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ID
885163
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ANP
Ano
2013
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

De acordo com a teoria clássica da demanda, julgue os itens a seguir.

Por definição, um bem é dito inferior se, e somente se, sua quantidade demandada reduz quando o preço do bem diminui.

Alternativas
Comentários
  • A análise de um bem ser inferior ou superior é feita quando estamos estudando a elasticidade-renda da demanda. Assim, o item está incorreto, pois um bem é considerado inferior se o aumento da renda (e não a queda do preço) provoca queda na quantidade demandada do bem. 

     

    Estratégia

  • Um bem será inferior caso a sua demanda diminua quando a renda aumente.

    Resposta: E

  • ERRADA. Bem inferior tem a ver com renda. A medida que a renda aumenta a demanda por esse bem diminui (ex: transporte público). Preço tem relação com bens de Giffen.

  • Por definição, um bem é dito inferior se, e somente se, sua quantidade demandada reduz quando o preço do bem diminui. (GABARITO: errado)

    JUSTIFICATIVA: O erro se encontra no trecho “se, e somente se”. Há a possibilidade de se caracterizar um bem inferior a partir do aumento da renda direta também.

    Ao que tudo indica, a banca considerou como bem inferior aquele que satisfaz as seguintes premissas:

    a) há queda na demanda em decorrência de queda no preço;

    b) há queda na demanda em decorrência de aumento na renda.

     

    A doutrina, afirma o seguinte:

    “Se o bem for inferior, a queda do preço do bem mantém a renda nominal constante, mas a renda real aumenta, ou seja, o consumidor passa a ter maior poder de compra. Como o bem é inferior, a quantidade demandada do bem diminui.” (SAMPAIO, Luiza. Microeconomia esquematizado. São Paulo: Saraiva Educação, 2019. P. 70) (grifei)

    “Nos exemplos dos gráficos (...), tanto o efeito substituição quanto o efeito renda têm sinais contrários ao da variação no preço: esta foi negativa (o preço p diminuiu) e aqueles forma positivos (a quantidade demanda do bem 1 aumentou tanto em decorrência de este ter ficado relativamente mais barato em relação ao bem 2 quanto em decorrência do aumento no poder aquisito do consumidor). Esse resultado não é o único que pode ser esperado. Na verdade, ele ocorre apenas no caso de bens normais. Embora o efeito substituição deva ter sempre sinal contrário à variação no preço, o efeito renda terá o mesmo sinal que essa variação sempre que o bem em consideração for um bem inferior. Usualmente, no caso dos bens inferiores, o efeito renda é, em módulo, menor do que o efeito substituição. Isso faz com que o efeito total de uma variação no preço, ou efeito preço, tenha sinal oposto ao sinal dessa variação. (VASCONCELLOS. Marco Antonio Sandoval de. Manual de microeconomia. 3. ed. – São Paulo: Atlas, 2017. P. 89-90) (grifei)

    Ou seja, a variação nos preços (hipótese aludida nos trechos doutrinários acima) teria, sim, o condão de classificar um bem como inferior, pois o feito total de Slutsky (efeito preço) seja oposto à variação do preço. O que está em jogo é a renda da pessoa para adquirir outros bens no lugar do bem inferior, por exemplo: com mais renda a pessoa passa a andar de carro, ao invés de pegar ônibus (bem inferior clássico). Ora, andar de carro só foi possível porque a renda RELATIVA da pessoa aumentou, e isso ocorre de forma relativa quando o preço do bem substituto diminui.

    Isso foi objeto de cobrança pela mesma banca, no mesmo concurso, como segue:

    Q295051 - Em um ambiente sem incerteza, se a quantidade demandada do bem diminui quando seu preço reduz, então, o bem é inferior.” (GABARITO: certo)

    Convido os demais colegas a contribuir com essa discussão, apontanto quaisquer erros na explicação acima.

     

    Bons estudos!