Como componente da ICP, a função Hashing tem por objetivo resolver duas importantes questões.
Primeiro, garantir a integridade do documento recebido e segundo, agilizar a decifração de um documento uma vez que a criptografia assimétrica embora muito eficiente na cifragem do documento é muito lenta na decifração (documentos grandes podem levar preciosos minutos para serem decifrados).
A Função Hashing, aplicada ao conteúdo de um documento, gera um resumo. Este resumo é chamado de código hash que para ser eficiente no seu propósito deve ter duas características importantes: 1) Deve ser único para cada documento com conteúdo diferente e 2) deve ser tal que não seja possível recompor o documento a partir do código Hash.
Com isso, já é possível perceber que, em uma transmissão eletrônica, se o documento for recebido com o seu resumo, basta aplicar a função hashing ao documento, calculando um novo código Hash, e comparar o novo código Hash com o código hash recebido. Se forem iguais, pode-se ter a garantia de integridade, ou seja, o documento não foi violado. Basta que um único bit seja alterado no documento para que o novo código Hash seja totalmente diferente do código Hash recebido.
A Função Hashing utilizada de forma isolada em uma transmissão pode não dar total garantia de integridade porque um intruso pode violar o documento, calcular e substituir o código Hash. Para resolver este e os problemas anteriores, devemos juntar a criptografia assimétrica com os benefícios da Função Hashing em um único processo chamado Assinatura Digital
Glossário do e-ARQ Brasil:
Assinatura Digital
Modalidade de assinatura eletrônica resultante de uma operação matemática que utiliza algoritmos de criptografia e permite aferir, com segurança, a origem e a integridade do documento. Os atributos da assinatura digital são:
a) ser única para cada documento, mesmo que o signatário seja o mesmo;
b) comprovar a autoria do documento digital;
c) possibilitar a verificação da integridade;
d) assegurar ao destinatário o “não repúdio” do documento digital, uma vez que, a princípio, o emitente é a única pessoa que tem acesso à chave privada que gerou a assinatura.