Na perspectiva pós-keynesiana, os bancos, como qualquer firma capitalista, tomam as suas decisões de portfólio orientadas pela expectativa de maiores lucros, levando em conta sua preferência pela liquidez e suas avaliações da riqueza financeira, em condições de incerteza que caracterizam uma economia monetária da produção. Em outras palavras, bancos são agentes que apresentam preferência pela liquidez determinada fortemente por suas expectativas formadas sob condições de incerteza não-probabilística do tipo Knight/Keynes1 , conformando seu portfólio de acordo com o trade off percebido entre liquidez e rentabilidade. A sua escala de preferência pela liquidez expressa a precaução que é inerente aos resultados incertos da atividade bancária, no que se refere ao retorno de suas aplicações. Neste sentido, a estratégia dos bancos é definida de acordo com as suas percepções de risco e oportunidades de lucro: “For a give state of expectations, bank’s liquidity preference will determine the desired profile of the assets they purchase and their prices, that is, the rate of returns each type of asset must offer to compensate for their degree of iliquidity” (Carvalho, 1999, p. 132).
http://www.ie.ufrj.br/moeda/pdfs/comportamento_dos_bancos,percepcao-N.pdf