A maioria do Senado do Paraguai aprovou a perda do mandato do presidente Fernando Lugo. O placar foi de 39 votos favoráveis ao impeachment , 4 contra e 1 ausência.
Dos 45 senadores titulares, eram preciso 30 votos a favor para destituir Lugo do cargo. O processo de impeachment foi aberto na quinta-feira (21) de maneira inesperada pela Câmara dos Deputados.
O vice-presidente Federico Franco, do Partido Liberal, que apoiou o pedido contra Lugo, deve assumir o comando do país. Grupos de movimentos sociais estão concentrados em frente ao Congresso em apoio a Lugo, eleito em 2008.
Os parlamentares apresentaram cinco acusações formais contra o presidente: apoio de Lugo à manifestação de jovens de esquerda no Comando de Engenharia das Forças Armadas, em 2009; obrigar militares à se submeter às ordens de sem-terras; falta de competência para combater atos de violência no país; ações dos guerrilheiros do EPP (Exército do Povo Paraguaio), responsável pelo confronto entre policiais e camponeses na semana passada, que culminou na morte de 17 pessoas; e violação das leis paraguaias ao ratificar Protocolo de Ushuaia 2, que prevê intervenção externa caso a democracia esteja em perigo.
Os advogados de Lugo alegam que o presidente é vítima de perseguição política, que a condução do julgamento político tem sido feito de forma ilegal e injusta e não existem provas que Lugo incorreu em mau desempenho de suas funções.
Vice assume
O vice-presidente paraguaio, Federico Franco, assumiu o cargo de presidente após o impeachment de Fernando Lugo, que foi destituído pelo Senado por 39 votos a favor e quatro contra.
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