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ID
925846
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
INPI
Ano
2013
Provas
Disciplina
Arquivologia
Assuntos

Acerca de análise tipológica de documentos, julgue os itens que
se seguem.

É correto afirmar que, na diplomática, a análise tipológica parte da espécie. Já na arquivística, a análise tipológica parte do princípio da proveniência.

Alternativas
Comentários
  • Na análise tipológica a partir da Diplomática, parte-se da espécie. Portanto, a identificação Diplomática de um documento independe das características do conjunto. Neste sentido, a análise vai verificar se:
    1) a expressão Diplomática (espécie) corresponde realmenteao ato jurídico-administrativo para o qual ela está servindo de meio;
    2) a tramitação (procedimento de gestão) corresponde/correspondeu à expressão Diplomática, já que o ato implícito na espécie tem trâmites obrigatórios;
    3) vai abster-se do levantamento das relações internas dentro do conjunto documental ao qual a unidade estudada pertence,porque a verificação Diplomática independe das características do conjunto.
    Na análise tipológica a partir da Arquivística, parte-se do princípio da proveniência e, portanto, a análise vai verificar se:
    1) o conjunto homogêneo de atos está expresso em um conjuntohomogêneo de documentos;
    2) os procedimentos de gestão são sempre os mesmos quando se dá a tramitação isolada dos documentos isolados;
    3) os conjuntos (séries) formados pelas mesmas espécies recebem na avaliação uniformidade de vigência e de prazos de guarda ou eliminação;
    4) na constituição do fundo e de suas subdivisões, os conjuntos não estão sendo dispersos;
    5) os documentos da série possuem a devida freqüência de eliminação.

    Leia mais:
    http://www.arquivoestado.sp.gov.br/saesp/texto_pdf_17_Como%20fazer%20analise%20diplomatica%20e%20analise%20tipologica.pdf
  •  Diplomática

    Diplomática, tomada em seu conceito clássico, era a disciplina que tão somente se ocupava da estrutura formal dos atos escritos de origem jurídica, governamental e/ou notarial, tratando, portanto, dos documentos que, emanados das autoridades supremas, delegadas ou legitimadoras (como é o caso dos notários), eram (como continuam a ser) submetidos, para efeito de validade, uma sistematização, imposta pelo Direito, tornando-se, estes documentos, eivados de fé pública, sendo-lhes garantida a legitimidade de disposição e de obrigatoriedade de imposição e de utilização no meio sócio-político regido por aquele mesmo Direito. E para isso se utilizava também dos métodos da Paleografia e do Direito, para que melhor fosse possível chegar-se à autenticidade e confiança nesses documentos.



    Na atualidade, porém, essa Diplomática ampliou-se. É agora a chamada “Diplomática contemporânea” (”Diplomática arquivística” para alguns), cuja metodologia é bastante concentrada no estudo dos tipos documentais e de toda sua vinculação orgânica de gênese, atuação e uso.  E tornou-se aplicável a todos os documentos de arquivo, para além dos documentos governamentais e dos notariais.  Além disso, essa nova Diplomática ampliada estuda não mais apenas, digamos o “interior” do documento isolado, a estrutura formal do discurso, sua autenticidade e fidedignidade, mas, identificando agora a sua espécie e tipo, sua inserção em seu conjunto orgânico (e o faz de maneira completa, compreendendo sua legitimidade dentro de seu contexto de produção) faz com que melhor se entenda o porquê e o seu para quê.



    A Diplomática continua a debruçar-se sobre a confiabilidade e a autenticidade dos documentos de arquivo, porém agora o vê não mais isoladamente, mas sim vinculado ao seu meio genético. E, por isso, é fácil compreender que a Diplomática, tal qual a Arquivística, tem muito mais a ver com o Direito e com a Administração do que com a Biblioteconomia ou com a História. Com seu instrumental metodológico, a Diplomática permite a compreensão de que não é possível dissociar a diagramação e a construção material do documento do seu contexto jurídico-administrativo de gênese, produção e aplicação e uso. E só esse todo faz com que se compreenda a razão de ser do documento de arquivo.



    Heloísa Liberalli Bellotto

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  • Gab.: CERTO

     

     

    Análise tipológica

    Na DIPLOMÁTICA: Documentos analisados isoladamente. Parte da ESPÉCIE.

    Na ARQUIVÍSTICA: Documentos analisados conjuntamente. Parte do princípio da PROVENIÊNCIA.

  • Cespe já cobrou questões parecidas:

    Q19001 - TRT 17(ES) 2009

    A análise tipológica no âmbito da arquivística parte do princípio da proveniência, e essa análise verifica, entre outras possibilidades, se o conjunto homogêneo de atos está expresso em um conjunto homogêneo de documentos. (Gab: certo)

    Q592253 - STJ 2015

    A análise tipológica parte do princípio da proveniência, ou seja, verifica se o conjunto homogêneo de atos está expresso em uma série documental. (Gab: certo)

    Resumindo:

    Diplomática --> parte da espécie

    Tipologia --> parte do princípio da proveniência

  • Resolução: exatamente! Na análise tipológica a partir da diplomática temos a espécie analisada isoladamente como elemento principal. Entretanto, a análise tipológica a partir da arquivística leva em consideração a proveniência do documento, pois aqui analisa-se o contexto além dos elementos formais.

    Resposta: certa