Do ponto de vista decisorial, verificamos que o Custeio
Variável tem condições de propiciar muito mais rapidamente informações vitais à
empresa; também o resultado medido dentro do seu critério parece ser mais
informativo à administração, por abandonar os custos fixos e trata-los
contabilmente como se fossem despesas, já que são quase sempre repetitivos e
independentes de diversos produtos e unidades.
Mas os Princípios Contábeis hoje aceitos não admitem o uso
de Demonstrações de Resultados e Balanços avaliados à base do Custeio Variável;
por isso, esse critério de avaliar estoque e resultado não é reconhecido pelos
Contadores, pelos Auditores Independentes e tampouco pelo Fisco.
Ele ( o Custeio Variável) de fato fere os Princípios
Contábeis, principalmente o Regime de Competência e a Confrontação. Segundo
estes, devemos apropriar as receitas e delas deduzir todos os sacrifícios para
a obtenção das receitas derivadas das vendas dos produtos feitos, e essas
vendas poderão em parte vir amanhã. Não seria, dentro desse raciocínio, muito
correto jogar todos os custos fixos contra as vendas de hoje, se parte dos
produtos feitos só será vendida amanhã; deve então também ficar para amanhã uma
parcela dos custos, quer variáveis, quer fixos, relativos a tais produtos.
Justifica-se dessa forma a ainda não-aceitação do Custeio
Variável para efeitos de Balanços e Resultados. (...)
gab: C
Fonte: Contabilidade de Custos, Ed. Atlas, Eliseu Martins,
p. 202 e 203. 9ª edição.