Ao observarmos os projetos desenvolvimentistas, que avançam de acordo
com os interesses dos diversos agentes do capitalismo - projetos de mineração,
projetos industriais, complexos portuários, barragens, entre outros –,
concluímos que a exploração dos recursos naturais, necessariamente, impacta na
forma de viver dos povos e comunidades. É nesse contexto, que os mais diversos
movimentos sociais se organizam para pressionar o Estado e garantir a
preservação do meio ambiente que vem sofrendo o impacto desses empreendimentos
econômicos. Analisando as opções oferecidas, a letra “a” está incorreta, porque
são justamente as ideologias conservacionistas – operando com a dicotomia
urbano/rural, como se estes espaços não fossem complementares – que reforçam e
ideia de que a cultura da população caracterizada como “rural” é atrasada e
menor, e que, portanto, o pode ser dizimada em benefício o desenvolvimento
econômico. A opção “b” está incorreta, pois embora existam políticas
governamentais para a preservação de objetos naturais e culturais, essas
políticas são suplantadas pelos interesses maiores que primam pelo
desenvolvimento econômico. A opção “c” também está equivocada, pois apesar existirem
teorias que “harmonizam” o trabalho técnico e a natureza, o texto introdutório
é enfático em dizer que a organização contra as ofensas ambientais eclode da
experimentação prática dos indivíduos envolvidos nos conflitos
ambientais. A opção “d” também está errada, pois, ainda que possam acontecer
boicotes aos produtos comercializados pelas empresas poluidoras, a gênese da
organização dos movimentos sociais é a prática vivida pelas pessoas atingidas
pelos ataques ambientais. A opção “e” está correta, pois, como bem frisa o
enunciado da questão, foi em um contexto de conflito que os indivíduos passaram
a operar de maneira conjunta, construindo uma frente de resistência pautada
pelos seus interesses, o que, de certa forma, é o embrião dos primeiros
movimentos sociais organizados.