SóProvas


ID
902617
Banca
VUNESP
Órgão
PC-SP
Ano
2013
Provas
Disciplina
Criminologia
Assuntos

A corrente de pensamento criminológico que aponta, como técnica utilizada pelo criminoso para sua autojustificação, um procedimento racional em que atribui a culpa pelos seus atos antissociais aos agentes públicos encarregados de sua punição (policiais, membros do ministério público, magistrados), os quais seriam corruptos, parciais e inescrupulosos, é denominada teoria

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C
    Para a teoria da neutralização, sustentada por Sykes e Matza, o processo pelo qual uma pessoa se converte em delinqüente corresponde a uma aprendizagem baseada na experiência. Mas enquanto as outras teorias afirmam que referida aprendizagem interioriza no indivíduo os valores, atitudes e técnicas necessários para a atividade delitiva (modelos, pois, intrinsecamente delitivos), pelo contrário, Sykes e Matza sustentam que a maioria dos delinqüentes comparte os valores convencionais da sociedade, de modo que o que aprendem são certas técnicas capazes de neutralizá-los, racionalizando e autojustificando assim a conduta desviada dos padrões das classes médias.
    Referidas técnicas de autojustificação constituem genuínos mecanismos de defesa com os quais o infrator neutraliza seu complexo de culpa, autojustifica e legitima sua conduta e, assim, diminui a intensidade da resposta social. As principais técnicas de neutralização ou autojustificação seriam, conforme tais autores: a exclusão da própria responsabilidade, a negação da ilicitude e nocividade do comportamento, a desqualificação das pessoas incumbidas de perseguir e condenar o delito, a apelação à suposta inexistência de vítima e a invocação de instâncias ou motivações superiores.
  • O conceito sobre essas técnicas foi inicialmente postulado por David Matza e Gresham Sykes, enquanto trabalhavam com no estudo da teoria Differential Association de Edwin Sutherland1 na década de 1960. Baseados em suas experiêcnias trabalhando com delinqüência juvenil, Matza e Sykes teorizaram que essas mesmas técnicas podem ser notadas em toda a sociedade e publicaram suas ideias no livro Delinquency and Drift (1964)2

    A teoria de Matza e Sykes afirma que as pessoas estão sempre cientes de suas obrigações morais de cumprir as leis e de evitar certos atos ilegítimos. Dessa forma, raciocinaram, se uma pessoa pratica atos ilegítimos, essa pessoa deve empregar algum tipo de mecanismo psicológico que faça calar essa necessidade de seguir seus próprios conceitos morais.


    Desta maneira, a teoria de Matza e Sykes rejeita as teorias que sugeriam que grupos de delinquentes criam seu próprio código moral que apaga completamente o código moral social. Com essa análise, Matza e Sykes conseguiram explicar como os delinquentes “navegam” entre estilos de vida legítimos e ilegítimos continuamente, uma vez que eles retêm seu código moral (social), ao invés de apagá-lo e substituí-lo por um código moral ilegítimo, como sugeriam as teorias anteriores. Técnicas de neutralização (do inglês techniques of neutralization) é um conjunto de métodos teóricos através dos quais as pessoas que cometem atos ilegítimos neutralizam, temporariamente, certos valores éticos dentro de si mesmas, que normalmente as impediriam de perpetrar esses atos. Em outras palavras, é um método psicológico usado pelas pessoas para “desligar” sua censura interior temporariamente, quando praticam, ou estão para praticar, atos ilegítimos.

     (essa parte pegue no Wikipédia)


    Resposta: (C)


  • “Teoria das Técnicas de Neutralização”, trazida a lume por Gresham M. Sykes e David Matza, como uma “importante correção da teoria das subculturas criminais”. É verificável que o indivíduo, mesmo que submergido numa subcultura criminal, sempre tem algum contato com a cultura oficial e, de algum modo, influencia-se e reconhece algumas de suas regras. Se assim não fosse, sequer poderia ter consciência do caráter desviante de sua conduta. A partir dessa constatação Sykes e Matza procuram expor os mecanismos utilizados pelos indivíduos para justificarem para si mesmos e os outros,  a prática da conduta desviante em detrimento daquela normalizada. Dessa forma, demonstram como as regras oficiais atuam perante a consciência dos desviantes, fato este não analisado pela “Teoria das Subculturas”.

    Os autores descrevem alguns tipos fundamentais de “técnicas de neutralização”:

    a) Exclusão da própria responsabilidade – o delinquente se identifica como vítima das circunstâncias, muito mais passivamente do que ativamente encaminhado para a atuação criminosa.

    b) Negação da ilicitude – o infrator interpreta suas ações somente como proibidas, mas não criminosas, imorais ou danosas e procura redefini-las  eufemisticamente. Por exemplo: “um ato de vandalismo é definido como simples ‘perturbação da ordem’; um furto de automóvel como ‘tomar por empréstimo’ etc “. Em nossa realidade é emblemática a frase reducionista em que a pessoa acusada de algum ilícito pergunta em tom de inconformismo: “O que é que tem isso? Não matei nem roubei!”

    c) Negação da vitimização – interpreta-se a vítima como merecedora do mal ou prejuízo que lhe foi infligido.

    d) Condenação dos que condenam – atribuição de qualidades negativas às instâncias oficiais. Por exemplo: Estado opressor;  exploração fiscal; polícia corrupta etc. Também a qualificação de “hipócritas” às pessoas cumpridoras da lei.

    e) Apelo às instâncias superiores – valorização especial de pequenos grupos aos quais o desviado pertence, com suas normas e valores (v.g. “gangs”, família, amizades etc.), em detrimento do organismo social e seus regramentos.

    fonte: http://atualidadesdodireito.com.br/eduardocabette/2012/08/01/a-criminologia-no-seculo-xxi/

  • O conceito sobre essas técnicas foi inicialmente postulado por David Matza e Gresham Sykes, enquanto trabalhavam com no estudo da teoria Differential Association de Edwin Sutherland1 na década de 1960. Baseados em suas experiêcnias trabalhando com delinqüência juvenil, Matza e Sykes teorizaram que essas mesmas técnicas podem ser notadas em toda a sociedade e publicaram suas ideias no livro Delinquency and Drift (1964)2

    A teoria de Matza e Sykes afirma que as pessoas estão sempre cientes de suas obrigações morais de cumprir as leis e de evitar certos atos ilegítimos. Dessa forma, raciocinaram, se uma pessoa pratica atos ilegítimos, essa pessoa deve empregar algum tipo de mecanismo psicológico que faça calar essa necessidade de seguir seus próprios conceitos morais.

    Desta maneira, a teoria de Matza e Sykes rejeita as teorias que sugeriam que grupos de delinquentes criam seu próprio código moral que apaga completamente o código moral social. Com essa análise, Matza e Sykes conseguiram explicar como os delinquentes “navegam” entre estilos de vida legítimos e ilegítimos continuamente, uma vez que eles retêm seu código moral (social), ao invés de apagá-lo e substituí-lo por um código moral ilegítimo, como sugeriam as teorias anteriores. Técnicas de neutralização (do inglês techniques of neutralization) é um conjunto de métodos teóricos através dos quais as pessoas que cometem atos ilegítimos neutralizam, temporariamente, certos valores éticos dentro de si mesmas, que normalmente as impediriam de perpetrar esses atos. Em outras palavras, é um método psicológico usado pelas pessoas para “desligar” sua censura interior temporariamente, quando praticam, ou estão para praticar, atos ilegítimos.

     (essa parte pegue no Wikipédia)

  • GABARITO C

    1.      A Teoria da Neutralização é utilizada pelo criminoso para justificar seu ato como vítima da sociedade, atribui a culpa pelos seus atos antissociais aos agentes públicos encarregados de sua punição, os quais seriam corruptos, parciais e inescrupulosos.

    O delinquente não é, geralmente, de cultura distinta da maioria do corpo social. Conceito de “drift” (incursão, deixar-se levar). Na realidade, ele apenas incorpora técnicas de neutralização da sua violação das regras, mecanismos de defesa contra a culpa.

    Técnicas de Neutralização:

    a.      Exclusão da própria responsabilidade (“não tive opção”);

    b.      Negação da ilicitude e nocividade do comportamento (“com o dinheiro que têm nem notarão”);

    c.      Desqualificação das pessoas incumbidas da persecução penal (“como se os policiais fossem santos”);

    d.      Apelação à inexistência ou desqualificação da vítima (“não causamos dano a ninguém”);

    e.      Invocação de instâncias ou motivações superiores (“não podia esquivar de fazer”).

    Para haver progresso, tem que existir ordem. 

    DEUS SALVE O BRASIL.

    WhatsApp: (061) 99125-8039

    Instagram: CVFVitório

    Facebook: CVF Vitorio

  • O conceito sobre essas técnicas foi inicialmente postulado por David Matza e Gresham Sykes, enquanto trabalhavam com no estudo da teoria Differential Association de Edwin Sutherland na década de 1960.

    Baseados em suas experiências trabalhando com delinqüência juvenil, Matza e Sykes teorizaram que essas mesmas técnicas podem ser notadas em toda a sociedade e publicaram suas ideias no livro Delinquency and Drift (1964)

    A teoria de Matza e Sykes afirma que as pessoas estão sempre cientes de suas obrigações morais de cumprir as leis e de evitar certos atos ilegítimos. Dessa forma, raciocinaram, se uma pessoa pratica atos ilegítimos, essa pessoa deve empregar algum tipo de mecanismo psicológico que faça calar essa necessidade de seguir seus próprios conceitos morais.

    Desta maneira, a teoria de Matza e Sykes rejeita as teorias que sugeriam que grupos de delinquentes criam seu próprio código moral que apaga completamente o código moral social. Com essa análise, Matza e Sykes conseguiram explicar como os delinquentes “navegam” entre estilos de vida legítimos e ilegítimos continuamente, uma vez que eles retêm seu código moral (social), ao invés de apagá-lo e substituí-lo por um código moral ilegítimo, como sugeriam as teorias anteriores.

    Técnicas de neutralização (do inglês techniques of neutralization) é um conjunto de métodos teóricos através dos quais as pessoas que cometem atos ilegítimos neutralizam, temporariamente, certos valores éticos dentro de si mesmas, que normalmente as impediriam de perpetrar esses atos. Em outras palavras, é um método psicológico usado pelas pessoas para “desligar” sua censura interior temporariamente, quando praticam, ou estão para praticar, atos ilegítimos.

  • A conduta desviada decorre da capacidade de que o delinquente tem de justificar subjetivamente o seu comportamento. istoé, da aptidão subjetiva do delinquente para neutralizar a culpa derivada da violação do sistema de valores socialmente aceitos.

  • Técnicas de neutralização de Gresh M. Sykes e David Matza (do inglês techniques of neutralization) é um conjunto de métodos teóricos através dos quais as pessoas que cometem atos ilegítimos neutralizam, temporariamente, certos valores éticos dentro de si mesmas, que normalmente as impediriam de perpetrar esses atos. Em outras palavras, é um método psicológico usado pelas pessoas para “desligar” sua censura interior temporariamente, quando praticam, ou estão para praticar, atos ilegítimos.

  • A teoria de Matza e Sykes afirma que as pessoas estão sempre cientes de suas obrigações morais de cumprir as leis e de evitar certos atos ilegítimos. Dessa forma, raciocinaram, se uma pessoa pratica atos ilegítimos, essa pessoa deve empregar algum tipo de mecanismo psicológico que faça calar essa necessidade de seguir seus próprios conceitos morais. Apontam também que os criminosos sempre tentam justificar seus atos ilegítimos, seja se colocando como vítimas da sociedade, culpando agentes públicos, ou até mesmo sugerindo que a ação ilegítima foi causada para praticar “um bem maior”. É a chamada Teoria da Neutralização. Resposta: C 

  • Para salvar.

  • Gabarito - letra C.

    Teoria da Neutralização:

    1. Negação da responsabilidade - O criminoso vê sua conduta desviante como um acidente - sintetizada na expressão " não foi minha culpa";
    2. Negação da lesão - O delinquente imagina que sua conduta não tenha causado dano à vítima - sintetizada na expressão " eu imaginei que minha conduta não faria mal a ninguém" ;
    3. Negação da vítima - O indivíduo até aceita ser responsabilizado por seus atos, contudo, nas circunstâncias em que fez não foi errado - sintetizado na expressão " ele teve o que merecia";
    4. Condenação dos condenadores - O infrator concentra-se nas pessoas que julgam seu comportamento (juízes ,policiais, promotores) chamando-os de hipócritas ,corruptos ,parciais - sintetizada na expressão "todo mundo pega no meu pé";
    5. Apelo à lealdade - O réu justifica sua conduta em valores morais , éticos , culturais, da sociedade , ou de sua subcultura - sintetizada na expressão "eu não fiz isto por mim mesmo"

    Fonte : Criminologia - Eduardo Viana - Pág. 299.

  • DOS MEUS RESUMOS:

    Teoria da neutralização de DAVID MATZA e GRESHAM SYKES: a partir do estudo da DELINQUÊNCIA JUVENIL. Aprendizagem do comportamento criminoso pela INTERAÇÃO social e empregos de TÉCNICAS, pelo autor, para racionalizar e justificar sua violação, NEUTRALIZANDO A SUA CULPA: negação da lesão/ilicitude (veem a conduta como algo que não causou um dano, sendo apenas uma travessura, ex.: vandalismo, furto de uso); negação da vítima (alegam que algumas vítimas agem de modo inapropriado, merecendo o que acontece, definem suas ações como forma de retaliação/punição legítima, pois a vítima não merece o status de vítima, ex.: ataques aos homofóbicos); negação da responsabilidade (percebe seus comportamentos como acidentais ou decorrentes de forças além de seus controles; assim, eles se veem como vítimas das circunstâncias ou como produtos de seu ambiente, ex.: lares desestruturados); condenação dos condenadores (desloca o foco de atenção, dos seus próprios atos desviantes para o comportamento daqueles que desaprovam suas violações, ex.: chamando os policiais de corruptos); apelo à lealdade maiores (sacrifício das demandas da sociedade em geral em prol das demandas de grupos sociais menores, aos quais pertence o delinquente, ex.: o terrorista, em prol do seu patriotismo);