SóProvas

ID
899608
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2011
Provas
Disciplina
História
Assuntos

É difícil encontrar um texto sobre a Proclamação da República no Brasil que não cite a afirmação de Aristides Lobo, no Diário Popular de São Paulo, de que “o povo assistiu àquilo bestializado” . Essa versão foi relida pelos enaltecedores da Revolução de 1930, que não descuidaram da forma republicana, mas realçaram a exclusão social, o militarismo e o estrangeirismo da fórmula implantada em 1889. Isto porque o Brasil brasileiro teria nascido em 1930.
MELLO, M. T. C. A república consentida: cultura democrática e científica no final do Império. Rio de Janeiro: FGV, 2007 (adaptado).

O texto defende que a consolidação de uma determinada memória sobre a Proclamação da República no Brasil teve, na Revolução de 1930, um de seus momentos mais importantes. Os defensores da Revolução de 1930 procuraram construir uma visão negativa para os eventos de 1889, porque esta era uma maneira de

Alternativas
Comentários
  • A questão é interessante pois explora  uma visão diferente acerca da participação popular na  proclamação da república. Tradicionalmente o ponto de partida da análise da questão é a afirmativa de Aristides Lobo. A historiadora Teresa Chaves de Mello, da PUC do Rio de Janeiro, defende em sua Tese de Doutorado, que houve sim, ao menos em centros urbanos, envolvimento significativo de setores populares na construção da idéia de república no final do século XIX, principalmente através da leitura e divulgação de textos e charges de jornais, assistência à palestras, debates em logradouros públicos. Por este motivo, Teresa defende que na construção do Imaginário do que deveria ser uma república e que  ela era o caminho único para o progresso e para a democracia passam pela participação popular, principalmente no Rio de Janeiro, então capital do país.
    A resposta à esta questão depende de conhecimento  que vá além de política e economia do final do Império e início da república.
    1- O erro da opção A  se encontra na afirmação de “propostas politicas democraticas e liberais”. Não só Liberalismo e Democracia não estão automaticamente ligados como a participação popular NÃO garantiu a democracia. Basta analisar a constituição de 1891 e destacar as limitações dos direitos políticos para analfabetos, padres, soldados e marinheiros .
    2- Atenção ao único erro da opção B. É uma questão de temporalidade e não de conceitos. Destaca a Monarquia e o tempo da questão é o da República que, além disso, apresentada como a solução para os problemas e a estagnação do modelo político monárquico.
    3- A questão não se refere à educação, que é o que está em  destaque na opção C
    4- A opção D  é a única que estabelece uma relação clara com o movimento de 1930, que é o objeto da questão em pauta. Atenção à última frase do trecho citado – “Isto porque o Brasil brasileiro teria nascido em 1930.” – e ao final da pergunta: “Os defensores da Revolucao de 1930 procuraram construir uma visao negativa para os eventos de 1889, porque esta era uma maneira de”.....
     
    5- A opção E não responde à questão porque apresenta um ponto positivo e não negativo da proclamação da república. Além disso,, a participação do povo existiu porém não se pode afirmar que tenha sido ampla, até mesmo pela quantidade significativa de população rural iletrada e submetida aos grandes proprietários.

  • Ao colocar fim a Primeira República, a Revolução de 1930 além de representar a insatisfação de grupos oligárquicos dissidentes – principalmente dos estados de Minas Gerais e Rio Grande do Sul – pretendia obter o apoio de classes que estavam gradativamente mais presentes em uma sociedade cada vez mais urbanizada, estes eram os proletariados e a classe média (representados principalmente pelo tenentismo). Sendo assim, ao chegar ao poder Getúlio Vargas; iniciando neste período a Era Vargas; busca criticar e desqualificar todo o período caracterizado como República Velha, para legitimar nova ordem política e buscar adesão desses novos segmentos da sociedade.

  • Introdução

     

    A regime monárquico existiu no Brasil entre os anos de 1822 a 1889. Neste período o país teve dois imperadores: D. Pedro I e D. Pedro II.

     

    Causas

     

    - Crise e desgaste da Monarquia - o sistema monárquico não correspondia mais aos anseios da população e às necessidades sociais que estava em processo. Um sistema em que houvesse mais liberdades econômicas, mais democracia e menos autoritarismo era desejado por grande parte da população urbana do país.

     

    - Forte interferência de D. Pedro II nas questões religiosas, que provocou atritos com a Igreja Católica.

     

    - Censura imposta pelo regime monárquico aos militares. O descontentamento dos militares brasileiros também ocorria em função dos rumores de corrupção existentes na corte.

     

    - Classe média e profissionais liberais desejavam mais liberdade política, por isso muitos aderiram ao movimento republicano, que defendia o fim da Monarquia e implantação da República.

     

    - Falta de apoio da elite agrária ao regime monárquico, pois seus integrantes queriam mais poder político.

     

    - Fortalecimento do movimento republicano, principalmente nas grandes cidades do Sudeste.

     

    A Proclamação

     

    Na capital brasileira (cidade do Rio de Janeiro) em 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca liderou um golpe militar que derrubou a Monarquia e instaurou a República Federativa e Presidencialista no Brasil.  No mesmo dia foi instaurado o governo provisório em que o Marechal Deodoro da Fonseca assumiu a presidência da República.

  • Letra D

    Ao tentar excluir uma parte da historia, automaticamente outra ira se destacar mais, se legitimar e ser mais aceita.