A silepse é um recurso estilístico muito utilizado em textos literários, na oralidade. Ela consiste em estabelecer uma concordância com palavras ou noções pressupostas na frase, não com palavras explícitas.
Essa figura de construção subclassifica-se em três tipos:
- Silepse de pessoa: “Enfim, lá em São Paulo todos éramos felizes graças ao seu trabalho...” (Rubem Braga)
Ocorre a silepse em “éramos”, que está na primeira pessoa do plural, quando, em sua construção normal, deveria estar na terceira pessoa do plural.
- Silepse de número: “Ninguém que comprar. Se ainda estamos aberto é por honra da firma”. (José J. Veiga)
Ocorre a silepse em “aberto”, que está no singular, quando em sua normal construção deveria estar no plural, concordando com o verbo “estamos”.
- Silepse de gênero: “Já vem chegando o sol, e São Paulo desperta, a princípio tímida, e logo agressiva e barulhenta”.
Vamos lá!!!
28ª Questão: Aponte a alternativa em que NÃO ocorre silepse (de gênero, número ou pessoa):
a) “A gente é feito daquele tipo de talento capaz de fazer a diferença.”
Resposta: o correto seria "feita".
b) Todos sabemos que a solução não é fácil.
R.: O correto seria "sabem", pois na questão há concordância com um sujeito não expresso.
c) Essa gente trabalhadora merecia mais, pois acordam às cinco horas para chegar ao trabalho às oito da manhã.
R.: O correto seria "Essa gente... acorda".
d) Todos os brasileiros sabem que esse problema vem de longe...
R.: Correta
e) Senhor diretor, espero que Vossa Senhoria seja mais compreensivo.
R.: O correto seria "Vossa Senhoria... compreensiva".