Questão 886018

• Banca: VUNESP
• Órgão: TJ-SP
• Ano: 2012
• Provas: VUNESP - 2012 - TJ-SP - Psicólogo
• Disciplina: Psicologia
• Assuntos: Psicologia do Desenvolvimento

Bowlby (2006) comenta que o paradoxo central do trabalho com crianças que sofrem privação da mãe é que existem milhares de lares sem filhos. Segundo ele, é provado que, para a saúde mental do bebê, é importante que ele seja adotado

• A. após o desenvolvimento da personalidade.
• B. logo após o nascimento.
• C. por pais jovens e sem filhos.
• D. por pessoas da mesma classe social.
• E. posteriormente à estadia em lar substituto.

Gabarito: B

Comentários

• A Teoria do Apego de Bowlby preconiza que é necessário haver um relacionamento do recém-nascido com, ao menos, um cuidador primário para que seu desenvolvimento (social e emocional) ocorra normalmente.

• Sinceramente, a banca tomou um chá de cogumelo antes de realizar essa questão. Qual é o nexo ,a lógica, a coerência que existe entre as proposições.Qual é a relação entre: Teoria do Apego, paradoxo crianças que sofrem privação da mãe e lares sem filhos  com a questão do tempo da adoção. Tá certo que existe a questão do tempo no sentido que há necessidade de um cuidador nos primeiros momentos de vida, mas o que isso tem a ver com o paradoxo de criança que o paradoxo da privação.Faltou o nexo de coesão.

• Quanto mais nova a criança (portanto menos prolongada a privação), mais normal será seu desenvolvimento posterior. 

  RESPOSTA: LETRA B)

• Para Bowlby existe um período crítico entre 6 meses e 2/3 anos que é sensível para a formação da personalidade da criança. Junta-se isso ao fato de que, para o autor, a saúde mental do bebê depende que ele tenha a vivência de uma relação calorosa, íntima e contínua com a mãe (ou mãe substituta permanetne), na qual ambos encontram satisfação ou prazer. A separação do cuidador permanente, ou mudanças frequentes de cuidador impedem o desenvolvimento do apego, o que pode resultar em patologias futuras. Assim, o quanto antes a criança conseguir ser colocada em um lar permantente melhor, especialmente antes do período crítico.