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ID
975226
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-ES
Ano
2013
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

No contexto neoliberal, em especial na periferia do capitalismo, as políticas sociais são caracterizadas como paternalistas, geradoras de desequilíbrio. Nessa perspectiva os benefícios, serviços e programas sociais:

Alternativas
Comentários
  • Na atualidade, os neoliberais até reconhecem a necessidade da prestação de auxílio aos mais pobres, necessitados e incapacitados para o trabalho, mas se recusam a aceitar a instituição de mecanismos que garantam a efetivação de políticas sociais enquanto um direito humano. Diante disso, a idéia central nas políticas de cunho neoliberal é o fortalecimento da mercantilização dos serviços sociais, sob o argumento de que as políticas sociais causam distorções nas regras do livre funcionamento do mercado. Nessa perspectiva, as políticas sociais seriam causadoras de preguiça e/ou falta de iniciativa e a melhor forma de estimular o bom funcionamento da sociedade seria a mercantilização, isto é, as pessoas devem pagar pelos serviços para que estes sejam de fato “valorizados”. Ou seja, o mercado e não o Estado é visto como o espaço apropriado para a efetivação dos serviços sociais e a intervenção do Estado somente deve ocorrer em última instância. 
  • As  políticas  sociais  entram,  neste  cenário,  caracterizadas  como:  paternalistas,  geradoras  de  desequilíbrio,  custo  excessivo  do  trabalho,  e,  de  preferência,  devem  ser  acessadas  via  mercado,  transformando‐se  em  serviços  privados.  Esse  processo  é  mais  intensivo  na  periferia  do  capitalismo,  considerando  os  caminhos  da  política  econômica  e  das  relações  sociais  delineados  no  item  anterior,  bastando  observar  a  obstaculização  do  conceito constitucional de seguridade social no Brasil, a partir dos anos 90  (MOTA, 1995;  BOSCHETTI,  2003;  BEHRING;  BOSCHETTI,  2006;  BEHRING,  2000). 

     Evidentemente,  nessa  perspectiva, os benefícios, serviços e programas sociais deixam de ser direitos sociais para  se  tornarem  direito  do  consumidor.  Daí  as  tendências  de  desresponsabilização  e  esfinanciamento da proteção social pelo Estado, o que, aos poucos, já que há resistências e  sujeitos  em  conflito  nesse  processo  eminentemente  político,  vai  configurando  um  Estado  mínimo para os trabalhadores e um Estado máximo para o capital (NETTO,1993).