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ID
975292
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-ES
Ano
2013
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Nos processos de atenção à família, uma das questões que perpassam as políticas sociais e incidem na dinâmica da intervenção profissional do assistente social é o foco direcionado ao indivíduo, esvaziando a perspectiva de família enquanto:

Alternativas
Comentários
  • alguém poderia comentar essa questão, por que não é a alternativa A?

  • penso que analisar a família somente enquanto instituição social pode-se correr o risco de culpabilizá-la pelas suas condições de vida. Em contraposição, é necessário compreendê-la em sua totalidade. De qualquer forma, também ficaria em dúvida.

  • Emily Silva, meu raciocício vai por aí também, pois "instituição" é a forma como ela foi concebida, dá ideia da família nuclear, conservadora, "A INSTITUIÇÃO FAMÍLIALiAR" e na verdade sabemos que existem diversas maneiras de se viver família. Se falarmos em instituição, temos que - no mínimo- falar em  instituições, no plural. Lógico que enquanto profissionais, não podemos perder de vista e ter um olhar crítico em relação à instituição familia, pois o conservadorismo induz a pegar como modelo essa instituição, negando todas as outras formas de ser família. Desse modo, é necessário um olhar crítico em relação a essa instituição e às políticas públicas voltadas para às famílias, pois a depender da forma como  concebemos família, poderemos estar reatualizando um conservadorismo na profissão. Assim, é necessário exergá-la pela perspectiva da totalidade. Recentemente li um texto do scielo que fala sobre familia contemporânea, que traz exatamente essa discussão. Pela forma que a FUNCAB elaborou a questão, pode até ter utilizado este texto como base. De toda maneira, o artigo propícia que se responda à questão em tela.

     

     

    O Serviço Social, enquanto profissão contemporânea, não pode ter uma visão de família carregada de limitações. Ou então modelo de família “nuclear ideologizado” (idem, 2007). É necessário observar que os trabalhos com famílias são carregados de individualizações de cada usuário do Serviço Social, voltados ao que se denominava de “reatualização do conservadorismo”, conforme citamos no início deste capítulo. Existe por trás dessa forma de trabalho a perspectiva de “equilíbrio e funcionalidade do sistema” (idem, 2007), em que o atendimento é fragmentado, deixando de considerar a família enquanto totalidade. (p.35) Buscar o trabalho com as famílias na perspectiva de totalidade signifi ca considerá-la como sujeito histórico e, assim sendo, vivenciar as manifestações da questão social no cotidiano de suas vidas. Tentar atuar com famílias nessa perspectiva é, sobretudo, não fi carmos presos às questões iniciais que chegam ao Serviço Social por meio das próprias famílias, mas buscarmos ir além do aparente que está posto, adentrando na essência existente por trás de uma solicitação, e todas as questões que essa família, em seu contexto, vivencia (desemprego estrutural, violência, fragmentação de políticas públicas, escassez de recursos sociais, precarização do serviço de saúde e de educação)(p.40) A perspectiva coletiva de ação e não somente o pensar em uma ação individualizada, na qual são desconsiderados aspectos importantes da família enquanto totalidade é extremamente importante para o aprofundamento da ação do Serviço Social com famílias, em uma perspectiva crítica, como bem traça nosso projeto ético-político.(p.44)

     

     

     

    Fonte: http://books.scielo.org/id/965tk/pdf/oliveira-9788579830365-03.pdf