecnologia, a produtividade no setor de serviços é menor do que no setor industrial por utilizarem-se de mão de obra intensiva. Para suprir essa deficiência é necessário um número cada vez mais crescente de funcionários públicos o que acaba causando um inchamento do Estado.
Para WAGNER (outro economista) a expansão industrial provoca um incremento na densidade populacional e, consequentemente, no nível de complexidade dos centros urbanos, aumentando a importância relativa do Estado, na medida que aumenta a demanda por serviços por parte da população (mobilidade urbana, saneamento, aeroportos, etc). A questão é que, muitas vezes o Estado é incapaz de atender a todas essas demandas seja por questão fical ou administrativa (por não possui estrutura).
Conclusão: Continuem estudando para concursos. A sociedade reclama que tem funcionário público demais, mas todos querem mais e melhores serviços. Não são ou que estou dizendo são os economistas.