SóProvas


ID
860470
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TCE-ES
Ano
2012
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Em relação aos indicadores fiscais, julgue os itens a seguir.

A análise da evolução das contas do governo no período de 1983 a 1988 demonstra que a crise financeira decorre não apenas da deterioração do resultado primário, mas principalmente da forte retração da disponibilidade de financiamento não inflacionário.

Alternativas
Comentários
  • Ou seja, de uma forma bem simples, se não está sobrando dinheiro em caixa (superávit primário) e o governo tem que pegar emprestado a juros altissimos, estes juros altissimos contribuirão para um aumento da inflação tornando-se inflacionários.
  • ...mas principalmente da forte retração da disponibilidade de financiamento não inflacionário.

    O não da questão passa a idéia de não inflação, o que seria o contrário? a deteriorização das contas e o deficit primário provocariam a inflação. A questão estaria certa se não tivesse o não? para mim a questão esta Errada.
  • Financiamento inflacionário não refere-se a empréstimos com juros altos, mas a financiamento via emissão de moeda.


  • CERTO

    Nessa época do Brasil ocorreu um dos maiores surtos inflacionários, esses baseados, principalmente, na inflação inercial. A grande maioria dos financiamentos no período, consequentemente, estavam contaminados com essa inflação. Com outra palavras, os financiamentos já contavam com a inflação no cálculo de sua remuneração desse capital.
  • Colegas, questão correta pelo seguinte: Ela disse que o governo gastava mais do que arrecadava, que é a deterioração do resultado primário (certo) e se financiava não pela emissão de moeda, mas por títulos, por bancos, impostos, etc, que é chamado de não inflacionário.

    Financiamento NÃO inflacionário: Por meio de títulos públicos, bancos etc. Não é feito via emissão de moedas. 

    O “resultado primário” é definido pela diferença entre receitas e despesas do governo, excluindo-se da conta as receitas e despesas com juros. 

  • RESOLUÇÃO:

    Verdade verdadeira!

    O resultado primário do setor público brasileiro piorou ao longo desses anos e chegou a ser negativo em 1%

    do PIB em 1987.

    O déficit operacional também se foi crescente no período, e, embora tenha oscilado um pouco, saiu de 3%

    do PIB em 1983 para 5,5% do PIB em 1987.

    A dívida líquida do setor público se manteve perto dos 50% do PIB ao longo de todos esses anos a que se

    refere a questão. Antes disso, em 1982, ela dívida era de 32,4% e em 1989 já caía para 40,2%.

    Isso, como bem ressalta a assertiva, ocorreu não apenas pela piora do resultado primário, que vimos acima.

    Também aumentou para o governo brasileiro a dificuldade de financiamento não inflacionário. É que além

    da retração da disponibilidade de financiamento externo, a aceleração da inflação e a recessão vivida no início da

    década provocava desconfianças sobre nossa capacidade de pagamento.

    Resposta: C

  • 1980: crises do petróleo. Aumento do preço devido a concentração da produção. Desvalorização do dólar pelo ingresso dos petrodólares na economia internacional (petróleo mais caro levou a expansão monetária para suportar o custo excedente). Dólar desvalorizado e inflação elevada teve como resultado um encarecimento dos empréstimos internacionais, pois os juros de empréstimos não costumam ser menores do que a inflação. Da mesma forma, como mais dólares estavam sendo utilizados para pagar pelo petróleo, menos dólares estavam disponíveis para concessão de novos empréstimos, em especial os de refinanciamento. Isso levou a crise da dívida em vários países da América Latina, como México, Argentina e Brasil.