Gabarito D
Comissão Nacional da Verdade é o nome de uma comissão brasileira que visa investigar violações de direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988 no Brasil[2] por agentes do estado.[3]Essa comissão será formada por sete membros nomeados pela presidente do Brasil Dilma Rousseff e catorze auxiliares[4], que atuarão durante dois anos, sendo que no final desse período, publicarão um relatório dos principais achados, que poderá ser público ou poderá ser enviado apenas para o presidente da república ou o ministro da defesa.[5] A lei que a institui foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff em 18 de novembro de 2011[2][6] e foi instalada oficialmente em 16 de maio de 2012.[7]
A comissão terá o direito de convocar vítimas ou acusados das violações para depoimentos, ainda que a convocação não tenha caráter obrigatório e também a ver todos os arquivos do poder público sobre o período, mas não terá o poder de punir ou recomendar que acusados de violar direitos humanos sejam punidos.[5]A comissão deverá colaborar com as instâncias do poder público para a apuração de violação de direitos humanos, além de enviar aos órgãos públicos competentes dados que possam auxiliar na identificação de restos mortais de desaparecidos.[8]Também identificará os locais, estruturas, instituições e circunstâncias relacionadas à prática de violações de direitos humanos e também eventuais ramificações na sociedade e nos aparelhos estatais.[5]
A comissão, proposta em 2010, passou por diversas mudanças, principalmente para atender as queixas dos militares. O termo "repressão política" foi retirado do texto, a comissão atual prevê o "exame" de violações de direitos humanos, diferente da versão de 2010, que previa a "apuração" e além de englobar fatos ocorridos durante o regime militar no Brasil, que ocorreu ente 1964 e 1985, englobará fatos que ocorreram entre os anos de 1946 e 1988.[5]
O Brasil foi o último país que passou por uma ditadura na América Latina a instalar uma comissão da verdade. Países como Argentina, Chile, Guatemala, Peru, Uruguai, dentre outros, ja instauraram comissões similares. A alternativa (A) está incorreta.
A alternativa (B) está incorreta. A Comissão da Verdade apurou fatos entre 1946 e 1988, ou seja, desde antes da ditadura até a democratização, com a promulgação da Constituição de 1988.
A alternativa (C) está errada. A Comissão não é movida pelo espírito de punição, mas, sim, pelo ímpeto de revelar a verdade em relação ao passado, de modo a evitar que situações similares voltem a ocorrer no futuro.
A alternativa (D) está correta.
A alternativa (E) está incorreta. O principal objetivo da comissão é apurar violações aos direitos humanos ocorridas no período analisado, e não determinar com precisão a situação de torturados ou desaparecidos, embora isso pudesse ser uma consequência das atividades da Comissão.