SóProvas


ID
971464
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Polícia Federal
Ano
2013
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico

Suspeita-se de que um chefe de organização criminosa tenha assumido as despesas de determinado candidato em curso de preparação para concurso para provimento de vagas do órgão X. P1: Existe a convicção por parte dos servidores do órgão X de que, se um chefe de organização criminosa pagou para determinado candidato curso de preparação para concurso, ou o chefe é amigo de infância do candidato ou então esse candidato foi recrutado pela organização criminosa para ser aprovado no concurso; P2: Há, ainda, entre os servidores do órgão X, a certeza de que, se o candidato foi recrutado pela organização criminosa para ser aprovado no concurso, então essa organização deseja obter informações sigilosas ou influenciar as decisões do órgão X. Diante dessa situação, o candidato, inquirido a respeito, disse o seguinte: P3: Ele é meu amigo de infância, e eu não sabia que ele é chefe de organização criminosa; P4: Pedi a ele que pagasse meu curso de preparação, mas ele não pagou. Considerando essa situação hipotética, julgue os itens subsecutivos.


Com base nas proposições P1, P2, P3 e P4, é correto concluir que “A organização deseja obter informações sigilosas ou influenciar as decisões do órgão X”.

Alternativas
Comentários
  • Diz o gabarito que a assertiva está CORRETA. Mas não consigo enteder o porquê. Ora, considerar como correta a conclusão de que “A organização deseja obter informações sigilosas ou influenciar as decisões do órgão X” significa tomar como inquestionáveis duas informações que não são fornecidas por nenhuma das quatro proposições!

    Isto é, para considerar como correta a conclusão apresentada na questão é preciso assumir que:
    1) o chefe da organização, inquestionavelmente, arcou os custos do candidato: afronta a P4.
    2) 
    o chefe da organização, inquestionavelmente, não é amigo de infância do candidato (já que, se fosse, não se trataria de um recrutamento [vide P1]): afronta a P3.
  • P3: traz a informação que o chefe é amigo de infância do candidato.

    Que é a condição necessária para concluir de acordo com P1,  que esse candidato foi recrutado pela organização criminosa para ser aprovado no concurso.

    e se o candidato foi recrutado pela organização criminosa, de acordo com P2, a conclusão que se tem e que  "a
     organização deseja obter informações sigilosas ou influenciar as decisões do órgão X"

    Logo gabarito correto.
  • Caro Eleizomar, acredito que sua observação quanto à P1 esteja equivocada.
    Note: ela diz "[...] ou o chefe é amigo de infância do candidato ou então esse candidato foi recrutado [...]". Isto é, diferentemente do que você afirmou, o fato de o candidato ser amigo de infância do criminoso não é requisito para que este o tenha recrutado. Ao contrário! Se ele é amigo de infância, ele não foi recrutado! A proposição utiliza-se de uma disjunção exclusiva (do tipo "ou ... ou"), em que a existência de uma parte determina a inexistência da outra.
  • Meninos, o gabarito é questionável

    A resolução (não sei se é a mais adequada) que fiz foi assim:

    P1. Pagou curso de formação -> OU amigo infancia OU candidato recrutado pela organização

                          F                                           V                                    F         ( disj. exclusiva)
    P2. Candidato recrutado pela organização --> Informações Sigilosas ou influencias decisões
                             F                                                           V
    P3. É amigo de infancia  V

    P4. Chefe não pagou  V

    Sendo a P3 = V , então temos um caminho para P1 e P2
    Sendo P4 = V soluciona-se a primeira parte de P1


    Assim: A conclusao  é  V dado o resultado de P2

    Abraços.
  • Senhores, esta prova do DPF 2013 - Escrivão, ainda está com o gabarito preliminar, ou seja, ainda em fase de recurso.
  • Se vc não sabe nada da matéria e quiser arriscar o chute em uma prova de raciocínio-lógico, pense da seguinte maneira: PARA MIM o dispositivo da questão está CORRETO? EU acho que está lógico? Se vc responder que SIM, está correto e faz lógica,marque a questão como ERRADA....rs
  • P2: Se o candidato foi recrutado (P) /  então a organização deseja obter informações sigilosas (Q) ou influenciar decisões (R)
    Desta forma temos:
    Proposição P que é (F) (dado que P3 V^V=V) condicional Q v R. Assim para que proposição composta seja Verdadeira, a relação Q v R, pode ser tanto Falsa como Verdadeira. Desta forma não podemos afirmar valor lógico da proposição. 
    Espero ter ajudado.
    Abs
  • Também acho que o gabarito seria ERRADO.

    A: o chefe da organização pagou o curso para o candidato
    B: o chefe é amigo de infância do candidato
    C: o candidato foi recrutado pela organização criminosa para ser aprovado no cocnurso
    D: a organização criminosa deseja obter informações sigilosas
    E: a organização criminosa deseja influenciar as decisões do órgão X.
    F: O candidato sabia que ele é chefe de organização criminosa
    G: O candidato pediu para o chefe pagar o curso
     
     
    P1: A -> (B  xor  C)
    P2: C -> (D  v  E)
    P3: B  ^  ~F
    P4: G  ^  ~A
     
    De acordo com o texto, só P2 é "certeza". Para a P1 só há a convicção. E não há certeza em P3 e P4.
    Partindo da hipótese de que a proposição (D  v  E) é verdadeira, isso é, que a questão está correta,
    Tanto faz o valor lógico de C (em P2), o que não dá para concluir as demais proposições, pois não há certeza na
    proposição P1, nem na proposição A nem na proposição B. Se a proposição (D  v  E) estivesse errada, bastaria que o valor lógico de C fosse falso, o que não é um absurdo/contradição. Portanto, não dá para concluir.
     
    Por isso, ao meu entender, o gabarito seria ERRADO, pois não dá para concluir.

  • A: o chefe da organização pagou o curso para o candidato
    B: o chefe é amigo de infância do candidato
    C: o candidato foi recrutado pela organização criminosa para ser aprovado no cocnurso
    D: a organização criminosa deseja obter informações sigilosas
    E: a organização criminosa deseja influenciar as decisões do órgão X.
    F: O candidato sabia que ele é chefe de organização criminosa
    G: O candidato pediu para o chefe pagar o curso
     
     
    P1: A -> (B  v C)
    P2: C -> (D  v  E)
    P3: B  ^  ~F
    P4: G  ^  ~A
    -----------------
    Conclusão: D v E

    Para que um argumento seja válido se todas as proposições forem verdadeiras a conclusão deverá ser, necessariamente, verdadeira.
    Para provar que um argumento seja não-válido, negamos a conclusão e tentamos afirmar que todas as premissas sejam verdadeiras.

    Para conclusão ser falsa devemos partir de valor lógicos de D e E como falsos.

    Para P4 ser verdadeiro, deveremos ter G como verdadeiro e A como falso.
    Para P3 ser verdadeiro, deveremos ter B como verdadeiro e F como falso.
    Para P2 se tornar verdadeiro, e como já temos D e E como falso C também terá que ser falso.
    Para P1 se tornar verdadeiro, todos os valores lógicos dados anteriormente satisfazem: A falso, B verdadeiro, C falso.

    Portanto trata-se de argumento não-válido, logo não podemos concluir D v E.

    Gabarito ERRADO.
     
  • Obs.: O argumento Ou.. Ou só terá valor de exclusão quando a premissa demonstrar essa característica.
    Ex.: Ou hoje é sexta-feira ou hoje é sábado. A tabela verdade de A v B será FVVF pq não é concebível que possa ser sexta-feira ou sábado ao mesmo tempo.
    Agora no caso da P1: Ou o chefe é amigo de infância do candidato ou ele foi recrutado pela organização criminosa. Não há impedimento de ambos ocorrerem ao mesmo tempo sem que haja algo absurdo, portando deve se considerar a tabela verdade de C v D como VVVF.
  • COM AUXILIO DAS TABELAS VERDADE:

    P1: se um chefe de organização criminosa pagou... (F vide P4), ou o chefe é amigo de infância do candidato (V, vide P3) ou então esse candidato foi recrutado... (F)   OU...OU .
    Condição para sentença VERDADEIRA  p(V) v  q(F)

    P2: se o candidato foi recrutado ... (F, vide P1), então essa organização deseja obter informações ... (V).
    Condição para sentença VERDADEIRA p(F) -> q (V).

    P3: Ele é meu amigo de infância (V), Eeu não sabia que ele é chefe de organização criminosa (V);  
    Condição para sentença VERDADEIRA =  p(V) ^ q(V)

    P4: Pedi a ele que pagasse meu curso de preparação (V), mas(E)ele não pagou (V).
    Condição para sentença VERDADEIRA =  p(V) ^ q(V) 

    Conclui-se que a sentença é VERDADEIRA, portanto questao CERTA
  • Euclides cheguei a mesma conclusão que vc, usei o quarto metodo de solução, pois não era recomendável usar a tabela verdade porque eram mais que duas variáveis, além disso o terceiro método não era aplicável, pois nenhuma das proposições era disjunção ou proposição simples, por isso optei pelo quarto método, adotando a conclusão como = F e todas proposições = V, se esta combinação fosse possível, se conclui que o argumento é inválido e esta conclusão proposta pela questão não é válida para o argumento.

    Não sei porque a banca optou pela resposta CERTO, pois é ERRADA.
  • Pessoal a questão foi anulada pelo Cespe. Vejam a justificativa; Desculpem-me pela não colocação de acentos e "ç", erro de formatação na transferência do texto.

    Resolvendo o argumento pelo metodo das premissas verdadeiras, nao ha como garantir o valor da proposicao C e tambem nao ha como dar o valor da premissa P2, nem da conclusao. Na resolucao pelo metodo da conclusao falsa, todas as premissas ficam verdadeiras e a conclusao fica falsa, sendo um argumento invalido e o item ficara errado. Dessa forma, nao ha como julgar o item e, portanto, opta-se pela sua anulacao. "


    Abraços 
    Leo
  • Tomando como conclusão (C) a premissa “A organização deseja obter informações sigilosas ou influenciar as decisões do órgão X”.

    E agora, separando cada premissa e analisando cada parte delas teremos:

    P1: Existe a convicção por parte dos servidores do órgão X de que, se um chefe de organização criminosa pagou para determinado candidato curso de preparação para concurso, ou o chefe é amigo de infância do candidato ou então esse candidato foi recrutado pela organização criminosa para ser aprovado no concurso;

    p: um chefe de organização criminosa pagou para determinado candidato curso de preparação para concurso,

    q: o chefe é amigo de infância do candidato

    r: então esse candidato foi recrutado pela organização criminosa para ser aprovado no concurso;

    P2: Há, ainda, entre os servidores do órgão X, a certeza de que, se o candidato foi recrutado pela organização criminosa para ser aprovado no concurso, então essa organização deseja obter informações sigilosas ou influenciar as decisões do órgão X.

    s:  essa organização deseja obter informações sigilosas ou influenciar as decisões do órgão X.

    P3: Ele é meu amigo de infância, e eu não sabia que ele é chefe de organização criminosa;

    t:  eu não sabia que ele é chefe de organização criminosa;

    P4: Pedi a ele que pagasse meu curso de preparação, mas ele não pagou.

    C: “A organização deseja obter informações sigilosas ou influenciar as decisões do órgão X”.

    Agora vamos escrever em símbolos lógicos:

    P1: p→(q v r)

    P2: r→s

    P3: q^t

    P4: ~p

    C: conclusão

    Considerando as premissas P3 e P4 como verdadeiras, temos que:

    q e t são verdadeiras e ~p também será verdadeira.

    Assim, podemos julgar P1, P2.

    P1: Como ~p é verdadeira, p seria falsa, logo, independentemente do valor lógico de (q v r), P1 será verdadeira, pois se trata de uma condicional.

    Concluímos que mesmo que q seja tomado como verdade, não há como saber o valor lógico de r, pois, por se tratar de uma condicional, P1 será sempre verdadeira. Logo não há como saber a se a conclusão está certa ou não. O mesmo raciocínio acontece na premissa P2.

    Logo a resposta é: Errado.


  • Fiz pelo método de "falsear" a conclusão. Achei que todas as premissas ficaram verdadeiras e a conclusão falsa, logo, argumento inválido.
    Alguém me corrija, por favor.

    PS: Num gabarito de questões que tenho, a resolução dá como CERTO, embora ANULAÇÃO da CESPE.

  • tanto faz ir pela TABELA  verdade, premissas verdadeiras ou pela conclusão falsa, SEMPRE O ARGUNTO VAI SER INVALIDO, essa justificativa da cespe foi infeliz.

  • Assim como no primeiro item, devemos observar se a conclusão é consequência das premissas. Forçaremos a conclusão (dada nesse enunciado) ser falsa: s v t ó s=F e t=F.

    P2: r → F. Então, r=F para ser verdadeira.

    P1: p → q v F. Aqui, podemos tornar a premissa verdadeira de duas formas: se q=F, ficará p → F e p deverá ser falso; se q=V, então teremos: p → V e p pode assumir qualquer valor lógico.

    P4: y ^ ~p. As letras podem assumir qualquer valor lógico e, assim, a premissa pode ser tornada verdadeira.

    P3: q ^ w. Idem P4.

    Portanto, foi possível tornar todas as premissas verdadeiras. O argumento é inválido e não é possível afirmar que “A organização deseja obter informações sigilosas ou influenciar as decisões do órgão X”.

    Alternativa ERRADA.

    (O gabarito preliminar do CESPE foi correto e a questão foi anulada).

  • Não entendi pq essa questão foi anulada.

    Há duas maneira de resolver problemas envolvendo Argumentos.

    1) Sabendo que todas as premissas são V, chegamos no resultado de que a conclusão é obrigatoriamente V -> Nessa questão esse método não dá certo, pois não podemos determinar com certeza o valor da conclusão.

    2) Atribuímos valor F à conclusão e verificamos se surge alguma contradição/paradoxo nas premissas, que são verdadeiras -> resolvendo por esse método, percebemos que é perfeitamente possível que a conclusão seja F (sem gerar nenhuma contradição com as premissas verdadeiras).Logoo ARGUMENTO É INVÁLIDO, ou seja, não podemos chegar na conclusão do enunciado. Alternativa ERRADA.

    -----

    Resolução por esse segundo método:

    Conclusão:

    (A organização deseja obter informações sigilosas) ou (influenciar as decisões do órgão) = F

    Logo:

    (A organização deseja obter informações sigilosas) = F

    (A organização deseja influenciar as decisões do órgão) = F

    P2:

    Se (o candidato foi recrutado pela organização criminosa) então ((essa organização deseja obter informações sigilosas) ou (influenciar as decisões do órgão X))

    Reescrevendo:

    Se (o candidato foi recrutado pela organização criminosa) então (F ou F)

    Se (o candidato foi recrutado pela organização criminosa) então (F)

    Para que a premissa P2 seja verdadeira, é necessário que a primeira parte seja F, logo:

    o candidato foi recrutado pela organização criminosa=F

    Jogando na premissa P1:

    P1: Se (um chefe de organização criminosa pagou para determinado candidato curso de preparação para concurso) então (ou o chefe é amigo de infância do candidato ou então esse candidato foi recrutado pela organização criminosa)

    sabemos pela premissa P4 que:

    um chefe de organização criminosa pagou para determinado candidato curso de preparação para concurso = F

    Sabemos pela premissa P3 que:

    o chefe é amigo de infância do candidato = V

    Logo, reescrevendo P1:

    P1: Se (F) então (ou V ou F) => Se (F) então (V) => Verdadeiro

    Ou seja, todas as premissas continuam verdadeiras, não foi gerado nenhum paradoxo/contradição ao atribuir valor F à conclusão.

    Portanto, é possível que a conclusão seja falsa. O argumento é inválido.