A transferência é uma metáfora, e morta (constantemente repetida...). Por outro lado, justamente por ser morta (caráter de literalização e sensação de "atualidade", recalque do protótipo infantil) é que ela é ainda mais viva (no sentido de Lakoff e Johnson), visto que estrutura o modo de ser e de portar-se do sujeito em relação ao outro. Trata-se aqui de repetir no lugar de rememorar (Freud, 1912), sendo portanto a resistência mais difícil, mas também das mais importantes para o processo analítico. A transferência mostra in vivo os conflitos do paciente. A ênfase deixa de ser agora o "ter o sintoma" para o "ser o sintoma"....
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-79722007000100017&script=sci_arttext
A transferência é um elemento fundamental para a prática da psicanálise, pois se caracteriza por pensamentos, sentimentos e desejos inconscientes que se atualizam sobre determinados objetos no quadro de certo tipo de relação estabelecida com eles e, inclusive, no quadro da relação analítica. Essas atualizações tratam-se de uma repetição de protótipos infantis vivida com uma sensação de atualidade acentuada, pois, segundo conceitos psicanalíticos, ela ocorre quando se projeta em pessoas do convívio presente, figuras importantes do passado do paciente. Tal processo, que acontece de maneira inconsciente e simbólica, é de grande relevância para o processo de cura., pois por meio dela o paciente pode reconstruir e resolver conflitos reprimidos (causadores de sua doença). Principalmente conflitos da infância com seus pais.
No método ou modelo psicanalítico, a transferência é claramente manifesta na relação entre o terapeuta e paciente, sendo até mesmo estimulada como ferramenta estratégica para a elaboração da melhor abordagem na resolução de eventualidades psicológicas.
GABARITO: C