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A Guerra dos Cabanos ou Cabanada foi inicialmente um movimento restaurador cujo objetivo era restituir ao trono do Brasil o Imperador D. Pedro I, que renunciara ao posto após a morte de D. João VI. Entretanto, a revolta desenvolveu uma feição popular sob a liderança de Vicente Ferreira de Paula, caracterizando-se como uma luta antiescravagista.
Em 1831 o imperador D. Pedro I abdicara da coroa do Brasil em nome de seu filho D. Pedro II, e viajara para a Europa com o objetivo de manter os direitos dinásticos de sua filha, Maria da Glória em Portugal.
Para garantir a manutenção do poder real, a Constituição definia a nomeação de uma Regência Trina. Descontentes com as decisões da corte no Rio de Janeiro, os grupos populares aproveitaram o momento de instabilidade política do período regencial para expor suas inquietações.
Num primeiro momento, a revolta foi capitaneada por proprietários de terras como Domingos Lourenço Torres Galindo e Manuel Afonso de Melo. Alguns participaram do levante de abril do mesmo ano em Recife, a “Abrilada”, defendendo a restauração de D. Pedro I ao trono do império. Esse grupo era vinculado à sociedade lusitana “Coluna do Trono do Altar”. O movimento sob comando de Vicente Ferreira de Paula, no entanto, rompeu as “alianças” com os senhores-de-engenho e transformou-se numa revolta antiescravagista.
FONTE: HISTORIADEALAGOAS.COM.BR