SóProvas


ID
89140
Banca
ESAF
Órgão
MTE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

A correta análise da modernização da Administração Pública brasileira, havida nas últimas décadas, permite chegar às seguintes conclusões, exceto:

Alternativas
Comentários
  • Há um erro de duplicidade das questões "d" e "e". A questão "e" deveria conter o seguinte texto: "os programas de renda mínima acoplados a instrumentoscriadores de capacidade cidadã, política das mais interessantes na área social, tiveram origem nos governos subnacionais e não na União."(a) correta: claramente perceptível pelo funcionário, mesmo o de menor função que acha ser dono daquele espaço onde está a mais de duas ou três décadas. (b) correta: na medida que se consolidou o instituto do concurso público e da estabilidade, se conforma também o corporativismo e a modernização de sua organização e disputa de espaço e reivindicação, muitas vezes em oposição à missão pública, mas em seu benefício(c) correta: no mundo, especialmente, de informação e conhecimento.(d) errada: a moderna administração tenta quebrar com o processo de planejamento estabelecido na era militar.(e) correta: na versão indicada no comentário está correta. De fato, as experiências de renda mínima aconteceram, primariamente, no governo Cristovam Buarque, quando o mesmo era do PT, no DF.A resposta indicada para essa questão é a E, mas acredito estar errada, inclusive não confere com o gabarito oficial.
  • As alternativas d e e estão duplicadas foi o moio que me leou ao erro.
  • O item d) e o item e) são idênticos... algo está errado!
  • Definitivamente não entendi os comentários dos colegas em relação às alternativas "d" e "e".

  •  

    O planejamento, durante o regime militar, apresenta-se como ação descentralizadora, prevista no Dec. Lei 200/67.

     

  • Letra D

    Não vejo duplicidade nos itens D e E...

    d) constituiu-se uma coalizão em torno do Plano Purianual - PPA e da ideia de planejamento, com a retomada e o reforço de sua versão centralizadora descentralizadora e tecnocrática adotada no regime militar
    e) os programas de renda mínima acoplados a instrumentos criadores de capacidade cidadã, política das mais interessantes na área social, tiveram origem nos governos subnacionais e não na União.
  • Alternativa: E

        A questão, inicialmente apresentava repetição de itens (D e E), mas já foi revista e corrigida. Por isso, alguns colegas acima fizeram comentários relacionados a esse problema.

        O item está errado porque, nas últimas décadas, não se tem adotado a centralização administrativa. Muito pelo contrário, o que se busca é a descentralização. Também, tem tentado desvenciliar-se de técnicas adotadas pelo regime militar.

        O colega Vinicius comentou muito bem, dizendo que "o planejamento, durante o regime militar, apresenta-se como ação descentralizadora, prevista no Dec. 200/67". Porém, vale ressaltar, que durante esse período, a descentralização ficou apenas na lei, pois não houve a prática descentralizadora, a reforma de 1967 foi um ensaio de descentralização e de desburocratização.
  •  

    A ) incorreta. Só atentar para nossos pequenos Municípios, onde ainda existe a adm. patrimonialista, geralmente uma determinada família se apossa da maquina pública em proveito próprio.
    B) incorreta. A constituiçao de 88 foi um verdadeiro retrocesso gerencial, infelizmente. A doutrina aponta o instituto da estabilidade como uma medida corporativista.
    C)incorreta. governo eletrônico significa maior transparencia, prestação de contas. É uma medida gerencial intensificada no governo FHC.
    D) correta. O erro é grosseiro. O PPA não possui bases centralizadoras, afinal de contas ele tem como objetivo também, promover o desenvolvimento nas regioes mais necessitadas do país, através de sua função alocativa.
    E)incorreta. Consta q os primeiros programas de renda minima foram impulsinados pelos Municípios.  

  • O plano Plurianual faz parte da politica de descentralização do governo federal previsto na Constituição, com isso podemos citar que o item D esta errado, pois a firma que o plano e centralizador

  • Galera, CUIDADO. Baixei essa prova no PCICONCURSOS e os gabaritos estão todos ZOADOS! Vários não correspondem com a prova. A resposta indicada no gabarito da prova seria "E"...

    Achei estranho e fui pesquisar essas e outras questões.
  • Caio Augusto, entrei no sítio da ESAF, baixei a prova e o gabarito é letra D. Questão 13, letra D.
  • essa letra A está errada também ou dá vazão à polêmica. A questão poderia ser anulada.

    Numa leitura histórica mais atualizada essas características semi-feudais não devem ser atribuídas à realidade da adm.

    pública brasileira. Para saber mais convém uma leitura de Faoro sobre o estado patrimonialista brasileiro ( os donos do poder)

    e uma leitura sintética sobre debates de América Portuguesa.  Não houve feudalismo no Brasil e nem em Portugal e uma busca mais longínqua  nas raízes de certas práticas como o aliciamento de servidores com "presentinhos" pode remontar à Roma antiga.

    ranço feudal em adm. pública brasileira é leitura desatualizada há vários anos.

  • Concordo com o colega abaixo. Aliás é um erro falar em feudalismo no Brasil, já que o mesmo nasceu numa era moderna onde o feudalismo já estava em pleno processo de extinção na Europa. Aliás concordo que nem em Portugal (já que o mesmo nasceu em 1128, iniciando a ótica de um Estado Moderno, Portugal foi o primeiro Estado Moderno do mundo).


    Feudalismo foi um regime que foi plenamente implantado na França, Inglaterra, Alemanha, Áustria (mapas atuais) talvez com menos força na Itália, Polônia. Na Espanha dominada por árabes, não foi plenamente implantado.


    Este é um erro ocorrente que nos é passado, falar que existe feudalismo ou semi-feudalismo no Brasil. Nossa colônia nasceu na era moderna, portanto absolutista em que o Estado é controlado por um chefe de Estado, que age como se fosse seu os bens públicos, portanto caracterizando patrimonialismo. 


    Já feudalismo é totalmente diferente, o Estado é muito fraco, o Rei é devedor ao senhor feudal. Tanto assim que era constante os casamento entre nobrezas de reinos diferentes e as terras passarem para outro reino, por exemplo, um feudo de uma senhora francesa que casa com um lord inglês, neste caso o feudo mesmo estando dentro do Reino Francês passaria para o Reino Inglês. O rei, aliás, um senhor feudal tinha que se verter aos senhores feudais. A Igreja Católica foi a maior "Senhora Feudal" da Europa, pois recebeu terras por herança por toda a Europa, isto mostra a forte influência dela.


    Já Portugal nascendo em 1128, depois de expulsar mouros para a "Espanha Mourisca", nasceu como Estado Moderno, longe da influência de feudalismo. Neste caso o rei português tinha controle do seu reino (Portugal é praticamente o único país europeu com a mesma fronteira desde o século XII). De lá que vem as raízes do Estado Moderno, portanto absolutista, portanto patrimonialista. 


    Se nem Portugal era feudal, como pode o Brasil ser semi-feudal? Existindo em plena era moderna, num continente americano onde feudalismo NUNCA existiu?


    Se esta prova fosse de história, com certeza seria anulada. Mas como não é...


    Se algum dia, algum de vocês que lerem isto, resolverem saber mais sobre feudalismo leia este livro (Que É o Feudalismo de  F. L. Ganshof)

    Ou por curiosidade acessem este site:  http://www.espacoacademico.com.br/052/52bandeira.htm

    Ouço e vejo direto falarem de feudalismo no Brasil, mas tenho a certeza (como historiador) que feudalismo nunca existiu no Brasil.



    Aliás esta questão do CESPE, resume bem a origem do patrimonialismo, que nada tem a ver com feudalismo ou semi-feudalismo e sim com Estado Moderno (Q279618 


    "A administração pública burocrática representou uma tentativa de substituição das práticas patrimonialistas, originárias das monarquias absolutistas, em que inexistia clara distinção entre a res pública e a res privada."



  • Samuel, você está viajando na maionese, amigo. Quando a questão compara a administração pública ao feudalismo está se utilizando de um recurso retórico para melhor compreensão do assunto, porque consegue (ou deveria) fazer com o que o leitor visualize a situação tal como era naquele período histórico. Uma análise histórico-científica vai revelar que não existiu feudalismo no Brasil, mas a questão, nem de longe, fala sobre isso. Apenas informa que diversas práticas de corrupção do passado (típicas do patrimonialismo feudal) ainda existem no presente, não obstante a modernização conseguida ao longo dos anos.

    Autores de Adm. Pública, como Bresser, Martins, Motta, Abrúcio, entre outros, utilizam comparações desse tipo em diversos textos.

    Diversos autores de história comparam situações contemporâneas e modernas com o passado feudal, como quando se fala da Rússia czarista do século XX, que guardava práticas típicas feudais, ou mesmo a França pré-revolução. Enfim, são comparações.

    Saudações.

  • Em relação à letra d, segue um pedaço do texto de Fernando Luiz Abrucio:  Constituiu-se uma coalizão em torno do PPA e da idéia de planejamento, não na sua versão centralizadora e tecnocrática adotada no regime militar, mas, sim, segundo uma proposta mais integradora de áreas a partir de programas e projetos. Embora o PPA esteja mais para um "OPA" na maioria dos governos, alguns estados trouxeram inovações importantes, como a regionalização e a utilização de indicadores para nortear o plano plurianual.


    Fonte: 

  • Eu concordo com o comentário do Eduardo de que o fato da alternativa A dizer que a Administração Pública tem características semi-feudais foi apenas um recurso histórico e não tem nenhuma relação com o fato do feudalismo não ter existido no Brasil ou em Portugal.

     

    O que eu não concordo é com a outra afirmação da alternativa A. A alternativa informa que: "a administração pública ainda carrega tradições seculares de características semifeudais (1) e age como um instrumento de manutenção do poder tradicional (2)", o "e" neste caso indica, por sua característica aditiva, que são 2 características que administração pública tem, sendo assim, se qualquer uma delas for falsa, a afirmativa inteira é falsa. A primeira eu concordo que esta correta porque ela foi restritiva, diz apenas que a adm pública mantém algumas tradições seculares de características semifeudais. O problema é que a segunda característica foi abrangente demais dando o entendimento de que a adm pública como um todo age como um instrumento de manutenção do poder tradicional. Eu concordaria totalmente se a alternativa dissesse que apesar da modernização a adm pública não conseguiu eliminar todos os instrumentos que agem nesse sentido de manutenção do poder tradicional, mas não concordo que a adm pública como instituição age nesse sentido.

     

    Se a alternativa fosse alterada para: "a despeito de tudo, a administração pública ainda carrega tradições seculares de características semifeudais que agem como um instrumentos de manutenção do poder tradicional." ai considero que poderia ser considerada correta pois se estaria limitando que são apenas estas tradições seculares semifeudais que agem no sentido da manutenção do poder tradicional, e não a administração pública como um todo.

  • gabarito: D:

    Sem prejuízo da questão, na alternativa “d”, “Plurianual” foi grafado incorretamente, como também esta é a resposta a ser assinalada ao afirmar que o contexto do PPA ao incorporar conceitos de planejamento insere-se dentro de uma política centralizadora e tecnocrática. Trata-se de uma inverdade porque a possibilidade de utilizar o planejamento durante o regime militar apresenta-se como ação descentralizadora, prevista no Dec. Lei 200/67.

     

    http://cursoparaconcursos.s3.amazonaws.com/arquivos/downloads/eva_conteudo/concursos/provas%20comentadas/provas_comentadas_recurso_adm_pub02_aft2010.pdf

  • Senhoooor!!

  • Samuel Nascimento, nossa colônia nasceu na era moderna??? Sera que é esse o entendimento dos ameríndios ou isso não está mais para uma interpretação histórica eurocêntrica?