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ID
854992
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TCU
Ano
2011
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Acerca da teoria kleiniana, julgue os itens subsequentes.

A criança direcionaria seus desejos a objetos sempre relacionados à mãe, ou seja, seio bom e seio mau. Não seria possível à criança ter o pênis como objeto. Essa é uma divergência da teoria kleiniana em relação à teoria freudiana.

Alternativas
Comentários
  • Alguém pode explicar o erro desta assertiva?
  • a definição deveria se referir a "bebê" e não a "criança". Está errado.

  • Para Klein, é sim possível à criança ter o pênis como objeto.

    Para a autora ambos os objetos parciais entram em jogo em uma cena imaginária inconsciente, chamada de cena materna.

  • O primeiro e principal alvo das fantasias primitivas da criança é o corpo da mãe. A criança, em sua vida fantasmática, tem a imagem do corpo da genitora como algo capaz de lhe proporcionar a mais plena gratificação, uma vez que este é, em fantasia, o possuidor de que tudo o que pode provocar–lhe satisfação, tal como o seio, o pênis do pai e ainda os bebês, possíveis irmãos.

  • Klein revela que a criança equaciona seio, pênis, boca, vagina, barriga ... já que sua primeira realidade é uma realidade corpórea, logo, o seio representa o primeiro objeto de desejo, com isso, o pênis constitui-se como segundo objeto de desejo conforme descrito por Freud na terceira parte dos "Três ensaios da sexualidade". Nessa perspectiva, Melanie Klein concorda com Freud nesse sentido, e utiliza então o termo "seio bom e seio mau".

    Gabarito: Errado

     

  • A criança direcionaria seus desejos a objetos sempre relacionados à mãe, ou seja, seio bom e seio mau. Não seria possível à criança ter o pênis como objeto. Essa é uma divergência da teoria kleiniana em relação à teoria freudiana.


    O objeto de desejo do bebê pode ser a mãe (como ser único), partes do seu corpo (como o seio) e objetos inanimados.

    A palavra sempre torna a questão errada.


  • ERRADA.

    O seio da mãe é o primeiro objeto internalizado pelo bebê (Objeto Primal), mas NÃO O UNICO!

    É importante destacar que esse primeiro objeto possui, inicialmente, uma posição

    ambivalente para a criança, sendo considerado ou “seio bom”, quando

    amamenta, ou “seio mau”, quando não alimenta a criança na hora em que a

    mesma deseja. Os bebês sentem, logo quando nascem, dois sentimentos

    básicos: amor e ódio. É fácil, portanto, perceber que a criança ama o “seio bom” e

    odeia o “seio mau”. O problema é que na fantasia da criança, o “seio mau”, esse

    objeto interno, vai se vingar dela pelo ódio e destrutividade direcionados a ele.

    Esse medo de vingança é chamado de ansiedade persecutória ou paranóide. O

    conjunto de ansiedade persecutória e suas respectivas defesas são chamados por

    Klein de “posição esquizoparanóide”. Por conta dessa visão fragmentada, o bebê

    não reconhece “pessoas”, mas apenas partes delas. Aqui existe a ansiedade que se

    expressa pelo temor de que os objetos maus entrarem no ego e dominem tanto o

    objeto ideal quanto o self.